Posted in
Artigos e Reflexões
Imagem: Disponível na Internet. |
“Todos
odiarão vocês por Minha causa,
mas
aquele que perseverar até o fim será salvo.”
Mateus
10.22
Não me esqueço de uma questão levantada por um
irmão em púlpito, analisando notícias que recebeu sobre a Igreja perseguida, há
alguns anos. Ele fez uma pergunta que latejou por horas em minha mente, e vez
em quando ainda me toma os pensamentos, principalmente diante desse cenário
lamentável em que se encontra atuando a Igreja dita do Senhor: “O que será que Jesus fez para que muitas
pessoas odeiem tanto o Senhor?”
Resposta: Ele simplesmente não fez!
Não fez nada do que elas queriam...
Jesus não prometeu dinheiro e riquezas
materiais. Ele prometeu Graça e vida eterna. (1João 2.25; João 4.14, 6.54, 8.51;
Romanos 2.6-10)
Jesus não colocou Seu coração nas posses, nos
prazeres, no reconhecimento da parte dos homens, nem ensinou Seus seguidores a
viverem assim (Lucas 6.24-25). Ele caminhava com vistas ao Céu e lembrou aos
homens que é lá que está a pátria dos salvos. (Mateus 19.29; Filipenses 3.20)
Jesus não iludiu ninguém com falsas promessas.
Ele sempre contou a verdade e disse somente tudo o que os homens precisavam
escutar. (João 12.50 e 8.34; Mateus 23, 7.3-5 e 11.21; Lucas 11 e 6.24-26)
Jesus não contava anedotas nem criava alegorias
para produzir mensagens que encantassem as pessoas. Ele não deturpava a
mensagem das Escrituras nem enrolava os Seus ouvintes. Ele transmitia as
Escrituras e as pessoas Lhe respeitavam porque eram tratadas segundo as suas
necessidades. (Mateus 21.23; Marcos 1.22)
Jesus não fez campanhas da prosperidade, da
vitória, dos milagres, nem nada parecido. Ele apontou a obediência e o amor a
Deus em primeiro lugar como o caminho seguro e certo para que todas essas e as
demais coisas acontecessem. (Mateus 6.33; Lucas 12.31-34)
Jesus não ofereceu rosas, caminho de sal, água
benta, terra santa, nem nenhum outro tipo de amuleto ou ritual para libertar as
pessoas. Mas Ele esclareceu com todas as letras que é preciso conhecer, amar e
praticar a Verdade que está na Bíblia, pois o conhecimento da Sua Verdade é que
libertará o homem. (João 8.32, 36)
Jesus não dava palestras motivacionais, mas
exortava e ensinava, com autoridade, a Palavra santificadora de Deus. (João
17.14-17; Marcos 2.2)
Jesus não lidava com as pessoas pelas suas
emoções, mas lhes tratava pelo uso da razão, levando-as ao reconhecimento dos seus
pecados, arrependimento, humilhação e confissão diante do Pai. (Mateus 4.17; 1João
1.8-10)
Jesus não massageava o ego das pessoas. Ele
abria as feridas, tocava nelas e mostrava com clareza o pus dos seus pecados e
a consequência de se continuar com eles. (João 4.17-19; Mateus 6.36-43)
Jesus não curava para Se autopromover à custa
do nome de Deus, nem fazia dos Seus milagres propagandas para atrair mais
pessoas para o Seu ministério. Ele fazia todas as Suas obras para glorificar o
Pai Celeste e por puro amor aos homens. (Mateus 9.6-8; João 5.30, 8.49-50,54,55,
17.4)
Jesus não foi produto de uma agência gospel de
cantores ou pregadores. Ele foi um representante de Deus na terra. (João 17.8)
Jesus não propôs trocas para iludir os homens
que estes poderiam determinar ou exigir alguma coisa Deus. Ele prestou-lhes
favores que jamais poderão pagar e deixou-lhes isso bem claro. (Mateus 6.10,12, 7.7-11; João 3.14-18)
Jesus não julgou nem condenou as pessoas. Ele
serviu e perdoou. Amou e salvou até aqueles que o próprio mundo já havia
condenado. (João 12.47-48; Lucas
23.34,39-43)
Jesus não favorecia quem fazia muitas obras, ou
tinha melhores salários, ou tinha muitos diplomas. Ele tratava todos com o
mesmo respeito, com a mesma Graça, com o mesmo amor e, principalmente, com a
mesma justiça. (João 5.24; Romanos 10.12)
Jesus não era movido por Seus próprios
interesses, mas pelos interesses do Pai. (João 5.30, 8.29, 18.11; Lucas 22.42)
Jesus não pregava um Deus bonzinho,
paternalista e serviçal. Ele pregava um Deus que é Senhor, que é amor mas que
também é justiça e fogo consumidor. (Jeremias 33.16; Hebreus 12.29)
Jesus não buscou reconhecimento, prestígio ou
simpatia dos homens, por mais influentes que eles fossem. Ele foi inimigo do
mundo e, mesmo sendo rejeitado por ele, não deixou de viver sob a aprovação de
Deus. (João 5.41-43; 12.44-50)
Jesus não era apaixonado por Deus. Ele O amava
de todo o seu coração, de toda a alma, de todo entendimento e acima de tudo e
de todos. (João 14.31; Marcos 12.30)
Jesus não era extravagante. Ele era reverente. (Mateus
26.33; João 4.23-24)
Jesus não era dado aos modismos, mas aplicado à
Sã Doutrina, fosse ela considera pelos homens como ultrapassada ou não. (João
17.16)
Jesus não fez da Igreja uma casa de eventos ou
um clube de encontros sociais. Ele zelava pelas coisas consagradas a Deus e
guardava a casa do Senhor como Casa de Oração. (João 2.13-17)
Jesus não trazia eventos mundanos para dentro
da Igreja com um nome enfeitado para parecer edificante. Ele denunciava o
pecado e, ainda que parecesse monótono, tinha um estilo santo de vida. (Mateus
18.7-9; João 8.46)
Jesus não Se associou às seitas nem apoiou
heresias em nome da unidade da Igreja. Antes, destacou-Se entre elas por Sua
pureza e traços celestiais. E a quem influenciou, foi por Seus exemplos de
santidade, não por coleguismos. (Apocalipse 2.14-16,20-21)
Em suma, Jesus não apoiou o evangelho fácil,
superficial, barato que vemos acontecer nos nossos dias. Ele tomou a cruz,
renunciou-Se a Si mesmo e foi até o Calvário, onde morreu diante do mundo para
cumprir os propósitos de Deus.
Por tudo isso e por muito mais da Sua maneira
santa de ser e de viver, Jesus foi e ainda continua sendo odiado por muitos no
mundo.
Se Jesus tivesse feito o contrário dessas coisas
como os ídolos que vemos por aí, certamente Ele também arrastaria multidões
para a frente de uma plataforma ou para uma marcha anual, teria dúzias de
livros de auto-ajuda publicados com dezenas de edições e milhões de cópias
vendidas, seria um PhD em teologia e teria Seu próprio mega templo.
Mas como Ele era um Santo e não um ídolo, um Missionário
e não um empresário gospel, um Pastor e não um teólogo, Jesus despertou a ira
de muita gente; publicou todo o antes, o durante e o depois da Sua vida e obra
apenas na Bíblia; e ministrava ao ar livre, nas encostas dos morros, embaixo
das árvores, à beira do mar, precisamente onde os necessitados estavam.
E negando-lhes tudo o que seus egos queriam, fez exatamente tudo o que eles precisavam.
“Se o mundo os odeia,
tenham em mente que antes Me odiou.
Se vocês pertencessem
ao mundo, ele os amaria como se fossem dele.
Todavia, vocês não são
do mundo, mas Eu os escolhi, tirando-os do mundo;
por isso o mundo os
odeia.
Lembrem-se das palavras
que Eu lhes disse:
nenhum escravo é maior
do que o seu Senhor.
Se Me perseguiram,
também perseguirão vocês.
Se obedeceram à Minha
palavra, também obedecerão à de vocês.
Tratarão assim vocês
por causa do Meu Nome,
pois não conhecem
Aquele que Me enviou.
Se Eu não tivesse vindo
e lhes falado, não seriam culpados de pecado.
Agora, contudo, eles
não têm desculpa para o seu pecado.
Aquele que Me odeia,
também odeia o Meu Pai.
Se Eu não tivesse
realizado no meio deles obras que ninguém mais fez,
eles não seriam
culpados de pecado.
Mas agora eles as viram
e odiaram a Mim e a Meu Pai.
Mas isto aconteceu para
se cumprir o que está escrito na Lei deles:
‘Odiaram-Me sem
razão’.”
(João 15.18-25)
Fonte: http://teamomeujesus.blogspot.com.br/2013/12/odiados-do-mundo.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário