terça-feira, 20 de maio de 2014

O dia D do Brasil

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Ontem resolvi escrever um texto rápido, e acabei fazendo na minha linha do tempo do Facebook mesmo, sem muitas pretensões. Qual foi minha surpresa quando vi que o texto chegou a quase 300 curtidas (até esse momento em que estou escrevendo) e já passou de 100 compartilhamentos. E de quebra teve 68 comentários até agora.
Como o texto foi muito certeiro no Facebook, decidi postá-lo aqui, para que faça parte do acervo do Maldade Destilada. Espero que seja uma boa leitura para você que acompanha este blog.
Muita gente acha que os Estados Unidos são o paraíso, e um outro tanto acha que aqui é o império do mal. Estes geralmente tiram suas ideias da mídia brasileira, que não consegue publicar uma notícia sequer que não siga o manual esquerdista de doutrinação jornalística. Já os primeiros conhecem o país superficialmente, ou porque só vieram para cá passar férias ou porque nunca vieram e têm uma visão muito idealizada.
Eu vim para cá depois de já ter morado anteriormente, de ter trabalhado aqui e conhecido praticamente o país todo em viagens anteriores. Cheguei sabendo muito bem o que iria enfrentar, e mesmo assim tive algumas surpresas, situações que não havia passado antes, o que aliás é bastante normal em qualquer processo de mudança.
Mas enfim, tem uma comparação que me veio hoje à mente, e que caiu muito bem para mim: mudar para cá tem sido muito semelhante a uma mudança de relacionamento. Imagine-se num relacionamento que não tem futuro, e que apesar disso te supre parcialmente as necessidades de carinho e afeto. Mas está claro que a coisa não é amor, que não é “a pessoa certa”. Apesar de ter tentado tudo, você sente que as mudanças que você deseja na outra pessoa são tão profundas que ela deixaria de ser quem é caso conseguisse concretizá-las. É assim que me sinto em relação ao Brasil. É minha casa, minha pátria, mas seus defeitos e dificuldades se tornaram tão grandes a ponto de ofuscar suas qualidades. E quando isso acontece você acorda todos os dias pensando somente em uma coisa: divórcio.
Já os Estados Unidos são o novo amor. Exatamente como acontece quando você se apaixona por alguém, tudo parece muitíssimo melhor, incomparavelmente superior, e nenhum defeito consegue ser percebido em meio a sentimentos tão fortes. Se você tiver a sorte, como eu, de que essa pessoa seja o grande amor da sua vida, você perceberá com o tempo que é possível sim enxergar defeitos dela, pelo simples fato de que todos os seres humanos possuem falhas e têm seu lado mais escuro. Só que nesse caso parece que essas falhas não têm o poder de ofuscar a essência da pessoa, uma essência que nos faz querer ficar ao seu lado por todos os dias de nossas vidas.
E é por isso que, voltando agora da metáfora do relacionamento para a questão de viver fora do Brasil, mesmo enxergando os defeitos deste lugar, mesmo sabendo que aqui não é o paraíso, que tem coisas ruins, não dá para negar, sem sombra de dúvida: viver nos Estados Unidos é muito melhor que viver no Brasil. Sem romantismo, sem ignorar que aqui a esquerda pega pesado também, sem fechar os olhos para os esquisitices que encontramos no cotidiano, cada vez menos pessoas conseguem dizer, de peito estufado, que o Brasil é o melhor lugar do mundo. Até hoje não ouvi de ninguém uma palavra que não fosse de incentivo por estarmos nesse projeto e de termos mudado para cá. Nenhuma pessoa sequer mostrou reprovação; muito pelo contrário, uma grande parte veio pedir dicas para fazer o mesmo, pois não conseguem vislumbrar um futuro melhor para si e para seus filhos no Brasil do PT.
As eleições deste ano serão a última esperança para o Brasil. A corda que sustenta a democracia está toda roída pelos ratos petistas, que se preparam para cortá-la por completo. Eles só precisam de mais um mandato para isso. A hora está próxima para o nosso dia D. Que seja um D de Derrota para a Dilma.
Para quem quiser acompanhar o post original no Facebook, basta clicar aqui.
Flavio Quintela é autor do livro “Mentiram (e muito) para mim”
Fonte: http://maldadedestilada.wordpress.com/

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