quarta-feira, 31 de outubro de 2012

"A CASA CAIU"




 Temistocles Lima da Silva
Ismael Antônio de Oliveira Lima

A população xapuriense e os comerciantes já podem dormir um pouco mais sossegados.
Os dois rostos acima são a face da onda de arrombamentos e furtos que vem sendo realizados principalmente nos Bairros periféricos de Xapuri.
Por volta das 03:30 horas do dia 31 de outubro de 2012, a guarnição da Polícia Militar, comandada pelo 1º SGT PM Ciro tendo como patrulheiros o 3º SGT PM Airton e G. da Costa, estava fazendo um patrulhamento de rotina na Rua Francisco Vieira dos Santos, Bairro Laranjal, nas proximidades do antigo Clube Mandalah quando avistaram os cidadãos acima em atitude suspeita. Prontamente a guarnição fez a abordagem aos cidadãos e foi constatado que eles estavam de posse de 09 (nove) chips "OI" e 01 (um) chip da "VIVO". Que os meliantes não souberam informar para a guarnição de serviço a origem de tais produtos, disseram apenas que receberam parte dos chips de um outro cidadão e que iriam trocar tudo por bebida alcoólica em um Bar.
Como os cidadãos não souberam informar a origem dos produtos e como chips de operadoras de telefonia móvel são vendidos exclusivamente em estabelecimentos comerciais, os meliantes foram conduzidos a Delegacia Geral de Xapuri pela prática de Furto.
Como já era esperado, por volta das 06:00 horas a vítima do furto ligou para o 190 e informou que o seu estabelecimento comercial havia sido arrombado e que os delinquentes levaram chips de telefonia móvel OI e VIVO e bebidas alcoólicas.
Graças a ação proativa dos policiais militares, dois criminosos foram tirados do seio da sociedade e como o título da postagem diz: "A CASA CAIU" para os dois.

ATUALIZANDO

Agora a pouco recebemos uma ligação dando conta que houve um outro arrombamento na madrugada de hoje na Igreja Testemunha de Jeová, Rua 24 de Janeiro, próximo a Neurides. Do local foi levado uma botija de gás de cozinha que foi localizado, pela Polícia Civil, na "Burra Cega" no Bairro Laranjal em posse dos mesmos delinquentes acima. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

OPERAÇÃO FRONTEIRA





No dia 26 de outubro de 2012, ultima sexta-feira, o 10º Batalhão de Polícia Militar com sede em Brasiléia, juntamente com a Polícia Militar de Xapuri e Assis Brasil realizaram, na Br 317, a "OPERAÇÃO FRONTEIRA" que tem como principal objetivo reprimir os delitos típicos de faixas de fronteira como o tráfico de drogas e o contrabando de produtos.
Durante a operação vários veículos foram abordados e vistoriados.
Essa ação da Polícia Militar do Alto Acre faz parte de um conjunto de ações que vêm sendo desenvolvidas ao longo do ano de 2012 com o principal objetivo de reduzir os índices de criminalidade no Estado do Acre.

sábado, 27 de outubro de 2012

Efêmeras palavras...

A Bíblia em um ano:
Marcos 10-13
Imagem: Disponível no blog  Vinho de Rosas.
“[...] porque pelo fruto se conhece a árvore.”
Mateus 12.33

Depois de tantos safanões que a vida nos dá, aprendemos que muito mais eficácia há em fazer do que em falar. Então, chega um tempo na vida da gente, em que palavras já não nos convencem mais. A fase do encanto com belos discursos passou.

Por mais que alguém nos faça bem, e por mais que gostemos desse alguém – seja um familiar, um amigo, um grande amor – suas conversações já não nos tocam, por mais bem elaboradas que sejam, tanto quanto o menor dos seus gestos pode fazê-lo.

Fico pensando em como as pessoas se sentem mal ao serem iludidas com palavras, mas em quanta facilidade elas têm para fazerem o mesmo conosco. Podem ser diversos os motivos que as levam a isso, mas certamente nenhum deles é maior do que o motivo para que elas não o façam: é que nós todos possuímos sentimentos, e ser desiludidos pelo cair das palavras ao chão machuca um bocado.

Numa comparação matemática, palavras estão para poeira ao vento, assim como atitudes estão para a firmeza dos solos, ainda que empoeirados. Palavras estão para música que se ouve, assim como atitudes estão para música que se cria. Palavras estão para bolhas de sabão, assim como atitudes estão para a água de sabão que lava as roupas.

Li, nesta tarde, que “a desnutrição contínua da matéria pode matar rapidamente, mas a desnutrição permanente no terreno das afeições causa morte lenta e dolorosa, porquanto contraria as leis da natureza que nos projetou para dar e receber amor e carinho, ainda que em pequenas porções”[1]. Ocorre que palavras, somente, não nutrem. Palavras somente não demonstram afeição, amor, carinho, não é? Elas enfeitam, mas não traduzem esses vocábulos.

Lembro de Deus nos avisando que nós O encontraremos quando O buscarmos de todo nosso coração (Jeremias 29.13). Nós não O encontraremos se pronunciarmos Seu nome, nem se fizermos lindas declarações de amor a Ele. Nós O encontraremos se O buscarmos, e isso significa atitude, bem além dos hinos que simplesmente cantamos com nossas emoções e com nossas palavras.

Lembro também de Jesus, exortando aos fariseus e escribas que O honravam com seus lábios, mas mantinham seus corações bem distantes do Senhor (Marcos 7.6-7). A beleza das suas tradições e a rigidez dos seus sermões não gritavam tão alto quanto suas atitudes negligentes e inescrupulosas.

Palavras, palavras, palavras...

O mundo está cheio delas. Bocas fartam-se de palavras e mais palavras. Mentes têm dificuldade em decidir quais palavras deverão ser ditas, face sua imensidade. Mãos, porém, seguem quase vazias, realizando uma grande aradura no mundo e uma pequena semeadura, no que tange à veracidade das oratórias.

Mas palavrórios idealizados se esvaziam quando confrontados com a verdade. E a verdade afirma que as palavras revelam apenas o que está acontecendo em nossos corações (Mateus 12.33-34): Corações mentirosos, palavras mentirosas, poucas atitudes convincentes. Corações sinceros, palavras sinceras, mais atitudes que palavras.

Palavras, no seu sentido mais afetuoso, são muito bem vindas. Em poesias, em contos, em canções, em comícios. Não em relacionamentos, nem em relação a sentimentos, tampouco em volta de princípios. Porque são atitudes – e não palavras – que determinam o valor que nós temos e demonstram quem, de fato, nós somos.
[1] Fátima Irene Pinto. Trecho do poema Abatimento (2012).

Rede de televisão acobertava quadrilha de estupradores de crianças

Comentário de Julio Severo: O escândalo, que em si já é horrível porque as redes de televisão adoram noticiar sobre escândalos dos outros sem revelar seus próprios armários, começou com a BBC. E Deus nos ajudando, os armários da TV Globo e outras redes de televisão também podem ser abertos. A BBC é a mesma rede de televisão que, não muito diferente da Globo, louva o homossexualismo e o islamismo, mas debocha dos cristãos. Vejam só a BBC e o acobertamento de seus crimes sexuais durante décadas:

Vítimas de apresentador dizem que quadrilha pedófila agiu em TV inglesa

BBC é acusada de acobertar abuso sexual do falecido astro Jimmy Savile.
'Há informações sobre uma possível rede de pedofilia', diz advogada.
O escândalo sexual que assola a BBC se agravou nesta quarta-feira (24), com acusações de que existia na emissora pública britânica uma rede de pedofilia que envolveria alguns de seus astros.
A BBC está sendo acusada de ter acobertado centenas de casos de abusos sexuais cometidos por um dos seus mais famosos apresentadores, o falecido Jimmy Savile, e tem dificuldades para explicar por que cancelou a produção de um programa investigativo sobre o caso.
Jimmy Savile
O diretor-geral da BBC, George Entwistle, está sendo duramente criticado por sua conduta diante da crise, uma das piores em 90 anos de história da organização.
Mas o escândalo gera também questionamentos sobre o ex-diretor-geral Mark Thompson, contratado para assumir o comando da empresa "The New York Times" no mês que vem. Thompson disse que não pretende desistir do novo emprego.
A polícia e a BBC estão investigando suspeitas de que o excêntrico Savile, que morreu em 2011, aos 84 anos, abusou sexualmente de menores de idade ao longo de seis décadas. Alguns incidentes teriam acontecido nas próprias instalações da BBC.
Advogados que representam algumas das vítimas - a mais nova tinha 8 anos na época do suposto abuso - disseram que seus clientes apontaram a existência de uma rede organizada de pedofilia dentro da BBC, incluindo a participação de celebridades, na época em que Savile estava no auge da fama, nas décadas de 1970 e 1980.
"Há informações sobre uma possível rede pedófila e temos pessoas que nos procuraram com essa informação", disse à Reuters a advogada Alicia Alinia, sem citar o nome de outras celebridades que poderiam estar envolvidas.
Antes, a BBC disse que novas acusações foram feitas contra nove atuais funcionários e colaboradores da emissora depois da divulgação das primeiras denúncias, feitas pelo canal rival ITV.
Fonte: G1
Divulgação: www.juliosevero.com

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pederastia, Aborto, Intolerância, Legalização da maconha - Pela Psicóloga Marisa Lobo


O especialista louco do Conselho Tutelar

* “Nunca o vi observar pais com seus filhos”: A assistente social que afirma ter sido forçada a tirar bebês de suas mães pelo “especialista” que brincava de ser Deus
* Keira Roberts trabalhou para o Dr. George Hibbert no Centro de Aconselhamento Familiar da cidade de Swindon, 130km a leste de Londres
* Hibbert dava tarefas estranhas aos pais, como trocar um pneu de carro enquanto cuidava da criança
* Keira: ‘Tivemos que colocar coisas ruins em nossos relatórios’
* O Dr. Hibbert ganhava mais de £40,000 (R$120.000) por semana.
Katherine Faulkner
Qualquer pessoa que trabalhe em um Conselho Tutelar lhe dirá que um dos piores aspectos do trabalho é ter que tirar uma criança dos braços da mãe, possivelmente para sempre.
Só isso já é de partir o coração, ainda mais quando se sabe com 100% de certeza que retirar a guarda dessa criança é o melhor para ela. Mas e se você estivesse sendo forçado a afastar uma criança de uma mãe que você acredita ser boa e dedicada?
Keira Roberts nunca imaginou que se encontraria em tal posição quando aceitou trabalhar para um psiquiatra eminente que se especializou em ajudar as autoridades locais a identificar pais perigosos ou negligentes.
“Brincando de Deus”: Dr. George Hibbert, especializado em ajudar autoridades locais a identificar pais perigosos e negligentes
O Dr. George Hibbert era visto como um dos principais especialistas em abuso infantil, dava palestras na Universidade de Oxford e assessorava membros do parlamento acerca do sistema de varas de família.
Quando Keira concordou em trabalhar para ele, foi em um dos seus Centros de Aconselhamento Familiar, um dos lugares para onde eram encaminhadas as famílias que estavam sob monitoração das assistentes sociais. Essas famílias eram monitoradas dia e noite enquanto se decidia o que se deveria fazer em seguida.
Era um processo bastante invasivo, mas Keira presumia que o Dr. Hibbert, que tinha alta confiança (e um belo salário) de várias autoridades locais, sabia o que estava fazendo.
E após o escândalo da morte do bebê Peter Connelly, ela entendeu como era importante agir em todas as suspeitas de abuso dos pais.
Mas proteger crianças é uma coisa. Destruir famílias, aparentemente por razões banais, é outra. No entanto, isso é o que Keira acusa o Dr. Hibbert de ter feito, e em uma escala espantosa.
O primeiro sinal de alerta surgiu quando Keira sentiu que o Dr. Hibbert queria que sua equipe tivesse como prioridade registrar apenas os aspectos negativos que observavam.
E ela ficou assombrada quando os pais eram submetidos a tarefas bizarras e, acreditava ela, injustas, para avaliar como se comportavam.
Ela assistiu a uma jovem mãe fazendo esforço para utilizar o aspirador nas escadas enquanto segurava um bebê. Outra foi enviada ao supermercado com o bebê para carregar sozinha uma enorme quantidade de compras para 14 pessoas.
Mas sua estupefação com os métodos do Dr. Hibbert se transformaram em terror quando ela viu que quando os pais “fracassavam” nas tarefas para os padrões elevados (ou “impossíveis”, como ela colocou) do Dr. Hibbert, isso contava para eles negativamente, e seus filhos lhes eram tirados.
E o que lhe assombra é que algumas vezes sobrava para ela a responsabilidade tirar as crianças dos pais a força.
O caso que ainda lhe tira o sono envolveu uma jovem mãe chamada Anna, uma mulher que Keira havia observado por 14 semanas e considerava uma boa mãe. Ela vinha de um histórico difícil, mas não havia provas de que ela era abusiva ou negligente com relação ao seu bebê.
Sob investigação: Dr. George Hibbert em frente do Centro de Aconselhamento Familiar em Swindon
Aliás, Keira estava impressionada com o bom trabalho que ela estava fazendo para cuidar de seu filho.
No entanto, um dia, às 5 horas da manhã, Keira estava trabalhando no centro de aconselhamento familiar quando Anna apareceu chorando. Estava com o bebê nos braços, andando impacientemente de um lado a outro e aos prantos, implorando a ajuda de Keira.
“Ela estava convencida de que iria para casa sem seu bebê porque pensava que havia fracassado. Estava histérica. Perguntava repetidamente: ‘Você acha que sou uma boa mãe?’ Minha resposta era sim, mas não havia nada que eu poderia fazer. O Dr. Hibbert havia tomado sua decisão”.
Mais tarde, foi Keira quem teve que tirar o bebê dos braços dessa mãe. “Foi a pior coisa que já tive que fazer”, afirma.
Mas Anna não foi um caso isolado. A frequência com que bebês eram tirados dos seus pais em razão das práticas do Dr. Hibbert ainda não é conhecida. Mas Keira não foi a única a temer que seu chefe estava abusando de seus poderes.
Algumas semanas antes, o Dr. Hibbert se ofereceu para abrir mão de sua licença quando o Conselho Geral de Medicina abriu uma investigação por causa da acusação de que ele teria deliberadamente feito um diagnóstico errado, de que mães apresentavam distúrbios mentais, para atender às exigências das assistentes sociais.
O Conselho negou a oferta do Dr. Hibbert, e está investigando sua competência para exercer sua profissão.
É a primeira vez que um membro de sua equipe se manifestou para falar sobre o que dizem acontecer dentro de um dos seus centros de aconselhamento familiar.
Keira trabalhou por mais de um ano para o Dr. Hibbert no centro Windmill House, na cidade de Swindon. Seu relato, que foi dado com a condição de que sua identidade fosse mantida em sigilo, descreve o horrível cenário nas vidas dos pais sobre os quais Hibbert disse às varas familiares serem “inaptos” para cuidarem de seus filhos.
Não se conhece o número de famílias que foram destruídas pelo Dr. Hibbert, mas Keira confirma que devem ser “muitas”.
Entre quatro e oito famílias viviam em Windmill House em qualquer dado momento, com Keira e suas colegas observando-os 24 horas por dia, inspecionando todas as interações dos pais com seus filhos.
Era como “a casa do Big Brother”, afirma, “mas 100 vezes pior, porque se eles fizessem algo que fosse considerado errado, corriam o risco de perder seus filhos”.
Mesmo à noite, afirma Keira, a equipe escutava a interação entre pais e filhos (e, no caso de casais, suas conversas íntimas) por meio de babás eletrônicas.
Ela afirma que as mães não tinham privacidade nem mesmo para amamentar seus filhos. “Sempre achei isso muito invasivo” afirma Keira.
“Quando estava observando os pais no mesmo recinto, costumava beber lentamente um copo d’agua ou fazer palavras cruzadas para que eles não se sentissem tão observados”.
Talvez essa intrusão fosse justificada se as observações sobre as interações dos pais com seus filhos tivessem sido honestas.
Keira afirma que as coisas começaram de uma forma equilibrada, com a equipe sendo orientada a escrever, nas margens das suas abundantes anotações, um pequeno “G” (good) para boas atitudes, “B” (bad) para más atitudes, e “R” para ações rotineiras.
Mas depois, segundo ela, eles entenderam que tinham que anotar apenas os aspectos ruins das ações que observavam.
Ela afirma: “O Dr. Hibbert disse: ‘Tudo o que quero, tudo o que preciso é que vocês destaquem tudo o que for ruim’. Não incluíamos quaisquer boas ações dos pais porque as varas não iriam considerá-las como interpretação”.
A equipe estava horrorizada, acreditando que isso iria gerar uma “visão distorcida”.
“Não acredito que qualquer pessoa tenha achado isso correto”, afirma Keira, “mas ele disse que tínhamos que reduzir a papelada que repassávamos a ele”.
Outro método do Dr. Hibbert era o de submeter os pais a tarefas bizarras, como trocar o pneu de um carro enquanto cuidava de um bebê.
“Os testes eram ridículos”, afirma Keira. “Vários dos membros da equipe disseram que se estivéssemos na mesma situação, iríamos fracassar. Era um ambiente totalmente improvável e falso”.
Mas, por incrível que pareça, as mães com frequência se saiam bem nas tarefas, apesar das dificuldades. “Elas estavam desesperadas para passar”, lembra Keira.
Embora ela e seus colegas tivessem que observar os pais 24 horas por dia, Keira afirma que o Dr. Hibbert raramente estava em Windmill House.
A equipe o via ocasionalmente entrando e saindo do estacionamento em um dos seus Porsches (um preto e um prata), ou aparecendo no escritório para pegar um dos seus ternos de grife, que alguém da equipe havia levado para lavar a seco.
Mas Keira alega que “nunca” viu o psiquiatra de fato observar os pais com seus filhos antes de escrever seus relatórios para as varas de família, o que seria extraordinário se fosse sempre o caso, considerando que esse homem estava ganhando um salário muito alto à custa dos cidadãos que pagam impostos para fazer uma “avaliação intensiva e multifacetada” de uma mãe por mais de 12 semanas.
Rico: Dois Porsches podem ser vistos estacionados em frente à casa do Dr. Hibbert perto de Swindon.  Em determinado momento em 2010, quando ele tinha 11 residentes no centro de uma vez, o Dr. Hibbert estava recebendo mais de R$120.000 por semana.
“No ano em que estava lá, não o vi uma única vez observar um pai ou mãe com seu bebê”, afirma Keira. “Era ridículo. Como ele pode dar uma opinião de especialista sobre o comportamento dos pais se ele nem sequer os observou?”
O Dr. Hibbert admitiu que limitou suas interações com os pais por causa dos fortes efeitos que isso poderia causar.
No entanto, poucos teriam suspeitado de que ele raramente observava as pessoas cuidando de seus filhos.
Não apenas isso, as somas cobradas pelo Dr. Hibbert para seus aconselhamentos familiares são espantosas. As varas de família têm pago milhares de libras por semana por seus pareceres.
Cada pai com um filho na unidade lhe rendem £4.100 (cerca de R$ 12.000) por semana. Esse valor sobe para £6.150 (cerca de R$19.000) para um casal e um filho, ou £8.200 (cerca de R$25.000) para um casal e dois filhos.
Em determinado momento em 2010, quando ele tinha 11 residentes no centro de uma vez, o Dr. Hibbert estava recebendo mais de £40.000 por semana, mais £210 (cerca de R$650) que cobrava por cada hora em que tem que ler a papelada dos pais.
Essa conta era dividida entre as autoridades locais, o representante legal da criança e o advogado que atuava como procurador dos pais. Em outras palavras, dinheiro público.
Apesar dos enormes custos, os aconselhamentos do Dr. Hibbert parecem depender em grande parte de anotações feitas por membros de sua equipe, alguns de até 19 anos.
Keira insiste que o Dr. Hibbert geralmente via os pais por não mais do que 20 minutos por semana. Os funcionários, que recebiam um salário de £16,500 (cerca de R$ 50.000) por ano, ficavam com a responsabilidade de observar os pais por ele.
“Não éramos especialistas, nenhum de nós era”, confirma Keira. “Alguns não tinham qualificação nenhuma. No entanto, éramos nós que de fato observávamos os pais com seus filhos”.
Com os pais arcando com a própria alimentação, cozinhando e cuidando da limpeza sozinhos, os funcionários comentavam que o Dr. Hibbert “devia estar faturando muito alto com o seu centro de aconselhamento familiar”. No entanto, esse era apenas um dos seus bicos altamente rentáveis.
Ele também ganhava uma fortuna testemunhando em julgamentos como especialista, para o qual cobra a absurda quantia de £1.800 (cerca de R$ 5.500) por dia. E por incrível que pareça, ele ainda faturava £105 (cerca de R$300) por hora pelo tempo de viagem de ida e volta das audiências, mais cerca de £0,72 (cerca de R$2,20) por quilômetro como custo de combustível.
“Não sei com que frequência ele ia a audiências, mas era mais ou menos uma vez por mês”, lembra Keira. Segundo ela, ele não era um chefe gentil, e alega que ele estava sujeito a crises de “mau humor” e costumava “andar pesado” quando estava irritado. Keira o descreve como uma “presença intimidadora”.
“Ele me olhava com desprezo”, afirma. “Ele era mais inteligente, ele era quem sabia de tudo; nós éramos apenas seus lacaios. Nunca encontrei alguém tão cheio de si. Também se achava uma dádiva de Deus para as mulheres”.
No ano em que trabalhou no centro, vários funcionários pediram demissão devido ao que Keira acreditava ser problemas com o Dr. Hibbert.
E não demorou muito até que ela começasse a ter sérias dúvidas. “Com algumas mães, parecia não importar o que escrevíamos”, afirma ela. “Parecia que ele tinha tomado sua decisão a respeito delas desde o início”.
Outras, acredita ela, eram criticadas “por nada”.
Um jovem pai foi acusado de ter “tendências pedófilas” depois que uma assistente social o observou deitado no chão com sua filha assistindo televisão.
Outro foi acusado de ter um estilo “invasivo” porque gostava de fazer cócegas em sua filha, no que Keira afirmava que o bebê “simplesmente adorava”.
O caso mais bizarro foi o caso de uma mãe casada que gostava de escrever lembretes. “O Dr. Hibbert nos disse que escrever lembretes não era um comportamento normal. Ele disse que era obsessivo. “Todos nós dissemos: pera lá, nós fazemos isso também!”
Mas os pais não tinham como ganhar.
“Se os pais não confiavam nele, eram rotulados de paranoicos”, lembra-se Keira. “Se ficassem tristes, ele dizia que não eram estáveis”.
O fim da picada com o Dr. Hibbert veio quando ela observou uma reunião que ele teve com uma mulher que descrevia como ela uma vez foi estuprada.
A reação do psiquiatra deixou Keira chocada. Ela afirma: “Eu o vi colocar os dedos nos ouvidos e dizer: ‘Nã nã nã, não estou escutando’. Não pude acreditar no que eu estava vendo. Não tive a impressão de que ele tinha um pingo de empatia”.
No início de 2010, o Dr. Hibbert abriu mais quatro quartos no seu centro de aconselhamento.
Mas poucos meses depois de ter aberto o prédio extra (chamado de O Anexo), de repente ele fechou todo o centro.
Disseram aos funcionários que os negócios com as autoridades locais estavam ficando escassos devido à situação econômica, e que toda a equipe iria perder o emprego.
“Foi muito estranho”, lembra Keira. “Alguma coisa não estava certa. Ele gastou todo esse dinheiro equipando o prédio, e ainda estávamos recebendo ligações das autoridades locais nos pedindo que internássemos mais famílias”.
Foi apenas mais tarde que Keira descobriu o que acredita ser a verdadeira razão de o centro ter fechado tão abruptamente: seu ex-chefe estava sendo investigado pelo Conselho Geral de Medicina.
Uma jovem mãe alegou que ele deliberadamente a diagnosticou com transtorno bipolar, uma decisão que trouxe como consequência a perda de seu filho.
Na última sexta-feira, um porta-voz do Dr. Hibbert disse: “A Sociedade de Proteção Médica, em nome do Dr. Hibbert, confirma que não foi encontrado nada contra ele pelo Conselho Geral de Medicina ou qualquer outra entidade. O Dr. Hibbert não pode comentar a respeito de investigações em andamento devido ao seu compromisso de confidencialidade dos pais e suas obrigações profissionais”.
Quanto a Keira, ela afirma que quer ir ao Conselho contar sua história.
E acrescenta: “Pessoalmente, quero que ele seja processado, tenha seus bens confiscados e vá para a cadeia. O que ele fez é imperdoável”.
Alguns nomes foram alterados.

domingo, 21 de outubro de 2012

Edward Bernays e o controle da opinião pública

propabernaysA palavra propaganda, na sociologia e na política, nos remete às técnicas empregadas por Joseph Goebbels a serviço de Hitler, cujos crimes normalmente nos trazem à memória o que acreditamos ser o pior e mais devastador genocídio que já houve. Ocorre, porém, que nem Goebbels é idealizador da propaganda nazista e nem o nazismo seria merecedor do status de maior causa de mortes na história humana. Mas por que então palavras como esta e tantas outras nos remetem a ideias sobre as quais manifestamos opiniões de apoio ou repulsa quase que imediatamente?

O uso que Goebbels fez das técnicas de propaganda foi somente uma articulação possível dentre as diversas possibilidades desenvolvidas, na verdade, por Edward Bernays, o pai da profissão de relações públicas e uma das maiores mentes da propaganda no século XX. A inovação trazida por ele foi justamente a associação de palavras e ideias a determinadas emoções, tornando possível o controle dos sentimentos do público e, com isso, de suas ações.

Ao longo do século passado, essas técnicas foram usadas para suscitar repulsa a determinadas ideias, paixões por outras, desejos e até dependências psicológicas a conceitos ou produtos comerciais de clientes específicos. Puderam transferir a culpa de crimes a inocentes mediante exposições na mídia, assim como transformar heróis em bandidos e vice-versa.

Bernays pode ser considerado o idealizador de grande parte da cultura de massa do século passado, do consumismo e da cultura sentimental que vemos hoje. Foi inspirador de Goebbels e deu à propaganda o nome mais genérico e menos agressivo de relações públicas. Com técnicas ligadas à psicanálise, ele empreendeu uma das maiores e mais decisivas mudanças na mente do cidadão comum ao transferir o interesse do consumo da necessidade prática ao desejo simbólico.

Junto aos trabalhos de outros pesquisadores de comunicação social anteriores e posteriores, as técnicas de Bernays foram utilizadas amplamente por institutos de pesquisa social e empresas interessadas em controlar a opinião pública. Este interesse foi crescendo a partir do que era visto como uma necessidade desde o século anterior: a do controle social por meio de uma elite esclarecida. Vejamos como essa necessidade veio a se formar para compreendermos então o papel de Bernays e dos resultados perceptíveis à nossa volta.
O primeiro mito a se desfazer é o de que ideias de controle social são oriundas de mentalidades ligadas a regimes totalitários. Estes regimes só aperfeiçoaram e deram caráter mais técnico a uma necessidade dos próprios regimes democráticos de caráter liberal. A prova disso é que essas ideias surgem da mente de liberais interessados no progresso das ideias e das liberdades. Em muitos aspectos, ideias totalitárias são decorrentes de uma hipertrofia de ideias profundamente democráticas. Afinal, a democracia para funcionar deve contar com o consentimento total. Isso não quer dizer que a democracia seja o problema, mas pode significar que a sua defesa meramente ideológica ou instrumental tem grandes chances de se transfigurar em uma campanha fascista. E gênios ideólogos souberam utilizar muito bem este potencial.

Desde que pensadores como John Locke apontaram para a importancia dos jornais na educação da população, muitos intelectuais e cientistas se dedicaram à compreensão do funcionamento da mídia de massa para estabelecer técnicas precisas de controle por meio de uma elite. A própria ideia de democracia liberal exige um tipo de legitimação que vai além da mera defesa teórica de seus pressupostos, mas passa pela necessidade de se gerar um consentimento público ou o que Karl Mannheim chamaria de “democracia militante”. A existência de propostas de caráter controlador e totalitário, portanto, se deve ao tipo de intelectualidade que acabou ocupando lugar de destaque neste processo. A passagem da idéia de controle indireto da opinião pública para um processo de controle estatal da mídia propriamente, está diretamente ligado à ascenção de um tipo de elite, a socialista fabiana, que se origina das classes pequeno-burguesas historicamente carentes de atenção estatal.

A proeminência das classes intelectuais na opinião pública, a partir do processo de crescimento da circulação de jornais políticos desde o século XVIII, culminou, no final do século XIX, com o florescimento das ideologias massivas, herdeiras e saudosas dos “avanços” da Revolução Francesa. O puritanismo da classe burguesa (influenciado pelo protestantismo), aliado às crenças no poder redentor das revoluções populares, trouxe a idealização de um tipo de proletariado defensor de seus direitos e participativo nas lutas políticas. Esta expectativa, porém, existente só na mente dessa pequena burguesia, não se efetivou na prática, pois o povo proletário do final do século XIX não se interessava por política nem por revoluções, já que as próprias condições de trabalho não pioravam como tentara demonstrar Marx. Isso trouxe certa desilusão no poder popular transformador, por parte dos intelectuais. Marx foi um dos responsáveis pela confusão entre o proletariado e a pequena burguesia insatisfeita ao usar dados do proletariado inglês e cruzá-los com as suas supostas consequências, às revoluções de 1848. Ocorre que estas revoluções foram levantes provocados pela pequena burguesia alfabetizada e insatisfeita, não por operários.

O resultado deste processo psicológico, muito bem descrito por Emmanuel Todd em seu livro 'O louco e o proletário – filosofia psiquiátrica da história' (1951), foi o estabelecimento de um poder paralelo dos herdeiros dessa recalcada burguesia intelectual, cuja expressão mais clara está na atual elite globalista que já no início do século XX estava no comando da intelectualidade mundial.
O início do século XX, portanto, foi marcado por pesquisas de opinião pública de caráter normativo, a chamada escola funcionalista, que tinha como principal objetivo o conhecimento de técnicas para a manutenção da ordem pública, objetivo de uma classe científica de escola positivista. Os institutos de pesquisa social, como Rockefeller e Tavistock, inspirados na antiga confraria de pesquisadores de Wellington House, dedicaram-se ao estudo do processo cognitivo e os seus resultados práticos para a política.

Mais tarde, porém, percebeu-se que as agendas políticas deviam ser trabalhadas no campo cultural, o que trouxe maior margem de ação a estes pesquisadores. Hoje, nomes como Edward Bernays, Kurt Lewin, Walter Lippmann, entre outros, são referências em matéria de opinião pública e psicologia das massas, apesar de seus estudos serem vistos como meras investigações sem funções práticas. Lippmann, em seu livro 'Opinião Pública' (1922), revolucionou os estudos de mídia ao relacionar as decisões dos cidadãos às imagens do mundo em suas mentes, cuja construção caberia a uma elite de esclarecidos que tivessem o controle dos meios de comunicação. Suas conclusões foram derivadas das descobertas de Ivan Pavlov sobre o condicionamento cognitivo das ações e dos comportamentos dos animais aplicados ao homem. Assim, Lippmann salienta a importância dos diversos mecanismos de censura como condição para a construção social, e sua função de barreira necessária entre o público e os eventos para a construção dos pseudo-ambientes.

Lippman – importante fonte de estudos em comunicação hoje – argumentava que a democracia representativa não poderia funcionar sem uma “organização especializada e independente que torne os fatos invisíveis inteligíveis àqueles que tomam as decisões”. Ele concluia o primeiro capítulo dizendo: “Minha conclusão é que, para serem adequadas, as opiniões públicas precisam ser organizadas para a imprensa e não pela imprensa”.

Estando o público distanciado dos eventos reais por meio de barreiras naturais ou artificiais, este terá, portanto, como única imagem destes fatos o que é passado por meio da mídia, das notícias diárias. “O único sentimento que alguém pode ter acerca de um evento que ele não vivenciou é o sentimento provocado por sua imagem mental daquele evento”, diz Lippmann. Entre os seres humanos e o ambiente real, há a presença marcante dos pseudo-ambientes dos quais o comportamento é uma resposta. Este comportamento-resposta, porém, se é uma ação, não opera evidentemente no mundo dos pseudo-ambientes onde foi estimulado, mas no ambiente real onde de fato as ações acontecem.
Em termos práticos, isso quer dizer que, de posse do controle das notícias, pode-se determinar em grande parte as respostas dos cidadãos, por meio da geração destes pseudo-ambientes. Para determinar ações ou sentimentos específicos nos indivíduos, portanto, basta ater-se à forma como é construída a imagem do objeto e torná-lo socialmente válido. Ou seja, se as ações fossem respostas à realidade, seria muito difícil determinar ações, pois é impossível mudar os fatos dos quais as ações são a resposta. Esta é como se vê uma explicação lógica da mentira sistematizada.

Lippman foi membro da Sociedade Fabiana na juventude até se desiludir com o socialismo por não concordar com a ideia da luta de classes, embora aceitasse a sua existência na realidade. A imagem mental da ideia de luta de classes fomentaria o caos e a desordem, coisa tida como inevitável para os socialistas. Ele queria que a sociedade fosse controlada para a democracia e a ordem e via no marxismo ortodoxo um entrave à paz, apesar de concordar com a doutrina marxista quanto à economia. Não é a toa que Lippmann é um dos honoráveis fundadores do Council of Foreign Relations (CFR), em 1919, uma das mais atuantes entidades de influência da opinião pública no mundo. Com o CFR, o sonho de Lippmann e de muitos intelectuais fabianos estava mais perto de ser realizado.

Engenharia do consentimento
 
Edward Bernays trabalhou para o presidente norte-americano Woodrow Wilson e foi o responsável pela legitimação pública que o governo teve para entrar na guerra contra a Áustria, em 1917.
Então com apenas 27 anos, o exitoso assessor ficou a imaginar que resultados teriam estas técnicas de controle da opinião pública se aplicados em tempos de paz. Foi então que Bernays, retornando aos EUA, passou a trabalhar para grandes empresas na profissão que ele mesmo inventara. Assim, o jovem assessor criou grande parte da cultura que conhecemos, ao desvincular o consumo da necessidade, ligando-o aos desejos humanos expressados na esfera simbólica, a partir da aplicação massiva das teorias do seu tio Freud. Um ano após o lançamento do livro de Lippmann, coube a Bernays a tarefa de criar a profissão de relações públicas, o profissional encarregado de fomentar agendas públicas consonantes com objetivos políticos de seus assessorados. A profissão surgiu a partir do livro 'Cristallizing Public Opinion', de 1923, a partir das técnicas já utilizadas por Bernays.

A liberdade de expressão, dizia Bernays em seu artigo célebre 'A engenharia do consentimento', “expandiu a carta de direitos americanos para incluir o direito à persuasão”. Este foi o resultado da inevitável expansão da mídia e da livre expressão, como ele afirmou. “Qualquer um de nós pode, por meio dessas mídias, influenciar as atitudes e ações de nossos companheiros cidadãos”, diz Bernays. E recomenda: “o conhecimento de como usar esse enorme sistema de amplificação torna-se uma preocupação primária para aqueles interessados em uma ação socialmente construtiva”.
Baseado então nos pressupostos de Lippmann, Bernays pensa ser possível desenvolver técnicas de persuasão apoiadas no conhecimento da psicologia humana. Embora os resultados dos estudos de Bernays tivessem sido usados por Joseph Goebbels, o famoso publicitário do nazismo, segundo ele próprio admitira, os objetivos de Bernays estavam em consonância com os princípios democráticos, como se vê:

“A engenharia do consentimento é justamente a essência do processo democrático, a liberdade de persuadir e sugestionar. As liberdades de expressão, imprensa, petição e reunião, as liberdades que fazem a engenharia do consentimento possível, estão entre as mais celebradas garantias da Constituição dos Estados Unidos”.
Através do processo educacional, assegura Bernays, os governos devem conceder ao seu público um entendimento sobre os problemas para tomarem suas decisões. Mas a engenharia do consentimento, alerta ele, não deve confundir-se com o sistema educacional, pois deve completá-lo e ir além dele, já que se direciona à ação e não simplesmente à compreensão de determinadas situações. A engenharia do consentimento deve, portanto, suprir as lacunas do sistema educacional na determinação de ações.

Bernays alerta para os perigos de que suas técnicas sejam subvertidas e usadas para fins antidemocráticos. Por isso, “o líder responsável, de modo a realizar objetivos sociais, deve estar constantemente alerta às possibilidades de subversão”. Ironicamente, um exemplar bastante conhecido deste “líder responsável”, assessorado por um de seus discípulos involuntários, levou o povo alemão a bater continênica para as atrocidades de Hitler.

Apesar do relativo sucesso da campanha nazista nos meios de comunicação da época (campanha até hoje considerada erroneamente pioneira na propaganda), Bernays salienta que a persuasão encontra o seu terreno fértil nas democracias liberais, “onde a livre comunicação e a competição de ideias no mercado são permitidas”. As democracias, portanto, funcionam bem à persuasão já que são as suas garantidoras por natureza. Estes sistemas, portanto, que constituem a base da política ocidental, se tomados como valores em si, servem a uma variada gama de objetivos, incluindo aqueles contra os quais o sistema mesmo busca ser uma defesa. Basta que a palavra democracia seja esvaziada de seu significado e substituído por outro, tática bastante simples e usual, para que mudem os propósitos a que essas técnicas servirão.
Seguindo o próprio curso liberal capitalista, se as idéias socialistas estão vencendo a concorrência das idéias, é para lá que se dirige o fluxo de dinheiro e esforços para campanhas políticas e publicitárias, o que explica a hegemonia de discursos ecológicos e socialistas na totalidade dos partidos e de campanhas publicitárias de empresas capitalistas ocidentais.

As teorias da comunicação, especificamente as ligadas ao jornalismo, têm estudado exaustivamente o comportamento da imprensa e dos jornalistas, em busca de uma lógica na circulação de notícias, como mostram os estudos de agendamento da mídia. Mas são insuficientes se não levarem em conta a evolução dos estudos no campo da publicidade e das técnicas de consentimento e controle da opinião pública usadas há mais de um século por agências de inteligência, órgãos governamentais e institutos de pesquisas como o Instituto Tavistock, mantido por fundações internacionais. Hoje o consentimento político de caráter nacional ou empresarial deu lugar ao global e a criação de um discurso único que, por trás de todas as causas, trabalha para a acumulação de poder dos grupos ligados às Nações Unidas e sua agenda. Não deixa de ser estranho afirmar que aqueles estudos financiados por instituições como Rockefeller, Ford, entre outras, tinham somente uma curiosidade científica e nenhum interesse em descobrir técnicas de controle. Ainda mais ingênua nos parece essa afirmação se constatarmos que estas instituições hoje comandam os altos executivos das maiores empresas de mídia do mundo.
Os intelectuais globalistas, que como dissemos no início, são herdeiros daquela pequena burguesia revolucionária, órfã e saudosa do poder estatal, hoje controlam a opinião pública conduzindo-a como bem entendem e para os fins que deseja, sem que ninguém se oponha de forma eficiente nos mesmos termos, isto é, por influência simétrica na opinião pública. Neste sentido, a compreensão das suas técnicas e o seu reconhecimento na realidade deveria ser a primeira etapa para qualquer reação às campanhas de consentimento, já que elas atuam muitas vezes em terrenos simbólicos e até subliminares de significação.

Afinal, como afirmou Bernays, “a manipulação consciente e inteligente dos hábitos organizados e opiniões das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Aqueles que manipulam este mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder do nosso país”.

Referências:
STEEL, Ronald. Walter Lippmann and the american century (1999)
TODD, Emmanuel. O louco e o proletário: filosofia psiquiátrica da história (1951);
LIPPMANN, Walter. Opinião Pública (1922).
MCCOMBS, Maxwell. A teoria da agenda (2009);
COLEMAN, John. O Instituto Tavistock de relações sociais.
BERNAYS, Edward. A engenharia do consentimento (1947): disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1927%3Av3n1a09-a-engenharia-do-consentimento&catid=340%3Arevista-transformacoes&Itemid=91&lang=pt

Cristian Derosa é jornalista. (via midia sem mascara)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vou deixar a igreja porque não aguento esse povo...

Ouvindo isso, Jesus disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. [Mateus 9.12]

Por Gutierres Fernandes Siqueira
Você deixou a sua igreja porque nela só tinha gente com defeitos? Conte-me mais como é viver em um emprego com pessoas perfeitas? Ou em uma família sem falhas? Ou em uma vizinhança maravilhosa? Ou em uma escola que possui somente alunos excelentes. Sim, me conte sobre sua vida simplesmente irretocável.

É evidente que estou sendo irônico, mas fico impressionado com aqueles que alegam deixar a igreja por causa de seus membros imperfeitos. A minha impressão é que essas pessoas já alcançaram a iluminação. Será que não há uma nítida vaidade naquele que não vê outra coisa senão defeitos alheios? Ora, as falhas são fatos, mas os nossos próprios atos condizem com essa exigência absoluta? E por que não exigimos o mesmo grau de perfeição de outras comunidades que participamos (empresa, escola, família etc.)?

Aliás, quem romantizou a igreja para você? Certamente que não foi a Bíblia. Nas Sagradas Escrituras há os relatos de diversos seres defeituosos. Seres demasiadamente humanos. O apóstolo Pedro era impulsivo e agia com falsidade. O grande Paulo era um verdadeiro intolerante. E a igreja em Atos dos Apóstolos? Havia preconceitos contra as viúvas gregas. E aquele casal mentiroso? E a briga entre os gentios e os judaizantes?

Bom, você realmente acha que existiu perfeição no passado? É bom reler as Escrituras.

É estranho essa ideia de perfeição quando sabemos da nossa própria condição. Como eu posso exigir algo que eu não sou?

É claro que não devemos nos conformar com os erros, pois a nossa meta é lutar pela santidade da Igreja. Mas que essa ação não nos torne cegos para a nossa própria condição. Além disso, deixar a igreja pela imperfeição é como deixar um hospital por causa dos doentes.

Eu posso e devo deixar uma igreja apóstata. Eu posso e devo deixar uma igreja legalista que sufoca o Evangelho com a “salvação” do esforço humano. Eu posso e devo deixar uma igreja que ensina o caminho para a perdição. Eu posso e devo deixar uma igreja que abraça um conjunto de heresias como verdades. Mas é um erro deixar a igreja porque não achei perfeição em seus membros. É um erro quando não nos olhamos no espelho. 
 
Fonte: Teologia Pentecostal

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Homem é preso tentando vender serviço de adulteração de urnas

G1

Ele tentou vender 'contato' com engenheira do TRE-PR para coligação. Delegacia de Almirante Tamandaré investiga se é estelionato ou crime eleitoral.

Fernando Castro Do G1 PR
Urna eletrônica (Foto: Divulgação/Nelson Jr./ASICS/TSE)Suspeito afirmou que poderia adulterar urnas eletrônicas
(Foto: Divulgação/Nelson Jr./ASICS/TSE)
 
Um homem de 27 anos foi preso na tarde desta sexta-feira (14), em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, por tentativa de estelionato. Segundo a Polícia Civil, ele tentou vender a uma coligação que disputa a prefeitura do município uma maneira de adulterar as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por R$ 50 mil.
 
O delegado José Vitor Pinhão, que investiga o caso, disse ao G1 que o suspeito procurou a coligação no dia 4 de setembro oferecendo o serviço. “Ele alegou que tinha uma conhecida no TRE, uma engenheira que adulteraria as urnas para beneficiar a coligação, mediante pagamento”, contou Pinhão.  No dia seguinte, ele retornou ao comitê da coligação para negociar, mas os representantes filmaram todo o ocorrido.
 
Nesta sexta, a coligação entrou em contato com a Delegacia informando que o suspeito estava na cidade e gostaria de “resolver o negócio”. “Nós acompanhamos e acabamos prendendo ele em flagrante na sede da coligação”, informou o delegado. A princípio, o suspeito deve responder pela tentativa de estelionato, mas as investigações pretendem apurar se o esquema de adulteração realmente procede.
 
O homem preso nesta sexta cumpria pena em regime semiaberto por roubo, mas, a partir de agora, deve voltar ao regime fechado.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Você Conhece a História de Jairo?

Mateus 9

18 Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá.
19 E Yeshua, levantando-se, seguiu-o, ele e os seus discípulos.
20 E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa;
21 Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã.
22 E Yeshua, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.
23 E Yeshua, chegando à casa daquele chefe, e vendo os instrumentistas, e o povo em alvoroço,
24 Disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele.
25 E, logo que o povo foi posto fora, entrou Yeshua, e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se.
26 E espalhou-se aquela notícia por todo aquele país.

Já ouvi essa historia contada várias vezes, porem, a enfase sempre foi na Mulher do fluxo de sangue. A Historia dela é muito especial mas foi deixado um detalhe muito importante para trás: A Historia de Jairo.

É verdade que a historia de Jairo foi cortada no meio para dar lugar a mulher que sofria ha 12 anos de hemorragia. Sua historia realmente deve ser considerada, afinal, a mulher era proibida de falar com qualquer outro homem publicamente, que nao fosse seu marido, além disso ela sofria de hemorragia, e segundo a Torah, ela estava impura, ninguem poderia toca-la. Ela ousou grandemente tocar em Yeshua. Quebrou todos os paradigmas por causa de sua fé. Grande historia.

Mas se voce analisar bem o contexto, pode perceber a grandeza da historia de Jairo.

Jairo havia chegado a Yeshua pedindo que fosse ate sua casa pois sua filha havia morrido. Ele tinha certeza que se Yeshua colocasse as maos sobre ela, ela viveria. No entando, enquanto ele ainda falava com Yeshua, apareceu a mulher com hemorragia. Note pelo relato que não ha sinal de que Jairo ficara importunando Yeshua, impedindo Yeshua de curar a mulher. Jairo tinha certeza de que nao importasse o quanto Yeshua demorasse, Ele ainda poderia fazer sua filha viver.

A filha de Jairo ja estava morta. Yeshua poderia ter dito: "Deixe-me cuidar da mulher, a sua filha ja esta morta mesmo."

Jairo poderia ter importunado Yeshua: "Yeshua, eu cheguei primeiro, eu pedi sua ajuda primeiro. Cure minha filha primeiro depois volte pra curar essa mulher."

Mas nenhuma das situaçoes acima ocorreram. Voce imagina porque?

Quantas vezes estamos com um problema tao grande para nós, que achamos que é o fim, nao tem mais jeito, acabou, morreu, e nos chegamos a Yeshua em oração, pedimos, clamamos mas a resposta parece nunca chegar? Voce ja sentiu assim? Eu muitas vezes.
Mas Jairo tinha uma grande fé. Embora sua filha ja estivesse morta, e diante de todos ja nao tinha nada mais a ser feito, ele acreditava que, passasse o tempo que tivesse que passar, fosse 1 minuto, 1 dia, nao importa, ele esperaria por Yeshua pois sabia que quando Yeshua tocasse em sua filha, ela iria viver. Jairo manteve-se ao lado de Yeshua, esperando o seu momento, sem murmurar, sem reclamar da demora.

Mas e quanto a nós? E quando vemos que nossa oraçao tem demorado a ser respondida? Quando vemos tantas outras pessoas sendo abençoadas em nosso redor, mas o nosso pedido ainda nao foi atendido? Como temos nos portado? Sera que temos esperado como Jairo, na certeza de que nao importa quando, mas quando Yeshua chegar veremos o seu agir?

O milagre da filha de Jairo foi maior que o milagre da mulher com hemorragia. Todos os que estavam com Yeshua haviam visto Yeshua curar, expulsar demonios, mas ainda nao tinham visto Yeshua trazer um morto a vida. Quando Yeshua finalmente chegou a casa de Jairo e Yeshua disse que a menina apenas dormia, todos riram, mas quando a menina voltou a viver todos ficaram maravilhados.

Pense que, se a sua resposta esta demorando, nao é porque Yeshua esqueceu de voce. Mas é porque o milagre que Ele fara sera maior em sua vida. O que Yeshua tem para fazer é para Ele ser reconhecido como o Unico Senhor.

Yeshua nao esqueceu de Jairo. Ele nao vai esquecer de voce. Apenas espere com paciencia. Tenha fé. Ainda que pra voce tenha chegado ao fim, nao tem mais solução, nao importa o quanto pareça demorar, quando Yeshua chegar voce vera o seu milagre.
Voce precisa apenas:

1 - Confiar
2 - Ter fé
3 - Esperar com paciencia
4 - Nao murmurar
5 - Adorar ao Senhor
Voce consegue fazer isso?


Por Andressa Bragança - blog boa palavra