Scott
Lively
Esta semana marca o aniversário da
adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU em 1948. O Dia
Internacional dos Direitos Humanos é comemorado no dia 10 de dezembro.
Infelizmente, o dia é celebrado em grande parte por esquerdistas, que raptaram
a expressão “direitos humanos” em tempos recentes para servir à sua agenda
desviada. No entanto, os verdadeiros direitos humanos, como eram entendidos ao
longo dos séculos, surgiram da visão de mundo bíblica e a condensam.
Dr. Scott Lively |
Diferente da maioria dos ativistas
esquerdistas que exploram o Dia Internacional dos Direitos Humanos como uma
oportunidade para atacar o Cristianismo e defender a perversão sexual, eu sou
na verdade um advogado de direitos humanos com treinamento especial fornecido
pela ONU em Strasbourg. Também sou autor da Declaração de Riga pela Liberdade
Religiosa, Valores Familiares e Direitos Humanos (www.defendthefamily.com/intl/)
que documenta que a liberdade religiosa e os valores familiares têm sido
firmemente defendidos em 4000 anos de leis escritas sobre direitos humanos, mas
que o “direito” ao homossexualismo é uma invenção da esquerda moderna.
Além disso, esse “direito à
sodomia” na verdade solapa os verdadeiros direitos humanos, como exemplificado
pelo colapso da Magna Carta no Reino Unido. O primeiro princípio daquele
venerável documento de direitos humanos declara que “A Igreja da Inglaterra
será livre”. Esse princípio, estabelecido na pedra fundamental da
jurisprudência britânica em 1215, manteve-se inabalado por quase 800 anos até
que a ascensão do movimento gay na última década alcançou o poder de redefinir
a liberdade religiosa como “homofobia” e de esmagá-la debaixo da sola de seus
coturnos rosas.
Um dos pontos altos das minhas
viagens pelo mundo foi ter a oportunidade de ver uma das cópias manuscritas
originais da Magna Carta na catedral de Salisbury, na Inglaterra. É uma de
apenas três remanescentes das onze que existiam. Isso foi em 1997, quando
estava em vias de concluir meus estudos no Instituto de Direitos Humanos
Internacionais na Universidade de Strasbourg. Naquele tempo a Magna Carta ainda
vigorava.
Exatamente 10 anos depois, em 2007,
a caminho de Varsóvia para falar sobre direitos humanos no Congresso Mundial
das Famílias IV, dei uma parada rápida em Dublin, Irlanda. Lá encontrei um
ativista cristão que estava literalmente se escondendo da polícia sob ameaça de
prisão por falar contra o homossexualismo nas vias públicas, violando as novas
Regulamentações de Orientação Sexual (SRO). A força da Magna Carta não poderia
mais proteger esse irmão cristão. Após oito séculos ela foi finalmente violada,
e foi por militantes ativistas do movimento gay. As notícias vindas do Reino
Unido desde então pintam um quadro cada vez mais lúgubre para os cristãos.
Hoje em dia só existe um documento
de direitos humanos que ainda vigora como uma barreira à agenda homossexual no
ocidente: a Primeira Emenda Constitucional dos Estados Unidos. De fato, ela é a
fonte das cláusulas de liberdade religiosa e de expressão da Declaração
Universal dos Direitos Humanos de 1948, na qual se baseiam todas as leis e
todos os tratados sobre direitos humanos. (A primeira metade da Declaração
Universal foi escrita pelos americanos, e a última parte pelos soviéticos nos
dias que se seguiram à conclusão dos julgamentos em Nuremberg dos nazistas
pelas forças aliadas).
Mas apesar do surgimento da
Declaração Universal e de todo o seu legado estatutário, nenhum país do mundo
tem sido tão vigoroso na defesa das liberdades religiosas e de expressão quanto
os Estados Unidos, devido à Primeira Emenda. No entanto, mesmo enquanto
celebramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Primeira Emenda está sob
cerco pelas mesmas forças que derrubaram a Magna Carta. Nos últimos anos, ela
tem sobrevivido a uma série de ataques que continuam a crescer em frequência e
severidade, sem sinal de desistência.
Em menos de um mês, em 7 de janeiro
de 2013, irei comparecer a um tribunal federal aqui em Springfield,
Massachusetts com meu advogado do Conselho da Liberdade. Na ocasião, ele irá
apresentar a nossa argumentação oral para defender o nosso pedido de extinção
do processo contra mim por “crimes contra a humanidade”. (www.scottlively.net/2012/06/26/motion-to-dismiss-smug-lawsuit/)
Estou sendo processado pera organização Minorias Sexuais Uganda (SMUG) por
pregar contra o homossexualismo naquele país. O que está em questão é a força
da Primeira Emenda para proteger o direito de pregar o Evangelho em um país
estrangeiro.
Basicamente, os requerentes
sustentam que a mesma aceitação europeia dos “direitos humanos” homossexuais
que deu poder às regulamentações de orientação sexual no Reino Unido e derrubou
a Magna Carta representa uma nova norma internacional que deve ser defendida
por todo o mundo. Deste modo, mesmo que a pregação contra o homossexualismo
seja um discurso protegido tanto em Uganda quanto nos EUA, me responsabilizam
legalmente com base na interpretação de “lei internacional” feita pela SMUG.
Apesar disso, parece ridículo, mas igualmente pareceu a ideia das
regulamentações de orientação sexual que se tornaram lei no Reino Unido.
Gostaria de aproveitar a
oportunidade deste aniversário para pedir por orações. Não tanto para mim
mesmo, mas para os EUA. Porque a derrota para esses requerentes sob essas
alegações iria significar uma violação da Primeira Emenda da mesma forma que da
Magna Carta. Se a Primeira Emenda não pode proteger meus direitos de liberdade
religiosa e liberdade de expressão em um país estrangeiro, tanto menos ela irá
proteger todos nós em nosso próprio país. De fato, não já começamos a ver a
“orientação sexual” sobrepujar a liberdade religiosa (e em menor extensão a
liberdade de expressão) como uma tendência legal? Quão pior será se os
tribunais federais aceitarem o raciocínio jurídico europeu em suas decisões?
Meus amigos, entendo a gravidade do
que estou dizendo. Se a Primeira Emenda cair ante os gays como aconteceu com a
Magna Carta, será o fim dos verdadeiros direitos humanos nos EUA (e por
extensão para o resto do mundo ocidental). Não há a quem recorrer. A Primeira
Emenda é o último bastião de liberdade aos cristãos. Se ela cair, uma grave
perseguição a todos os que ousarem falar a verdade da Bíblia estará muito
próxima. Orem fervorosamente para que ela prevaleça!
Traduzido
por Luis Gustavo Gentil do documento original “The Death of Human Rights”
enviado pelo Dr. Scott Lively para Julio Severo.
Fonte:
www.juliosevero.com
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