segunda-feira, 12 de maio de 2014

Cuba usa Porto de Mariel (financiado por Dilma) para tráfico de armas

Acima, peças dos caças MIG- 21 apreendidos no Panamá. O deputado Fernando Capez (PSDB-SP) questiona financiamento do BNDES. / Ismael Francisco/ Cubadebate
Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração oficial do terminal portuário do Porto de Mariel, em Cuba. A obra ganhou o noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro concedeu, via BNDES, um empréstimo de nada menos que R$ 682 milhões à Cuba para assegurar a obra – dois terços do valor total estimado para o porto.

Além disso, os detalhes da transação foram estranhamente mantidos em sigilo, como escreve Gabriel Castro, em Veja.com.br

Mas a história não acaba aí, escreve Castro: "Um relatório elaborado por um painel de especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240 toneladas de armamento um navio norte-coreano, em descumprimento a sanções internacionais contra o regime autoritário da Coreia do Norte. A operação, realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já no caminho de volta à Ásia".

Por causa do flagrante, foi possível reconstituir a rota do navio desde 4 de junho, quando cargueiro Chong Chon Gang parou em Havana e descarregou rodas automotivas e outros produtos industriais até 22 de junho, quando Chong Chon Gang chegou a Puerto Padre, onde recebeu açúcar para esconder armas.

A maior parte da carga era formada por componentes que seriam usados em mísseis terra-ar, dos modelos C-75 Volga e C-125 Pechora. Dois caças MiG-21, desmontados, estavam no carregamento. Muita munição foi encontrada. Também havia lançadores de mísseis, peças de radares, antenas, transmissores e geradores de energia.

O deputado estadual paulista Fernando Capez (PSDB), que moveu ação questionando financiamento do BNDES ao Porto Mariel, diz que sua iniciativa é ainda mais pertinente após a divulgação do relatório do Conselho de Segurança da ONU apontando o embarque das 240 toneladas de armamento no navio norte-coreano a partir do Porto de Mariel, em junho de 2013.

Alegando ilegalidade e inconstitucionalidade, Capez pede que o empréstimo já feito seja declarado nulo, o dinheiro devolvido e que seja concedida liminar para evitar novos financiamentos. E solicita que seja dada, por liminar, ampla publicidade às circunstâncias dessa operação, declarada "sigilosa" por determinação do Poder Executivo.

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