terça-feira, 5 de agosto de 2014

Os “militantes” querem o poder, não a democracia. Ou: Ainda há jornalismo sério?


Guilherme Boulos, do MTST: casa própria é apenas pretexto para violência e busca pelo poder
Carlos Alberto Di Franco tem usado seu espaço nos jornais para pregar um resgate do jornalismo sério e independente, hoje quase inexistente. O lamentável fato é que, em nome de uma pretensa “neutralidade”, os jornalistas têm apelado sem muito rigor para o uso de eufemismo para designar criminosos. É assim que invasores e terroristas viram “militantes” e “ativistas”.
Em sua coluna de hoje, Di Franco vai direto ao ponto, colocando os pingos nos is e lembrando do que tudo isso se trata: uma agenda marxista e gramsciana pelo poder,contra a democracia. Diz ele:
Prostituir as palavras, deformar a realidade e mentir. A estratégia marxista, flagrada nas ações do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e na violência black bloc, grita nas ruas e avenidas de um Brasil acuado pela covardia e leniência dos seus governantes. E nós, jornalistas, corremos o risco de sucumbir ao gingado gramsciano e à instrumentalização semântica. Criminosos que bloqueiam vias públicas, invadem prédios, lançam bombas, matam um cinegrafista de TV, vendem a imagem de “ativistas” e “militantes”. Quando presos, depois de uma enxurrada de ataques ao Estado Democrático de Direito, assumem o papel de “presos políticos”. E a imprensa, frequentemente refém de uma pretensa imparcialidade, acaba algemada pela inconsistência dos clichês ideológicos.
À medida que avançam, protegidos pela covardia das autoridades, grupos com o perfil do MTST e dos black blocs vão mostrando a sua verdadeira face: arrogância, violência e espírito totalitário.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, em São Paulo, começa a dizer o que realmente pretende. Guilherme Boulos, líder do MTST, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, já não esconde os objetivos de suas ações. O MTST “não é um movimento de moradia”, mas “um projeto de acumulação de forças para mudança social”. Resumo da ópera: a proclamada luta por moradia não existe. É só uma fachada marqueteira.
Folgo em saber que ainda há jornalista corajoso e sério nesse país. Di Franco questiona algo que já questionei aqui também, e que deveria ser a obsessão de todo jornalista sério: quem financia os baderneiros? Quem arruma recursos para tais vândalos?
Só discordo dele quando diz que o governo tem sido covarde ou leniente. Em minha opinião, o governo do PT é cúmplice mesmo, parceiro, conivente. Não se trata de covardia, mas de afinidade ideológica, de alinhamento de interesses. O buraco é ainda mais embaixo!
Diante disso, o papel de qualquer jornalista sério deveria ser apontar para tal absurdo, dar nome aos bois, mostrar o desrespeito dos criminosos para com nossas leis e nossa democracia, e não posar de “imparcial” dando cada vez mais voz para simples bandidos, em nome do “outro lado”. Por acaso o estupro é tratado como uma questão de “ponto de vista”?
Vândalos e terroristas são criminosos, não “ativistas” ou “militantes” com alguma causa nobre. Caberia à imprensa deixar isso bem claro para os leitores. O diabo é que tem muito jornalista encantado com os criminosos, simpatizantes da mesma subversão gramsciana dos valores na sociedade…
Rodrigo Constantino

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