terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Em artigo, escritor rebate tese ateísta de que Adolf Hitler seria um cristão



Em um artigo escrito para o site Townhall, o escritor e conferencista Dinesh D’Souza argumentou contra as teses propagadas por ativistas ateus de que Adolf Hitler era cristão.

Com o título “Was Hitler a Christian?” (‘Seria Hitler um cristão? ’, em tradução para o português), Dinesh rebate o principal argumento usado por um dos maiores ativistas ateus da atualidade e escritor, Sam Harris, que entende que Hitler era um cristão por ter nascido num lar católico e nunca ter renunciado sua fé publicamente, além de ter escrito no livro anti-semita “Mein Kampf” que a perseguição aos judeus era um mandamento divino: “Ao me defender dos Judeus, defendo o trabalho do Senhor”, afirmou o líder nazista em eu livro.

Em seus argumentos de resposta à tese do ateu Sam Harris, Dinesh afirma que “Hitler guardava um desdém especial pelos valores Cristãos da igualdade e compaixão, os quais ele identificou com a fraqueza. Os principais conselheiros de Hitler, como Goebbels, Himmler, Heydrich e Bormann eram ateus que odiavam a religião e buscavam erradicar sua influência da Alemanha”.

O líder nazista era adepto da teoria da evolução e via na difusão das ideias cristãs, um sério oponente contra a difusão daquilo que entendia ser ideal. Dinesh afirma que no livro “Hitler’s Table Talk” (“Conversas informais de Hitler”)” há “uma coleção reveladora das opiniões privadas do Führer, reunida por uma assistente próxima durante os anos de guerra, que mostra Hitler como sendo furiosamente anti-religioso. Ele chamava o Cristianismo de uma das maiores “calamidades” da história”. Adolf Hitler, segundo os registros desse livro, teria dito que ao final de seu processo de purificação da raça ariana, os alemães estariam livres do que ele entendia ser uma fraqueza: “Vamos ser as únicas pessoas imunizadas contra essa doença”, teria afirmado o Führer, sobre o cristianismo.

Após apresentar seus argumentos, o articulista Dinesh D’Souza menciona que parte das teses nazistas foram baseadas nos ideias ateístas do filósofo Friedrich Nietzsche, e pergunta porque o escritor Sam Harris acha que Hitler seria um cristão: “Sam Harris simplesmente ignora as evidências das afinidades nazistas por Darwin, Nietzsche e o ateísmo. Então que sentido tem sua alegação de que os líderes nazistas eram ‘sabendo disso ou não’ agentes da religião? Evidentemente, nenhum sentido”, conclui Dinesh.

Para acessar o artigo original em inglês, acesse este link. Confira abaixo a íntegra do artigo traduzido por Maximiliano Mendes, divulgado no blog “Apologética no Japão“:

Com vergonha do legado assassino dos regimes comunistas ateus do Século XX, os líderes ateístas buscam empatar o placar com os crentes ao retratar Adolf Hitler e seu regime nazista como sendo teístas, mais especificamente Cristãos. Os websites ateístas rotineiramente alegam que Hitler era Cristão porque nasceu Católico, nunca renunciou ao seu Catolicismo e escreveu em Mein Kampf: “Ao me defender dos Judeus, defendo o trabalho do Senhor”. Os escritor ateu Sam Harris escreve que “o Holocausto marcou o auge de … 200 anos dos Cristãos fulminando os Judeus”, portanto, “sabendo disso ou não, os nazistas eram agentes da religião”.

Quão persuasivas são essas alegações? Hitler nasceu Católico assim como Stálin nasceu na tradição da Igreja Ortodoxa Russa e Mao Tsé Tung foi criado como Budista. Esses fatos não provam nada, pois muitas pessoas rejeitam sua criação religiosa, como esses três fizeram. O historiador Allan Bullock escreve que desde cedo, Hitler “não tinha tempo algum para os ensinos do Catolicismo, considerando-o como religião adequada somente para os escravos e detestando sua ética”.

Então como nós explicamos a alegação de Hitler de que ao conduzir seu programa anti-semítico estava sendo um instrumento da providência divina? Durante sua ascensão ao poder, ele precisava do apoio do povo alemão – tanto os Católicos da Bavária quanto dos Luteranos da Prússia – e para se assegurar disso ele utilizava retórica do tipo “Estou fazendo o trabalho do Senhor”. Alegar que essa retórica faz de Hitler um Cristão é confundir oportunismo político com convicção pessoal. O próprio Hitler diz em Mein Kampf que seus pronunciamentos públicos deviam ser entendidos como propaganda, sem relação com a verdade, mas planejados para influenciar as massas.

A idéia de um Cristo ariano que usa a espada para purgar os Judeus da Terra – o que os historiadores chamam de “Cristianismo Ariano” – era obviamente um afastamento radical do entendimento Cristão tradicional e foi condenado pelo Papa Pio XI no tempo. Além do mais, o anti-semitismo de Hitler não era religioso, era racial. Os Judeus foram atacados não por causa de sua religião – aliás, muitos Judeus alemães eram completamente seculares em seus estilos de vida – mas por causa de sua identidade racial. Essa era uma designação étnica e não religiosa. O anti-semitismo de Hitler era secular.

Hitler’s Table Talk [“Conversas informais de Hitler”, um livro] uma coleção reveladora das opiniões privadas do Führer, reunida por uma assistente próxima durante os anos de guerra, mostra Hitler como sendo furiosamente anti-religioso. Ele chamava o Cristianismo de uma das maiores “calamidades” da história, e disse sobre os alemães: “Vamos ser as únicas pessoas imunizadas contra essa doença”. Ele prometeu que “por intermédio dos camponeses seremos capazes de destruir o Cristianismo”. Na verdade, ele culpava os Judeus pela invenção do Cristianismo e também condenou o Cristianismo por sua oposição à evolução.

Hitler guardava um desdém especial pelos valores Cristãos da igualdade e compaixão, os quais ele identificou com a fraqueza. Os principais conselheiros de Hitler, como Goebbels, Himmler, Heydrich e Bormann eram ateus que odiavam a religião e buscavam erradicar sua influência da Alemanha.

Em sua História em vários volumes do Terceiro Reich, o historiador Richard Evans escreve que “os nazistas consideravam as igrejas como sendo os reservatórios mais fortes da oposição ideológica aos princípios nos quais eles acreditavam”. Quando Hitler e os nazistas chegaram ao poder lançaram uma iniciativa cruel para subjugar e enfraquecer as Igrejas Cristãs na Alemanha. Evans aponta que após 1937, as políticas do governo de Hitler se tornaram progressivamente anti-religiosas.

Os nazistas pararam de celebrar o Natal, e a Juventude de Hitler recitou uma oração agradecendo ao Fuhrer, ao invés de Deus, por suas bênçãos. Aos clérigos considerados como “problemáticos” era ordenado que não pregassem, centenas deles foram aprisionados e muitos foram simplesmente assassinados. As Igrejas estavam constantemente sob a vigilância da Gestapo. Os nazistas fecharam escolas religiosas, forçaram organizações Cristãs a se dissolverem, dispensaram servidores civis praticantes do Cristianismo, confiscaram propriedade da igreja e censuraram jornais religiosos. O pobre Sam Harris não é capaz de explicar como uma ideologia que Hitler e seus associados entendiam como uma renúncia ao Cristianismo pode ser apresentada como o “auge” do Cristianismo.

Se o nazismo representava o auge de algo, era o auge do Darwinismo social do final do Século XIX e início do XX. Como documentado pelo historiador Richard Weikart, tanto Hitler quanto Himmler eram admiradores de Darwin e freqüentemente falavam do papel deles como promulgadores de uma “lei da natureza” que garantiria a “eliminação dos ineptos”. Weikart argumenta que o próprio Hitler “construiu sua própria filosofia racista baseado em grande parte nas idéias do Darwinismo social” e conclui que embora o Darwinismo não seja uma explicação intelectual “suficiente” para o nazismo, é uma condição “necessária”. Sem o Darwinismo, talvez não houvesse nazismo.

Os nazistas também se inspiraram no filósofo Friedrich Nietzsche, adaptando a filosofia ateísta dele aos seus propósitos desumanos. A visão de Nietzsche do ubermensch [super-homem] e sua elevação a uma nova ética “além do bem e do mal” foram adotadas de forma ávida pelos propagandistas nazistas. A “sede pelo poder” de Nietzsche quase se tornou um slogan de recrutamento nazista. Em nenhum momento estou sugerindo que Darwin ou Nietzsche teriam aprovado as idéias de Hitler, mas este e seus comparsas aprovavam as idéias daqueles. Sam Harris simplesmente ignora as evidências das afinidades nazistas por Darwin, Nietzsche e o ateísmo. Então que sentido tem sua alegação de que os líderes nazistas eram “sabendo disso ou não” agentes da religião? Evidentemente, nenhum sentido.

Então, à montanha de corpos que os regimes misoteístas [que odeiam Deus] de Stálin, Mao, Pol Pot e outros produziram, nós devemos adicionar os mortos do regime nazista, também misoteísta. Assim como os comunistas, os nazistas deliberadamente atacaram os crentes, pois eles queriam criar um novo homem e uma nova utopia livre das amarras da religião e moralidade tradicional. Em um artigo anterior eu perguntei qual é a contribuição do ateísmo para a civilização. Uma resposta àquela questão: GENOCÍDIO.

Fonte: Gospel+

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Você Pode Ignorá-la, Mas Ela Existe - IGREJA PERSEGUIDA

Fonte: raniere menezes blog frases protestantes

Atividades e Serviços Realizados pela Polícia Militar no Município de Xapuri

RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS SEMANAL (XAPURI)
PERÍODO: 23/01/2012  A 30/01/2012.
NATUREZA DA OCORRÊNCIA
QUANTIDADE
AMEAÇA
1
SEQUESTRO E/OU CÁRCERE PRIVADO
1
VIAS DE FATO
2
TOTAL DE PESSOAS PRESAS E CONDUZIDAS A DELEGACIA 
2
TOTAL GERAL DE OCORRÊNCIAS CONCLUÍDAS NA DELEGACIA
4
OCORRÊNCIAS DE TRÂNSITO (XAPURI)
PERÍODO: 23/01/2012 A 30/01/2012.
ACIDENTES DE TRÂNSITO
QUANTIDADE
ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA NÃO FATAL
2
TOTAL GERAL DE ACIDENTES
2
TIPO DE INFRAÇÃO
QUANTIDADE
NÃO FORAM REGISTRADAS INFRAÇÕES NO PERÍODO  
TOTAL GERAL DE INFRAÇÕES
0
  
POSTOS DE SERVIÇO PM (XAPURI)
BOX DA SIBÉRIA
GUARDA DO QUARTEL
RÁDIO PATRULHA (VIATURA)
POLICIAMENTO NO FORUM
POLICIAMENTO NA PROMOTORIA
POLICIAMENTO OSTENSIVO NA ÁREA COMERCIAL
SERVIÇO ADMINISTRATIVO (P1, P2, P3, P4 e P5)
PROERD (PREVENÇÃO AS DROGAS E A VIOLÊNCIA - 450 ALUNOS) (FÉRIAS)
JCC (LIDERANÇA E CIDADANIA ESCOLAR - 1800 ALUNOS) (FÉRIAS)
POLÍCIA COMUNITÁRIA (PREVENÇÃO NOS BAIRROS - 300 ALUNOS)
ATIVIDADES E SERVIÇOS DESENVOLVIDOS PELA PM (XAPURI)
PERÍODO: 23/01/2012 A 30/01/2012.
SERVIÇOS
QUANTIDADE
ABORDAGENS À PESSOAS SUSPEITAS A PÉ
146
ABORDAGENS À PESSOAS SUSPEITAS EM BICICLETA
33
ABORDAGENS À PESSOAS SUSPEITAS EM VEÍCULO AUTOMOTOR
16
ABORDAGENS DE VEÍCULOS EM BLITZ DE TRÂNSITO
32
ARMA BRANCA APREENDIDA
0
ARMA DE FOGO APREENDIDA
0
ASSISTÊNCIA SOCIAL
22
ATIVIDADES ESPORTIVAS NOS BAIRRO/ PROJETO COMUNITÁRIO
férias
AUTOS DE INFRAÇÕES DE TRÂNSITO PREENCHIDOS
0
BARES FISCALIZADOS
37
BOLETIM CONFECCIONADO
6
CAIXAS ELETRÔNICOS E BANCOS FISCALIZADOS
47
CAMPANHAS EDUCATIVAS REALIZADAS
0
CUMPRIMENTO DE MANDADO DE PRISÃO
0
FLAGRANTES REALIZADOS
2
OCORRÊNCIA DE TRÂNSITO ATENDIDA
2
OCORRÊNCIA EVITADA
19
OPERAÇÕES
1
OUTROS
0
PB ESTRATÉGICO
114
PREVENÇÃO NAS ESCOLAS (PALESTRAS, AULAS, ETC.)  
férias
PREVENÇÃO NOS BAIRROS (REUNIÕES, INTERAÇÃO, ETC.)
férias
RONDA ESCOLAR 
férias
TESTE DE BAFÔMETRO REALIZADO
0
TROTE
97
VISITA COMUNITÁRIA
0
VISITA SOLIDÁRIA
0
VISITAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
68
TOTAL GERAL DE ATIVIDADES E SERVIÇOS REALIZADOS
642

domingo, 29 de janeiro de 2012

O Problema do Mal e a Autenticidade da Bíblia





Rita Lee, o desacato, a apologia e a incitação. (+ vídeo)

Saiu na Folha.com de hoje (29/01/12):

Rita Lee é liberada após prestar depoimento em Aracaju
A cantora Rita Lee, 67, foi liberada após prestar depoimento e assinar um boletim de ocorrência numa delegacia de Aracaju (SE).
Ela foi detida por policiais ao fim do último show de sua carreira, no Festival Verão Sergipe. Ao avistar policiais na plateia, a cantora declarou que não os queria em sua apresentação. ‘Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho’.
O imbróglio começou no meio do show, quando a cantora afirmou ter visto membros de seu fã clube, que viaja trás dela pelo Brasil, sendo agredidos pelos policiais.
Tendo se aproximado do palco, os policiais foram xingados pela cantora de ‘cavalo’, ‘cachorro’ e ‘filho da puta’. ‘Sobe aqui’, dizia Rita a eles, desafiando-os. Ela fez o show até o final, quando foi levada à delegacia.
O boletim de ocorrência foi tipificado como ‘desacato’ e ‘apologia ao crime ou ao criminoso’ (art. 287 do Código Penal). ‘A sensatez falou mais alto no momento, por isso a polícia não parou o show’, disse o tenente-coronel Adolfo Menezes, responsável pelo policiamento do show


O que é desacato?

Chamar uma pessoa de ‘cavalo’, ‘cachorro’ ou qualquer outro termo pejorativo, com o intuito ou assumindo o risco de ofender aquela pessoa, é crime. Chama-se injúria. Mas se eu digo para o lutador de boxe que ele é ‘forte como um cavalo’ e ele, orgulhoso, me mostra os músculos flexionados, ou se eu tomo o sorvete de minha namorada e ela brinca: ‘cachorro, você sempre escolhe o maior’, não há crime. Isso porque nesses dois casos não houve o intuito de ofender (e nem se assumiu o risco de ofender), e o destinatário não se sentiu ofendido. Para que haja a injúria você precisa da combinação das duas coisas: intenção/assumir o risco mais vítima se sentir ofendida.

Mas se eu chamo um policial de ‘cavalo’ ou ‘cachorro’ por causa de sua função como agente do Estado, o crime passa a ser outro: o desacato. No desacato a ofensa não é destinada à pessoa, mas ao cargo da pessoa. No caso da matéria acima, por exemplo, se os soldados não tivessem sido reconhecidos como tais (se não estivessem uniformizados, por exemplo), eles jamais haveriam sido xingados. Logo, a ofensa é feita em relação ao seu cargo e, portanto, passa a ser desacato.

A ideia por trás do desacato é proteger não o indivíduo, mas o respeito que se deve ter às funções públicas.

Mas apenas o servidor público no exercício de sua função pode ser desacatado. A expressão ‘exercício de sua função’ é essencial aqui. Ela significa, entre outras coisas, que o servidor precisa estar agindo dentro da lei. Se ele está agindo ilegalmente e você o ofende, você não o está desacatando porque ele não está no exercício de sua função. Logo, no caso citado pela matéria, só haverá desacato se os soldados estavam no show legalmente como representantes do Estado (a tal da 'carteirada', por exemplo, não é legal), e se, além disso, estavam agindo de acordo com o que a lei e as normas de conduta de sua função determinam.

Apologia ou incitação?

A matéria acima também cita o crime de 'apologia de crime ou criminoso'.

Ao contrário do que muita gente acredita, o consumo de entorpecentes – inclusive maconha – no Brasil ainda é crime. Só não é apenado com pena de prisão, mas a pessoa ainda é punida de outras formas.

Pois bem, enaltecer, louvar ou elogiar o uso de drogas – mesmo a maconha – é fazer a apologia de crime, e isso é um crime em si, previsto no artigo 287 de nosso Código Penal, chamado de apologia de crime ou criminoso, cuja a pena chega a até 3 meses.

Mas se a pessoa diz ‘vai, usa a maconha’ ou ‘fuma um baseado’, o crime passa a ser outro, mais grave, chamado de ‘incitação ao crime’, previsto no artigo 286 do Código Penal, e cuja pena chega a 6 meses.

Reparem que há uma diferença sutil, mas importante. Enquanto fazer apologia é enaltecer ou elogiar algo, incitar é induzir ou instigar alguém a fazer alguma coisa.

Segundo a maior parte dos juristas, há mais uma diferença importante entre esses dois crimes: na apologia, o criminoso faz menção a um fato passado. É impossível eu elogiar ou enaltecer um crime que ainda não aconteceu. Já na incitação ao crime, a pessoa se refere a um fato futuro. Você não pode incitar (induzir ou instigar) alguém a fazer alguma coisa que já aconteceu. Não teria lógica.

Logo, dizer ‘vai ali no canto fumar uma maconha’ não pode ser considerado apologia, primeiro, porque isso não é um elogio ou algo parecido e, segundo, porque não se está elogiando um crime já acontecido (passado), mas incitando o cometimento de um crime que ainda precisa acontecer (futuro). Instigar alguém a cometer um crime é, portanto, incitação ao crime.

Na prática, os processos contra esses dois crimes (que são julgados pelos juizados especiais criminais, que eram antes chamados de 'pequenas causas') acabam nem sequer sendo levados adiante (é o que se chama de sursis processual, quando o processo é suspenso antes da sentença, sob a condição do beneficiado não voltar a cometer outro delito). E, mesmo se forem levados adiante, a pena acaba sendo apenas de multa ou, quando muito, a prestação de serviço à comunidade.
Fonte: blog para entender direito (folha.com)

Veja o vídeo:

Desabamento no Rio: de quem é a culpa?


Saiu na Folha do dia 26/01/12:

Três edifícios desabam no centro do Rio

Três prédios desabaram ontem por volta das 20h30 no centro do Rio. Até a 0h, cinco pessoas feridas haviam sido retiradas dos escombros e levadas para o Hospital Souza Aguiar, também no centro (…)
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, a principal hipótese para o desabamento é uma obra que era realizada em um andar do Liberdade (…)
‘Possivelmente foi problema estrutural’, disse o prefeito Eduardo Paes (PMDB) (…)
Às 21h30 houve um princípio de incêndio. De acordo com bombeiros, havia forte cheiro de gás no local. Jornalistas e curiosos foram afastados. Um cordão de isolamento mantinha todos a cerca de um quarteirão do local


Precisamos achar um culpado para aquilo que sai do normal. De preferência alguém que possa ser punido, ou seja, humano. Se lemos que alguém morreu quando voltava do trabalho para casa, o primeiro impulso é suspeitar que o morto cometeu uma barbeiragem, que foi vítima da barbeiragem alheia, de um defeito mecânico em seu veículo (provavelmente causado por alguém durante a construção) etc. As hipóteses de que ela tenha morrido de isquemia cardíaca ou derrame cerebral não estão entre nossas primeiras suspeitas, ainda que 11 vezes mais pessoas morram dessas duas causas do que de acidente automobilístico. Quando perguntamos qual o grupo etário e razão mais provável de morrer de câncer de mama, as respostas são 'por volta dos 40' e 'estilo de vida', embora a maior causa de câncer seja o envelhecimento natural a que todos estamos sujeitos. Depois dos 80 anos, nossa probabilidade de morrer de câncer é, infelizmente, enorme (dois terços das mulheres diagnosticadas com câncer de mama têm mais de 60 anos). Velhice não tem um culpado; estilo de vida tem.

O maior risco na investigação de uma tragédia como a da matéria acima é partir de uma resposta para chegar a uma explicação. Pior: partir da presunção de que há um culpado humano. Dizer 'foi isso' ou 'foi tal pessoa' é perigoso porque, de cara, elimina todas as outras possibilidades e leva quem fez a declaração a constantemente buscar provas para justificar sua resposta.

Pode ter sido uma obra dentro do prédio. Se foi, a culpa é de quem fez a obra sem tomar os cuidados necessários, ou de quem contratou a obra sem seguir as formalidade de autorização, ou de quem autorizou a obra quando não deveria, ou de quem deixou de fiscalizar quando deveria. Pode ter sido um problema estrutural, e nesse caso a culpa é de quem construiu o prédio, ou de quem aprovou sua construção, ou de quem não cuidou da manutenção, ou de quem não fiscalizou ao longo dos anos. Pode ter sido um vazamento de gás que causou alguma explosão. Se foi, a culpa é de quem não fez a manutenção adequada, ou de quem instalou a estrutura de forma incorreta, ou de quem não detectou quando deveria ter detectado. E pode ter sido qualquer outro motivo. Alguns causados por pessoas, outros não. Mas tudo isso é especulação. Não dá para dizer o que foi sem provas sólidas.

Só saberemos depois de uma investigação bem feita. E investigações bem feitas tomam tempo. E isso vai contra um segundo traço da natureza humana: somos imediatistas. Queremos saber quem é o culpado agora, não mês que vem. Buscamos a satisfação imediata. Nos empanturramos de doces hoje porque nos dão prazer imediato, ainda que saibamos que a longo prazo seria melhor se começássemos a fazer esportes hoje. Mas esporte toma tempo para gerar satisfação.

Agora se coloque no lugar do investigador: de um lado, há a imprensa e o público exigindo respostas imediatas e dizendo que sua incapacidade de dar essas respostas é prova de sua incompetência ou algo pior. E de outro, você sabe que a única forma de dar uma resposta correta é fazendo uma investigação séria, e isso vai tomar tempo e, quando o resultado finalmente sair, todos já estarão falando de uma outra tragédia (e você já terá a pecha de incompetente sobre você para sempre).

A própria Folha trouxe hoje um exemplo do que acontece quando os agentes do Estado sucumbe à pressão por uma resposta imediata e deixam de lado a investigação:

Daniela Toledo do Prado tinha 21 anos quando foi acusada por uma médica, em uma sala de emergência, de cometer um crime pavoroso: matar a própria filha, uma criança de um ano e três meses, com uma overdose de cocaína.
Em estado de choque, sem conseguir dizer quase nada em sua defesa, foi presa e levada pelos policiais, sob gritos de ‘vagabunda’, para a cadeia, onde foi espancada.
Seu rosto ficou desfigurado. Teve a clavícula e a mandíbula quebradas. Perdeu a audição do lado direito - uma das detentas enfiou e quebrou uma caneta em seu ouvido. Apesar dos gritos, ninguém a socorreu e, somente após duas horas, foi levada, em coma, para o hospital.
Trinta e sete dias depois, porém, foi solta quando um laudo provou que não era cocaína o pó branco achado na mamadeira e na boca da menina (...)
Desempregada, evita até hoje sair de casa sozinha por medo de apanhar em razão da repercussão do caso - era chamada de ‘monstro da mamadeira’. Toma antidepressivos, assim como seu filho de oito anos; diz sofrer dores fortes na cabeça e convulsões. ‘Não me esqueço do delegado. Dizia ter aberto o corpo de minha filha, que estava cheio de cocaína’
”.

Tanto a imprensa quanto a população podem - e devem - vigiar o trabalho de investigação do Estado. E devem exigir que sejam eficientes e expedientes. São direitos nossos. O problema está no tipo de pergunta que queremos que sejam respondidas durante a investigação. Devemos perguntar não de quem é a culpa (porque é para isso que há uma investigação), mas como é que as razões do acidente serão apuradas, em que estágio estão tais investigações, que passos já foram tomados e quais os próximos passos. Perguntar de quem é a culpa só faz sentido depois que houve uma investigação. Até lá, é especulação. Pitaco.

Fonte: blog para entender direito (folha.com)

sábado, 28 de janeiro de 2012

Silas Malafaia Diz Que Inspetora da Polícia Rodoviária Federal, Que Requer Fechamento de Igreja, é Palhaça e Deveria Aproveitar o Carnaval Pra Comprar Sua Fantasia

Mais de 200 cristãos morreram após ataques de extremistas na Nigéria

Goodluck Jonathan é o atual presidente da Nigéria
Um coordenador da organização Portas Abertas na Nigéria estima que o número de mortos no ataque a bomba, que aconteceu no fim de semana em Kano, Bauchi e Tafawa Balewa, possa subir para mais de 200 pessoas.

A atmosfera em todo o norte do país permanece tensa e com grande apreensão entre os cristãos. Eles dizem que agora estão enfrentando, diariamente, a milícia islâmica nigeriana Boko Haram.

Existem rumores de que novos ataques possam acontecer e isso traz mais medo para os cristãos que vivem no norte do país. Muitos estão migrando para as regiões sul da Nigéria, como acontece com a maioria das pessoas que vivem na cidade de Kano.

Para os cristãos, os extremistas possuem a simpatia entre alguns funcionários do governo e de tradicionais chefes de regiões. Alguns ainda afirmam que os membros do Boko Haram estão se infiltrando nas forças de segurança, uma vez que alguns dos agressores foram vistos com uniformes de polícia.

O coordenador da Portas Abertas na Nigéria disse que as atividades na cidade foram suspensas, mas que eles pensam em continuar com os seminários e com os projetos de emergência nas áreas rurais que cercam as cidades.

A organização Portas Abertas pede que os cristão de todo o mundo orem para que a situação no norte da Nigéria seja restaurada, que o governo consiga controlar essa situação tão delicada da melhor forma possível, e para que Deus proteja os cristãos e que eles possam permanecer firmes, apesar do medo e das incertezas.

Fonte: Portas Abertas

Carta de um policial morto em serviço


Autor: Danillo Ferreira

Alex Oliveira Suzarte era um policial militar do estado do Mato Grosso, casado, com três filhos. Após um assalto a uma lanchonete no município de Poconé-MT, em que dois suspeitos fugiram em uma moto, Alex e sua guarnição realizou uma perseguição aos criminosos, que acabaram caindo da motocicleta, e atiraram contra os policiais, acertando Alex no olho. Alex não resistiu, morreu no local.

Por si só, a história é trágica, lamentável, injustificável – como a morte de qualquer agente público que defende direitos expondo sua vida. Mas algo fez a morte de Alex se tornar ainda mais dolorosa e até épica: o soldado deixou uma carta-poema nas mãos de sua esposa dias antes de morrer em serviço. No final do texto, ele diz: “Esse texto eu dedico a todos os policiais que, como eu, só desejam voltar para casa vivos”. Leiam a íntegra…

Enquanto todos dormem, eu estou em lugares inimagináveis, matagais intransponíveis, bueiros fétidos, casas abandonadas, entre outros lugares a que alguém normal se recusaria ir;
Enquanto todos dormem, eu estou em alerta máximo, tentando não apenas defender pessoas que nunca vi, nem mesmo conheço, mas também tentando sobreviver;
Enquanto todos dormem no aconchego de suas casas debaixo dos cobertores, eu estou nas ruas debaixo da forte chuva, com frio e cansado madrugada adentro;
Enquanto todos dormem, eu estou travestido de herói e mesmo não tendo superpoderes estou pronto para enfrentar o perigo, para desafiar a morte e, ‘quiçá, sobreviver’;
Enquanto todos dormem, eu estou dividido entre o medo da morte e a árdua missão de fazer segurança pública;
Enquanto todos dormem, eu sonho acordado com um futuro melhor, com o devido respeito, com um justo salário, com dias de paz, mas principalmente com o momento de voltar para casa e de olhar minha esposa e meus filhos e dizer-lhes que foi difícil sobreviver a noite anterior, que foi cansativo e até frustrante, mas que estou de volta e que tenho por eles o maior amor do mundo.
Esse texto eu dedico a todos os policiais que, como eu, só desejam voltar para casa vivos.
Alex Oliveira Suzarte
O pai de Alex, embora sofra com a perda, deu a seguinte declaração sobre o homem que matou seu filho: “Esse desalmado ainda não está preso. Eu não quero saber quem é, mas já o perdoei. Até porque a raiva não vai trazer meu filho de volta”.
Triste fim.
Fonte: blog abordagem policial