segunda-feira, 14 de abril de 2014

A indústria das invasões: bandido continua sendo bandido com diploma de sociologia



Fonte: GLOBO
“Os comunistas sempre souberam chacoalhar as árvores para apanhar no chão os frutos. O que não sabem é plantá-las…” (Roberto Campos)
As cenas ontem na zona norte carioca impressionaram: invasores de um grande terreno da empresa Oi resistindo à ordem de reintegração de posse da Justiça, partindo para o ataque à polícia. Criminosos que se julgam acima das leis porque se protegem sob o manto do coitadismo, alegando que possuem o “direito” de ter uma moradia. O que vemos, na verdade, é uma verdadeira “indústria das invasões”.
editorial do GLOBO de hoje toca no assunto, demandando punição para esses que lucram com as invasões. Diz o jornal:
A maneira organizada como se deram invasão e ocupação, bem como o aparecimento imediato de “lideranças” a falar em nome dos invasores e a “infraestrutura” logística, além do histórico de casos similares, geralmente nas áreas mais carentes, são evidências de que o que houve na propriedade da Oi foi consequência da atuação de uma máfia fundiária, com lastro político, que evolui no subúrbio e na periferia do Rio.
O mascaramento da ação por alegadas motivações sociais e a manipulação política dos invasores, sempre um aspecto a considerar nessas ocasiões, são relevantes na invasão. Outro fato é que na raiz desses movimentos está a lucrativa atividade de fomentação de favelas. Sobre esta questão os organismos de segurança do estado parecem ainda não ter feito até hoje uma investigação mais profunda — pelo menos não se conhecem resultados. A gravidade da situação exige que a isso se proceda urgentemente.
A leniência em substituição à prevenção e a ações que se antecipem às invasões estimula ocupações, que levam a explosões de violência como a de ontem. Os prejuízos à cidade são enormes, desde o custo da mobilização policial e da depredação de propriedades, passando pelas pessoas envolvidas, que pagam pelos “lotes” e pelo material adquirido. É um caldo que reclama uma dura reação, baseada na investigação e punição judicial de quem manipula e de quem lucra com isso.
O Estado Democrático de Direito pressupõe como pilar básico o respeito às leis. A garantia da propriedade privada é o mais elementar de todos os direitos. Sem ela, estamos totalmente à mercê dos bandidos. Ninguém tem o “direito” de invadir a propriedade de terceiros. Infelizmente, ainda vivemos em um país cuja mentalidade é intoxicada pela esquerda radical, que rejeita essa conquista mais preciosa das sociedades desenvolvidas: a propriedade privada.
Por trás da invasão do terreno da Oi, havia, entre outras lideranças, um sociólogo (tinha que ser!). O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) de São Paulo, Guilherme Simões, de 29 anos, era um dos invasores, e confirmou, em entrevista, ser “um dos representantes autorizados pelos líderes da ocupação a falar em nome das famílias dos trabalhadores”.
Trabalhadores trabalham, não vivem de invadir propriedade privada alheia. Quem prefere esse caminho normalmente é vagabundo e criminoso, mesmo que use a justificativa “sociológica” para seus crimes. São os “trombadinhas” que usam, de forma oportunista, sua ideologia coletivista para pilhar os bens de suas vítimas. Mas não se enganem: continuam apenas “trombadinhas”, com ou sem diploma de sociologia.
Rodrigo Constantino

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