Michael Brown
Com toda a conversa que ouvimos sobre o declínio do Cristianismo, as igrejas que estão constantemente perdendo membros são as igrejas liberais e esquerdistas, enquanto as igrejas que têm como base a Bíblia continuam a crescer, especialmente no mundo inteiro.
Escrevendo em 2001, o Dr. Al Mohler comentou: “No final da década de 1960, os protestantes liberais e esquerdistas começaram a fazer uma pergunta um tanto difícil. Por que as igrejas conservadoras estavam crescendo? Em retrospecto, um aspecto da crise protestante liberal e esquerdista se refletiu nessa pergunta. As grandes denominações protestantes se beneficiariam muito perguntando por que suas próprias igrejas estavam diminuindo. ”
Ele fez referência a um importante livro de 1972 escrito por Dean M. Kelley intitulado “Por que as Igrejas Conservadoras Estão Crescendo: Um Estudo em Sociologia da Religião.” (No prefácio de Kelley da edição de 1996 do livro, ele frisou que tudo o que ele havia escrito 25 anos antes permanecia verdadeiro.)
O que Kelley escreveu em 1972 dava para se aplicar à igreja americana de hoje: “Em meio à atual negligência e hostilidade à religião institucional em geral, as igrejas conservadoras, agarrando-se a uma teologia aparentemente antiquada e fazendo exigências estritas para seus membros, têm igualado ou ultrapassado em crescimento os primeiros aumentos percentuais da população dos EUA.”
Quanto às igrejas liberais e esquerdistas, Kelley escreveu: “As grandes denominações protestantes continuarão a existir numa proporção cada vez menor durante décadas, talvez durante séculos, e continuarão a dar às pessoas uma forma diluída e cômoda de sentido, que pode ser tudo o que queiram.”
Suas palavras comprovaram ser proféticas, conforme confirmadas por pesquisas recentes que indicam que a vasta maioria das deserções das igrejas hoje nos EUA ocorre nas denominações liberais e esquerdistas, as que abandonaram os princípios fundamentais históricos da Bíblia, as que não pedem discipulado real, as que oferecem uma distorção de uma fé que é superficial, fácil, exatamente como o mundo.
Várias décadas atrás, David Barrett, especialista em estatísticas e demografia de igrejas, começou a relatar a notícia surpreendente de que no mundo inteiro, a religião que cresce com maior rapidez era o Cristianismo cheio do poder do Espírito, marcado por pregação clara do Evangelho, crença na verdade literal da Bíblia e a realidade da presença de Deus. (Os dados foram compilados na prestigiosa “Enciclopédia Cristã Mundial,” publicada pela Editora da Universidade Oxford.)
Embora esse crescimento seja especialmente elevado na América Latina, Ásia e África, a tendência é semelhante aqui nos Estados Unidos, ainda que não seja tão dramático, contestando completamente as opiniões gerais (as mesmas opiniões que foram comprovadas como falsas em 1972 quando o livro de Kelley foi publicado).
Escrevendo no jornal Federalist em agosto de 2014, Alexander Griswold comentou: “Todas as grandes igrejas americanas que deram passos para liberalizar em questões sexuais experimentaram um declínio profundo no número de membros.” (Seu artigo foi intitulado “Como Diminuir Sua Igreja Num Passo Fácil.”)
Griswold concluiu seu artigo declarando: “Os cristãos têm a responsabilidade de fazer suas igrejas crescerem, mas também a responsabilidade de promover o que eles acreditam ser justo diante de Deus. Mas por alguma razão estranha, parece que os cristãos conservadores nunca têm de sacrificar uma responsabilidade para cumprir outra.”
Essa informação é confirmada no novo relatório do Fórum Pew, o qual mostrou que as igrejas evangélicas nos EUA cresceram em 2 milhões de 2007 a 2014 enquanto que as tão chamadas grandes igrejas protestantes (liberais e esquerdistas) diminuíram em 5 milhões, o que significa que os evangélicos agora compõem o maior grupo religioso dos EUA. (Embora isso não seja parte da pesquisa do Fórum Pew, minha suposição é que as igrejas evangélicas que têm mais a Bíblia como base e fazem exigências mais sérias, com a graça e poder do Espírito nos membros de suas igrejas, são, falando em termos gerais, as que estão crescendo em vez de diminuindo.)
As pessoas estão buscando certeza, não ambiguidade, verdade, não especulação, e elas estão dispostas a fazer um compromisso com uma causa se a acharem digna. (Recordo um jovem me dizendo em 2000: “Dê-nos uma causa, e morreremos por ela.”)
Quando pregamos um evangelho aguado e o único compromisso que pedimos é aparecer num culto ocasional, atrairemos uma multidão certa que quer satisfazer suas coceiras religiosas, mas não atrairemos verdadeiros discípulos, os que estão dispostos a levar a cruz e seguir Jesus, os que estão dispostos a ir contra as tendências do mundo e fazer o que é certo, independente do custo ou consequência.
O motivo é que se Jesus é um dos muitos caminhos para Deus, a morte dele na cruz se torna sem sentido. E se assumirmos a postura de juízes da Bíblia (em vez de deixar a Bíblia nos julgar), se torna meramente outro livro, ainda que na verdade um bom livro. Como disse certa vez Agostinho: “Se você acredita apenas nas partes que você gosta do Evangelho, e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você acredita, mas em si mesmo.”
Por que, então, basear sua vida num livro que simplesmente contém algumas ideias boas? E por que sentar no banco de uma igreja para escutar alguém pregar e ensinar com base nesse livro?
No ano passado, num artigo que escrevi intitulado “Por Que as Igrejas Liberais e Esquerdistas Estão Perdendo Membros,” comentei: “Recentemente, à luz de um declínio profundo na frequência aos cultos da Igreja da Inglaterra, a Baronesa Brenda Hale, um das juízas mais elevadas da Inglaterra, disse numa conferência na Faculdade de Direito da Universidade Yale que a Igreja da Inglaterra está em declínio precisamente porque faz muito poucas exigências de seus membros: ‘Não tem leis sobre alimentos, não tem normas de roupas adequadas para homens e mulheres, e as coisas que eles têm de obedecer são muito poucas.’ Impressionante. Parece que Hale tem consciência do velho ditado que diz que algo que não custa nada, não vale nada.”
Em contraste, quando as pessoas têm um encontro com o Deus vivo, reconhecendo a feiura de seu pecado e sua necessidade do Salvador, elas com alegria deixam tudo para segui-lo.
Não é de admirar que as igrejas conservadoras estejam crescendo no mundo inteiro. Elas estão muito mais próximas da pregação da mensagem bíblica acerca de um Redentor real que nos livra de nossos pecados. E elas nos chamam para viver nossas vidas de um jeito que resistirá ao teste das eras.
Essa é a fé pela qual vale a pena viver e morrer.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND: Why conservative churches are still growing
Fonte: www.juliosevero.com
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