sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Pode a ciência distinguir entre o que tem causas naturais e o que tem causas inteligentes?

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O Naturalismo é a doutrina de que as leis mecanicistas da natureza são suficientes para explicar todos os fenómenos. Crença nesta doutrina cresceu com a física Newtoniana, e recebeu um impulso considerável com Charles Darwin. Muitos cientistas actuais têm o Naturalismo como suposição inconsciente.Alguns evolucionistas estão a tentar embutir o Naturalismo dentro da ciência, redefinindo a ciência de modo a que ela rejeite explicações não-naturalistas.
Estes evolucionistas buscam assim formas de invalidar a teoria da criação com base nisso mesmo, mostrando que a criação “não é científica por definição”, e tentando desta maneira obter uma rápida vitória no debate sobre as nossas origens. Niles Eldredge tenta esta abordagem:
Niles_EldredgeSe existe uma regra, um critério que torna uma ideia científica, é que ela tem que invocar explicações naturalistas, e essas explicações têm que ser testáveis apenas e só com base no critério dos nossos cinco sentidos.
Os cientistas estão constragidos a enquadrar todas as suas declarações simplesmente em termos “naturalistas” de modo a que possam sr capazes de testá-las….´´E simplesmente uma questão de definição — sobre o que é ciência e o que não é. Pela sua própria definição, o criacionismo científico não pode ser ciência (“The Myths of Human Evolution”, Eldredge, 1982, páginas 80, 87 e 90).
Eldredge afirma que as ideias científicas têm que usar apenas explicações naturalistas, mas o problema com isso é que ele usa isso como critério para a ciência – isto é, para distinguir entre o que é ciência e o que não é ciência. Os seus esforços são feitos como forma de tornar a evolução “científica” e a criação “não-científica” através de definições, algo bastante comum.
No entanto esta definição de ciência está mal-direccionada visto que o Naturalismo não é critério da ciência, e a ciência não começa assumindo que todos os fenómenos são naturalistas. Em vez disso, a base da ciência é a busca pela verdade. A ciência pode colocar mais ênfase nas explicaçôes naturais (visto que normalmente elas nos são mais úteis e os fenómenos naturais são os mais comuns) mas o cerne da ciência é a busca pela verdade (onde quer que ela se encontre).
Imaginemos que um detective investiga o desaparecimento dum carro; ele não está restringido a só considerar um agente inteligente (ladrão) visto que é possível que os travões de tenham avariado e o carro tenha descido, sozinha, a rua e para fora da estrada. Esta hipótese é uma hipótese naturalista e ela tem que ser levada em conta como causa do desaparecimento do carro.
O detective, tal como o cientista, está em busca da verdade e o que realmente importa é que a sua explicação dependam das evidências empíricas observadas com os nosso cinco sentidos. No entanto, esta dependência não nos impede de reconhecer um efeito como havendo sido causado por um agente inteligente.
A ciência histórica aceita o design inteligente como explicação científica visto que a arqueologia estuda (entre outras coisas) pedras e outro tipo de artefactos que nos podem dar evidências suficientes para concluirmos que são o efeito de design inteligente e não de processos naturais. A arqueologia faz isto e vai mais longe ainda ao entender a cultura dos agentes inteligentes por trás de tais criações. Mão há qualquer motivo científico para o design inteligente ser aceite na arqueologia mas rejeitado na biologia.
Examinemos esta explicação:
Os dados são o trabalho dum planeador inteligente que os organizou em segredo, sem ser visto por alguém, e que propositadamente os colocou aqui.
Muitas pessoas podem achar que esta explicação não é científica, mas esse é um erro da sua parte. O falso fóssil evolutivo com o nome de “Piltdown Man” ajusta-se na perfeição à explicação dita em cima.
O fóssil de Piltdown foi uma mentira mas apesar do autor da mentira ainda ser uma incógnita, os cientistas foram capazes de deduzir a sua existência. Os cientistas não tiveram que apanhar o mentiroso em pleno acto como forma de estabelecer como facto a sua existência. Os detalhes do caso fizeram com que a hipótese de planeador inteligente fosse a mais correcta.
Homem_Piltdown_EsavacaoPor volta de 1908 um grupo de cientistas encontrava-se a escavar perto de Piltdown, na Inglaterra, em busca dos fósseis dos alegados antepassados humanos. Foram encontrados vários fósseis com aparência de antigos; estes ossos – conhecidos como “Homem de Piltdown” – incluíam um crânio e uma mandíbula
A mandíbula tinha a aparência de pertencer um macaco – tendo dois ossos molares achatados, tal como é encontrado nos seres humanos mas nunca nos macacos. Infelizmente a mandíbula estava partida em dois locais que poderiam ter determinado relação com o crânio: oa região do queixo e a área da articulação com o crânio. Durante mais de 40 anos os cientistas discutiram o Homem de Piltdown e o seu lugar na linhagem evolutiva pré-humana.
No entanto, na década 50 do século passado, os cientistas finalmente detectaram a mentira através de 3 linhas de evidências:
1) Primeiro, quando os ossos são enterrados, eles rapidamente absorvem flúor do solo. Um teste químico revelou que os ossos continham muito poucos traços de flúor, provando que os mesmos nunca poderiam ter estado enterrados há muito tempo.
2) As superfícies dos dentes tinham marcas de arranhões pouco usuais, provavelmente duma lixa usada para a remodelação dos dentes.
3) Os ossos tinham marcas de bicromato de potássio, como forma de os fazer parecer mais antigos.
Os cientistas consideraram estes três dados como evidências convincentes para fraude intencional. Mais tarde os cientistas mostraram a forma como o Homem de Piltdown havia sido fabricado a partir dum crânio humano e uma mandíbula dum orangotango.
Os cientistas deduziram também algumas coisas em relação ao falsificador: ele sabia o que incluir como forma de dar mais credibilidade ao fóssil, no entanto a principal habilidade do falsificador era o de saber o que deixar de fora. De forma hábil, o falsificador deixou de fora o queixo e a articulação da mandíbula – precisamente as duas estruturas que iriam revelar a fraude se por acaso estivessem presentes no “fóssil”. O falsificador tinha uma percepção apurada do clima científico.
Este exemplo demonstra como a ciência pode distinguir entre causas inteligentes e causas naturais, e demonstra também como a ciência pode ir mais além e deduzir os traços de personalidade e os motivos do planeador inteligente. E tudo isto é feito não observando o designer em pleno acto de criação, mas sim com base nos dados observáveis e testáveis.
Conclusão:
Homem_PiltdownA pergunta importante é: porque é que a ciência aceita causas inteligentes na arqueologia mas não na Biologia? A resposta prende-se com a natureza do designer visto que enquanto na arqueologia os designers são sempre humanos, na Biologia o Designer nunca poderia ser humano, e nem de alguma forma restrito ao mundo natural (isto é, o Designer da vida é claramente Alguém Sobrenatural).
Uma vez que a Biologia actual está sob o controle ideológico do Naturalismo, nenhuma explicação pode de alguma forma violá-lo, mesmo quando as evidências claramente refutam o Naturalismo (como no tópico da origem da vida).
O importante a reter do exemplo do Homem de Piltdown é que a ciência aceita o design inteligente, e a inferência para o mesmo é feita com base na análise nos dados. Qualquer pessoa/evolucionista que aceita a inferência para o design na arqueologia não tem motivoscientificos para rejeitar a mesma metodologia científica na Biologia.
Fonte: “The Biotic Message”, ReMine, Walter, páginas 29, 30, 31
http://darwinismo.wordpress.com/2014/10/12/pode-a-ciencia-distinguir-entre-o-que-tem-causas-naturais-e-o-que-tem-causas-inteligentes/

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