Pela nova proposta, ter caixas acústicas instaladas no veículo se tornará infração de trânsito, valendo cinco pontos na habilitação e multa ao proprietário
O
Conselho Estadual de Trânsito doRio (Cetran-RJ)
quer tornar infração de trânsito o batidão das caixas desom em carros particulares
— inclusive os tunados — no país todo.
A
ideia é proibir caixas acústicas. A iniciativa surgiu após o órgão receber
várias reclamações de barulho nas ruas,
por parte de prefeituras e das guardas municipais.
O
Cetran encaminhará no mês que vem ao Conselho Nacional de
Trânsito (Contran) documento pedindo que seja criada a nova resolução. O
condutor flagrado com o carro barulhento seria multado em R$ 127,69, e
perderia cinco pontos na carteira de habilitação por cometer infração grave.
Iniciativa
da proibição surgiu após várias denúncias de barulho, por parte de prefeituras
e guardas municipais.
A
irregularidade seria associada ao artigo 230, inciso 12 — conduzir veículo com
equipamento ou acessório proibido —, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
“Após
a vigência da resolução, a pessoa teria 60 dias para regularizar sua situação,
ou seja, retirar a caixa acústica
do veículo. A proposta é que seja infração o simples fato de ter o equipamento
instalado no carro, mesmo que o som não esteja ligado”, explicou o presidente
do Cetran-RJ, Antônio Sérgio de Azevedo Damasceno.
O
documento com a sugestão vai ser apresentado em reunião de Cetrans de vários
estados. Mas não é necessária aprovação da minuta por outras regionais para que
seja encaminhado ao Contran.
“Aquilo
que alguns motoristas fazem, de colocar o carro aberto com a caixa de som
ligada, é absurdo, um desrespeito ao cidadão. A gente tem registro de situações
dessas até emfrente a
escolas, durante o horário de aula. Isso não pode continuar”, defende Damasceno.
Publicidade ficará liberada
Se
uma nova infração for criada pelo Contran, ela não vai impedir a circulação de veículoscom
caixas de som cujo objetivo é publicidade, divulgação e propaganda eleitoral.
Isso porque a Resolução 204/2006 autoriza esse tipo de serviço desde que haja
permissão do órgão ou entidade local competente.
“A
pessoa que faz isso quer mostrar que tem. A procura caiu, porque é um serviço
caro. Até o ano passado, 50% da procura aqui na loja eram para montar carros
com som pesado. Quem gosta, geralmente, é garotão”, detalha o sócio da loja
Zeppelin, Fernando Barreto.
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