Michael Swift é o pseudônimo de um americano até hoje desconhecido. O artigo abaixo foi publicado em 15/01/1987 na revista Gay Community News.
Este artigo é relevante porque indica a presença (muito negada ou bem
disfarçada) de uma ala revolucionária no movimento gay. Uma ala não
necessariamente significante em termos de quantidade de pessoas, mas
essencialmente importante no impacto e difusão de suas idéias para o
restante da população homossexual.
Enquanto uma parcela dos militantes
deste movimento busca chamar atenção da população e autoridades para pôr
fim às violências contra pessoas homossexuais, outra parcela se
aproveita disto como oportunidade para ir além e “se impor” perante a
sociedade. E é justamente esta parcela do movimento gay que pode ser
vista como revolucionária.
Ser revolucionário não é apenas
possuir uma idéia diferente de sociedade. Tal como escreve o filósofo
Olavo de Carvalho, a mentalidade revolucionária consiste em um “estado
de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se
crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza
humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente
ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela
humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao
tribunal da História. [...] Habilitado a acusar e condenar todas as
leis, instituições, crenças, valores, costumes, ações e obras de todas
as épocas sem poder ser por sua vez julgado por nenhuma delas, ele está
tão acima da humanidade histórica que não é inexato chamá-lo de
Super-Homem”.
Cabe ressaltar que a legitimidade do
artigo abaixo foi bastante questionada: muitos acusaram a “direita
cristã” de forjar tal documento, já que ela o divulgou amplamente a fim
de mostrar a “periculosidade” do movimento gay. É óbvio que um único
artigo não pode ser tomado como prova definitiva de um fato; um conjunto
de evidências, porém, pode tornar este fato mais verossímil. E estamos
aqui dispostos a apresentar uma série de evidências a fim de revelar que
uma agenda política vem sendo construída por revolucionários
homossexuais que, ao invés de beneficiar a população gay, busca impor
sobre a sociedade o pior que se pode esperar da esquerda.
O Gay Revolucionário
Iremos sodomizar seus filhos,
emblemas de sua frágil masculinidade, de seus sonhos superficiais e
mentiras vulgares. Vamos seduzi-los em suas escolas, nos seus
dormitórios, nos seus ginásios esportivos, nos seus vestiários, nas suas
quadras de esportes, nos seus seminários, nos seus grupos de jovens,
nos banheiros dos seus cinemas, nas casernas das Forças Armadas, nas
paradas de caminhoneiros, em todos os clubes masculinos, nas suas
Câmaras do Congresso, onde quer que haja homens juntos com homens. Seus
filhos se tornarão nossos subordinados e farão o que mandarmos. Eles
serão recriados à nossa imagem. Eles irão nos desejar e nos adorar.
Mulheres, vocês choram por
liberdade. Vocês dizem que não estão mais satisfeitas com os homens;
eles as fazem infelizes. Nós, conhecedores da face masculina, da psique
masculina, tiraremos seus homens de vocês. Nós os divertiremos, os
instruiremos; nós os abraçaremos quando chorarem. Mulheres, vocês dizem
que preferem viver com outras mulheres a viver com homens. Então vão e
fiquem com suas mulheres. Nós iremos dar aos seus homens prazeres que
eles nunca conheceram porque em primeiro lugar nós também somos homens, e
apenas um homem sabe como verdadeiramente dar prazer a outro homem;
apenas um homem pode entender o íntimo e o sentimento, a mente e a alma
de outro homem.
Todas as leis que proíbem a
atividade homossexual serão revogadas. No lugar delas, legislações serão
aprovadas e darão lugar ao amor entre homens.
Todos os homossexuais devem se
manter unidos como irmãos; nós devemos nos manter unidos artisticamente,
filosoficamente, socialmente, politicamente e financeiramente. Nós
iremos triunfar apenas quando tivermos uma face comum diante do inimigo
vicioso heterossexual.
Se você se atrever a gritar viado,
bicha, boiola para nós, nós iremos esfaqueá-los nos seus corações
covardes e corrompê-lo-emos mesmos mortos, seus corpos franzinos.
Vamos escrever poemas de amor
entre homens, encenaremos peças em que um homem abertamente acaricia
outro homem, vamos fazer filmes sobre o amor entre homens heróicos, os
quais substituirão a ordinária, superficial, sentimental, insípida,
juvenil, a paixão heterossexual que hoje domina as suas telas de cinema.
Iremos esculpir estátuas de belos meninos, de vigorosos atletas que
serão posicionadas nos seus parques, nas suas praças e quarteirões. Os
museus do mundo estarão cheios de pinturas graciosas de jovens nus.
Nossos escritores e artistas
transformarão o amor entre homens em algo de bom gosto e em moda
obrigatória, e nós teremos sucesso porque somos peritos em definir
estilos. Nós eliminaremos os vínculos heterossexuais através do uso de
dispositivos de humor e da ridicularização, meios que estamos
qualificados em empregá-los.
Vamos desmascarar os poderosos
homossexuais que estão mascarados de heterossexuais. Vocês irão se
chocar e se assustar quando descobrirem que seus presidentes e seus
filhos, seus industriais, seus senadores, seus prefeitos, seus generais,
seus atletas, seus astros de Hollywood, suas personalidades de TV, seus
líderes cívicos, seus padres não são os seguros, homens de família,
burgueses, figuras heterossexuais que você achou que fossem. Nós estamos
em todos os lugares; estamos infiltrados nas suas fileiras. Tome
cuidado quando falar de homossexuais porque estamos sempre juntos de
você; podemos estar sentados na mesma mesa que você; podemos estar
dormindo na mesma cama que você.
Não haverá compromissos. Não somos
fracos da classe média. Somos altamente inteligentes, aristocratas
naturais da raça humana, e como aristocratas duramente dispostos nunca
nos satisfazemos com pouco. Quem se opuser a nós será exilado.
Iremos construir vastos exércitos
privados, tal como Mishima fez, para derrotá-los. Nós conquistaremos o
mundo porque guerreiros inspirados e unidos por amor e honra homossexual
são invencíveis como eram os antigos soldados gregos.
A família como terreno de unidade
reprodutora de mentiras, traições, mediocridades, hipocrisias e
violências será abolida. A unidade familiar, a qual apenas amortece a
imaginação e marginaliza o livre arbítrio, deverá ser eliminada. Meninos
perfeitos serão concebidos e criados geneticamente em laboratórios.
Eles se unirão em uma configuração comum, sob o controle e a educação de
sábios homossexuais.
Todas as igrejas que nos condenam
serão fechadas. Nossos deuses serão formosos meninos. Nós aderimos a um
culto de beleza, moral e estético. Tudo que é feio, vulgar e banal será
aniquilado. Já que somos alienados das convenções heterossexuais de
classe média, nós somos livres para viver nossas vidas de acordo com o
que dita a pura imaginação. Para nós o demais não é suficiente.
A sociedade primorosa a emergir
será governada por uma elite composta de poetas gays. Um dos principais
requisitos para ocupar uma posição no poder desta nova sociedade de
homoerotismo será a indulgência com a paixão grega. Qualquer homem
contaminado com a luxúria heterossexual será automaticamente impedido de
continuar ocupando um cargo de influência. Todos os homens que
insistirem em continuar idioticamente como heterossexuais serão julgados
em tribunais de justiça homossexual e se tornarão homens invisíveis.
Nós reescreveremos a história, a
história adulterada cheia de mentiras e distorções heterossexuais.
Iremos retratar a homossexualidade dos grandes líderes e pensadores que
moldaram o mundo. Iremos demonstrar que a homossexualidade, a
inteligência e a imaginação estão inextricavelmente ligadas, e a
homossexualidade será um requesito para a verdadeira nobreza e beleza de
um homem.
Nós seremos vitoriosos porque
estamos abastecidos com a amargura feroz dos oprimidos, os quais foram
forçados a desempenhar papéis de aparência nessa sua burra e
heterossexual mostra ao longo dos tempos. Nós também somos capazes de
disparar armas e armar barricadas para a revolução final.
Tremam, seus porcos heterossexuais, quando aparecermos diante de vocês sem nossas máscaras.
Referências
FORDHAM UNIVERSITY. Michael Swift: “Gay Revolutionary”. Disponível em: http://www.fordham.edu/halsall/pwh/swift1.html . Acesso em: 4/12/2009.
Fonte: http://gaysdedireita.blogspot.com.br/
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