sábado, 11 de fevereiro de 2012

Além da Tortura


Quando você dizia 'eu ainda acredito em Deus', em cinco minutos você estava cheio de sangue.”

Os jornalistas, comunicadores de todo tipo e historiadores do fim do século XX e início do XXI serão eternamente lembrados por sua omissão coletiva – salvo poucas exceções – em face dos inúmeros crimes dos regimes e grupos ateus e revolucionários. Desde os crimes mais compreensivelmente difíceis de serem vistos como assassinatos individuais, até verdadeiros democídios envolvendo milhões de pessoas, todos são omitidos ou tratados muito tangencialmente, sem que se explicite o nexo de causa e efeito entre idéias e ações.

O único sistema para o qual é permitido ver-se e falar-se da conexão de suas idéias e seus atos é o nacional-socialismo alemão, abreviado para nazismo – e mesmo assim sob um forte viés: acusando idéias de fachada, utilizadas na propaganda, e nunca tratando de forma substancial as idéias e valores que fundamentavam a ideologia nazista: o evolucionismo biológico e social, o socialismo, o progressismo, idéias esotéricas e aquele veículo sem o qual nada disso seria concretizado institucionalmente: o estado centralizado, concentrador de poder.

O documentário “Além da Tortura – A Gulag de Pitesti, Romênia” é uma destas valorosas e necessárias exceções. Nele são revelados de forma bem explícita os métodos mais tenebrosos de combate à “opressão” da Igreja e do capitalismo. Muito se noticia, ocasionalmente com veracidade, sobre os crimes de tortura realizados pelo regime militar brasileiro. O título “Além da Tortura” visa precisamente ressaltar que entre os comunistas, apoiados pelos “rebeldes” brasileiros, a própria tortura não era o bastante quando no trato de seus inimigos. Não há como enfatizar o suficiente: estes “inumanos”, como os prisioneiros os chamavam, uma verdadeira nata da psicopatia e provavelmente dos possessos, consideravam a “mera” tortura coisa branda demais. Entende-se pelas motivações e objetivos: um torturador comum pretende, normalmente, apenas extrair algum tipo de informação, ou então, em um simulacro de confissão, forçar a vítima a assumir crimes não praticados.

Não era isso que ocorria nas prisões na cidade romena de Pitesti. Ali, como em várias outras prisões soviéticas, existia um infernal laboratório de criação do “homem novo”. Devia-se ir além da excruciação física para retorcer a própria alma da vítima, no processo que chamavam de “desmascaramento”. Tratava-se basicamente da utilização das mais terríveis formas de agressão física com o fim de causar maiores agressões psicológicas e espirituais que destruiriam por completo o ego do “burguês capitalista religioso” e deixaria-o como nova tábula rasa para a “reeducação” socialista. Obrigar sacerdotes a realizar missas negras e amigos a traírem amigos eram algumas das formas mais brandas de ação. Morte ou loucura foram os destinos mais comuns da maioria dos prisioneiros, enquanto outros, pela sinergia da Graça Incriada e sua ascese interior, sobreviveram como verdadeiras testemunhas do inferno.

O documentário “Além da Tortura” acaba por realizar o verdadeiro e necessário desmascaramento: o do discurso revolucionário, que surpreendido em sua intimidade, quando fora das luzes da opinião pública e da propaganda politicamente correta, julgando-se oculto, se desfaz de suas roupas, falsas peles e máscaras, e como um demônio disfarçado de anjo confrontado com a luz da Verdade, revela sua forma real.

Beyond Torture – The Gulag of Pitesti, Romenia





Fonte: site midia sem mascara

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