sexta-feira, 15 de março de 2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Todos os cidadãos xapurienses tiveram conhecimento do homicídio que ocorreu na madrugada do dia 10 de março de 2013, domingo, em frente ao conhecido Forro da Vivi. Tal homicídio foi cometido pelo nacional Antônio Élio, mais conhecido por Elinho. A vítima do homicídio foi o nacional Valmir Monteiro da Silva que foi atingido duas vezes nas costas por instrumento perfuro-cortante, uma faca de mais ou menos 35cm de comprimento.

Consta do Boletim de Ocorrência Policial Militar de nº 151/2013, que por volta das 01:19 horas da madrugada do dia 10 de março de 2013 o 190 recebeu uma denúncia dando conta de que um cidadão havia sido ferido por arma branca em frente o forro da Vivi. Imediatamente a guarnição policial militar, que estava no Hospital de Xapuri aguardando ser realizado procedimento médico em um outro cidadão que havia sido preso, deslocou-se imediatamente para o local do ocorrido. O SAMU foi acionado mas quando chegou ao local, a vítima já estava morta. Segundo a testemunha, o autor e a vítima haviam se desentendido momentos antes do homicídio ter acontecido, sendo que a vítima do homicídio desferiu um tapa no rosto de Antônio Élio. Ainda segundo a testemunha, o autor do homicídio evadiu-se do local em uma motocicleta conduzida por outro cidadão que ela não soube dizer quem é.

Em seguida várias buscas foram realizadas na tentativa de localizar Antônio Élio e o instrumento utilizado no crime. Porém ele não foi localizado nem tampouco a faca utilizada no crime.

Anteontem, dia 13 de março de 2013 por volta das 14:45 horas, o autor do homicídio, Antônio Élio, entregou-se a Delegacia de Policia Civil para que os procedimentos de polícia judiciária fossem realizados.

Em entrevista nas mídias locais do município de Xapuri o autor do homicídio disse que Valmir o havia agredido com um tapa na cara e que uma viatura da polícia militar estava passando no momento do ocorrido. Elinho informou para a guarnição de serviço o que havia acontecido mas que os policiais militares não fizeram nada e que por isso resolveu agir por conta própria.

A guarnição da policia militar realmente estava passando no local logo após Valmir ter agredido Elinho. Antônio Élio pediu para a viatura parar o que foi feito e ele informou que Valmir acabara de dar um tapa na sua cara. A guarnição então disse que não poderia atende-lo naquele momento pois estava com um cidadão com um ferimento no pulso e sangrava muito e que estavam levando ele para o hospital para que fossem feitos os procedimentos médicos necessários. Foi dito ainda que Elinho não revidasse, pois a guarnição retornaria ao local e foi orientado pela guarnição para permanecer no local e aguardar, pois, no momento tinham que dar assistência ao conduzido que estava na RP e sangrando muito.

A guarnição de serviço estava passando no local pois estava resolvendo uma ocorrência de violência doméstica e lesão corporal no Bairro Pantanal, cerca de 150 metros do Forro da Vivi. O autor da violência doméstica tentava agredir a sua esposa e ela na tentativa de se defender, com um copo quebrado, cortou o antebraço do seu agressor vindo a feri-lo no pulso. A guarnição foi chamada para atender a ocorrência e logo em seguida encaminharam o cidadão ao hospital e quando passavam em frente a Vivi, o autor do crime de homicídio conhecido por Élio, interpelou a guarnição dizendo que Valmir tinha batido no seu rosto.

O autor da violência doméstica deu entrada no hospital às 01:05 da madrugada do dia 10 de março de 2013. A polícia militar teve que aguardar os procedimentos médicos pois o cidadão seria, posteriormente, conduzido a Delegacia de Polícia Civil.

Quando estava conduzindo o autor  mencionado acima, por volta das 01:20h foram acionados via radio para que se deslocassem até o Forro da Vivi pois havia um cidadão esfaqueado no local, de imediato se deslocaram ao local do fato com autor da ocorrência  anterior ainda na viatura. Quando chegaram ao Forro da Vivi confirmaram o crime sendo que o autor havia evadido-se tomando rumo ignorado.

Percebe-se que o autor do crime neste intervalo de tempo decidiu fazer justiça com as próprias mãos, tirando a vida de um cidadão, premeditando e tomando a sua própria decisão.

Quando foi preso, Antônio Élio, em fala transmitida via radio, diz que cometeu o crime porque a polícia militar não fez nada. Cidadãos de Xapuri, será que esse foi o verdadeiro motivo do crime? porque não foi contado o que motivou o tapa? e pergunto aos senhores: de quem é a culpa?

Os sábados e domingos da nossa cidade são os dias em que os picos de ocorrência são os mais elevados, por várias fatores sendo que um deles aparece em destaque: o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Talvez, as mídias locais e os cidadãos xapurienses não sabem, mas no dia em que aconteceu o homicídio havia, em nossa cidade, 05 (cinco) pontos de festas dançante e todos com consumo de bebidas alcoólicas, ou seja, nas condições em que a policia militar encontra-se hoje, fazer segurança pública em todas as festas é impossível. Além disso, como o próprio nome diz, a segurança é pública, ou seja, de todos os cidadãos xapurienses não podendo restringir-se a locais de festas.

Por fim, a polícia militar não pôs a faca na mão de ninguém, todos devem se responsabilizar por suas condutas.

Silvio Araujo da Silva
Cmt da 2º Cia PM de Xapuri

5 comentários:

  1. entrei no blog hoje pela manha como é de rotina ,e vi a publicação desse post e fiquei intrigado o dia todo e por isso não pude deixar de dar minha humilde opinião sobre o caso.
    não conheço nenhum dos dois envolvidos nesse caso nem o que chegou a obto e nem o rapaz que cometeu o crime,mais sera que se a policia militar tivesse ao menos conversado com o rapaz que agrediu,possivelmente isso não teria acontecido,pois talvez o rapaz que foi agredido vendo que a policia teria tomando conta da cituuação teria ido pra casa ou teria tirado essa ideia absurda da cabeça...e com intervenção da policia talvez teriamos um crime a menos na cidade.
    respeito plenamente a posição da policia militar ao se pronunciar sobre o caso,mais como esse é um site democratico e livre para dar opiniões, essa é a minha.
    DEUS ABENÇOE A TODOS.
    RANGEL SALIM

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  2. muito bom a atitude da polícia, esta não pode priorizar os cachaceiros marionetes espalhados por toda cidade e esquecer do restante da população, mesmo porque em eventos particulares a iniciativa privada tem o dever de contratar segurança e se responsabilizar pelo local.

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  3. Não podemos enxergar na Policia a panacéia da sociedade... Quanto à situação reescrevo, principalmente ao anônimo, o comentário que fiz a matéria veiculada...
    Nobre jornalista, vejo nesse caso uma maneira absurda que este jovem encontrou para se justificar. O rapaz detentor de ótimos antecedentes criminais não passa de um assassino cruel que matou uma pessoa de maneira premeditada e covarde em uma ação plenamente evitável levado por um motivo fútil. Assim como o cometimento do crime banal não o condena de imediato, seus bons antecedentes não o inocenta. Culpar a polícia por isso é ignorar a educação insuficiente desse homicida, assim como sua cultura e, mais ainda, o teor alcoólico que não o exime das responsabilidades penais. Quanto à ação da PM, mesmo sendo este comentarista militar suspeito ao falar, vejo que agiu de forma correta em prestar socorro e preservar a vida daquele ferido, não cabendo então sopesar entre uma vida e uma honra supostamente ofendida. O suspeito em questão deveria ter ido à delegacia e procurado os meios legais ao invés de fazer a justiça própria. Imaginemos se todos nós pensarmos desta forma, reagindo assim a toda falta de atendimento do Estado a um serviço essencial seja qual for o motivo da não prestação? Por essa ótica, um pai ao perder o filho por falta de médico estaria habilitado a fazer o quê?

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  4. Senhor Comandante Silvio.

    Realmente a Policia Militar não põem faca na mão de ninguém, pois se o fizesse seria o fim do mundo, mas a Policia Militar é feita para retirar a faca das mãos de quem deseja agredir outro cidadão principalmente uma tentativa de homicídio. Há tempos que a segurança publica em Xapuri não é feita a contento. Como a PM não tem condições de cobrir 05 pontos de festas dançantes, então porque se autoriza a realização de tais festas, se as mesmas não podem contar com segurança? Digo mais ainda, se é do conhecimento que acontecem ocorrências na citada festa, porque a mesma não pode contar com a presença, mesmo que a pé de uma guarnição enquanto a viatura ou viaturas atendem as outras ocorrências, ou ainda mais porque se autoriza a realização desta festa se no local não há segurança. O caso em pauta é um claro exemplo de que se a PM estivesse pelo menos fisicamente no local, ou seja, só a presença da guarnição teria inibido o acontecido. Mais uma vez fica claro que a PM não está onde mais se precisa dela e quando a mesma vem, na maioria dos casos chega atrasada. Ou se muda a forma de atuar na segurança publica em Xapuri ou se perde o controle da cidade e das festas que ocorrem.

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    1. Senhor Anônimo, informo a Vossa Senhoria que infelizmente a Polícia Militar não é o órgão competente para exarar autorizações para realizações de festas dançantes. À Polícia Militar cabe apenas a realização da segurança externa do local do evento (não sendo exclusivo para esses locais). Com certeza se fosse de competência exclusiva da PM a expedição de licenças para funcionamento de festas dançantes, a situação das festas em Xapuri seria completamente diferente. Entendo e aceito a sua crítica. Contudo é preciso ter um pouco mais de conhecimento ao expressar-se para que a crítica seja sólida. A intenção da Polícia Militar é manter a paz e tranquilidade do nosso município mas nós não podemos fazer tudo sozinho, temos que ter ajuda de todos, inclusive da sociedade xapuriense.

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