"Um croqui do Arquipélago Gulag
e outro de uma parte dele, o Arquipélago Ozerlag, fornecem uma visão do
formidável sistema concentracionário que ia dos países bálticos aos mares de Okotsk
e do Japão. O leitor familiarizado com os horrores de Auschwitz e Dachau
travará conhecimento com seus correspondentes soviéticos. O esboço Rotas de
Deportação ilustra a descrição contida no texto dos mais gigantescos
deslocamentos forçados de população da história, conduzidos pela União
Soviética. Na década de 50, a URSS admitia a existência de 'excessos', e a
partir de 1972 as populações deportadas 'receberam o direito teórico de
escolher livremente seu domicílio'. Em novembro de 1989, o Soviet Supremo
reconheceu a 'ilegalidade criminosa dos atos bárbaros cometidos pelo regime
stalinista em relação aos povos deportados em massa'.
O que acima se mencionou prepara o
leitor para o desfile de horrores do texto. Nele se contém um balanço, o
primeiro, grande e abrangente, em escala mundial, fundamentado, comentado, que
leva ao total de 100 milhões de mortos de responsabilidade do comunismo. Para
essa portentosa cifra contribuíram desde a União Soviética, com 20 milhões, a
China com um recorde de 65 milhões, a Europa Oriental e o Vietnã com 1 milhão,
cada um, a Coréia do Norte e o Camboja, ambos com 2 milhões, a África com 1,7 e
o Afeganistão com 1,5 milhão. A América Latina entra com modestos 150.000
mortos..."
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