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Cultura
Durante
as últimas semanas fiz a revisão da tradução de um livro que será em
breve publicado, chamado Ponerologia. O autor, Andrew Lobaczewski, viveu
na Polônia e passou pela amarga experiência da ditadura Soviética. É
uma obra sensacional, daquelas que mudam a vida de quem lê. O título,
“Ponerologia”, é o nome que Lobaczewski dá à sua nova ciência, cujo
objeto de estudo é a gênese do mal, ou seja, os mecanismos pelos quais
as sociedades permitem que psicopatas assassinos cheguem ao poder e de
lá comandem as mais terríveis tragédias humanas.
O
autor usa como base de seu trabalho um estudo minucioso sobre as
doenças da personalidade, causadas tanto por hereditariedade como por
danos físicos ao cérebro. O destaque é sempre para os psicopatas, que
têm seu modo próprio de pensar e enxergar a vida, totalmente diferente daquele das pessoas normais.
O psicopata vê seus semelhantes – os outros psicopatas – como humanos,
da mesma espécie, mas vê as pessoas normais como seres inferiores, cuja
vida não vale nada a não ser que possa ser útil aos seus propósitos.
Infelizmente, esse tipo de gente – pessoas doentes, sem cura – encontra
nas sociedades modernas uma estrutura que os catapulta aos cargos de
liderança política, de onde podem colocar em prática todos os seus
planos de dominação e poder. É o que estamos vivendo hoje no Brasil.
Como
lidar com essa gente? Com certeza não é tentando curá-los, pois a
psicopatia não tem cura. O ideal, como o próprio autor do livro
recomenda, é criar defesas da sociedade contra a ascensão desses tipos
ao poder. Mas no nosso caso isso já não é mais possível, pois temos
psicopatas nos governando neste momento, nos levando cada vez mais para
dentro de seus infernos particulares. E volta a pergunta: como lidar com
essa gente? Minha sugestão particular, e título deste artigo: chega de ser bonzinho.
Nós somos educados a dar a outra face, a transcender, a relevar, e ao
mesmo tempo que o revide é ruim, que responder é falta de educação e que
palavrão é a coisa mais feia do mundo. Tudo isso pode ser verdade
quando estamos falando de uma relação entre duas pessoas normais, mas
não quando estamos lidando com desequilibrados de alma assassina.
Estamos
numa guerra cultural com a esquerda, não há como negar. Nesta guerra
enfrentamos diariamente oponentes dos mais diversos tipos. Precisamos
saber identificá-los e aplicar estratégias de ataque diferentes para
cada um deles, tendo sempre como objetivo vencer as batalhas individuais
para, quem sabe, daqui trinta anos, vencer a guerra também.
O
primeiro tipo que encontramos pela frente é o esquerdista bocó. Ele
gosta da esquerda por uma questão meramente de aparências – a esquerda
parece legal e justa para ele, já que prega a igualdade social e uma
sociedade melhor. Ele nunca parou para ler sobre os regimes de esquerda e
suas consequências nefastas, por isso acha confortável e bonito
defender essa causa. Por não ter o menor embasamento ideológico e também
por não militar ativamente pela causa, este é o tipo mais fácil de
libertar. Mas não se engane: você não pode ser bonzinho com ele mesmo
assim. A estratégia para este tipo de esquerdista é o uso de fatos
incontestáveis que destruam as falácias em que ele acredita. Confronte o
bocó com fatos, mostre a ele que toda essa bobagem poética de igualdade
não passa de fachada para regimes assassinos, e bata sem dó até o
nocaute. Aliás, usando a figura do esporte, o oponente mais forte nunca
pode ficar com dó do mais fraco, sob pena de perder o jogo; da mesma
forma, não podemos abrir mão da superioridade intelectual sobre o
esquerdista bocó.
Seguindo,
o segundo tipo com o qual nos deparamos frequentemente é o esquerdista
acéfalo. Ele é algo como um esquerdista bocó que perdeu a virgindade
intelectual. Explico: quando você confronta o bocó com a realidade,
geralmente ele percebe o engodo em que havia caído, e abandona a “fé
vermelha”. Mas, em alguns casos, mesmo após a exposição do sujeito à
verdade, ele opta por continuar acreditando nas mentiras que o têm
mantido cativo. Não sei bem se isso ocorre por falta de inteligência ou
por falta de amor próprio, ou ainda por algum trauma psicológico, mas a
esses esquerdistas, que escolhem viver em engano mesmo diante da
verdade, eu dei o nome de acéfalos. Afinal, se não usam a cabeça para
nada de útil, é como se nem a tivessem. No confronto com o esquerdista
acéfalo não há muito o que fazer além do uso de xingamentos
inteligentes. Afinal, se a verdade e a lógica não resolvem, não é um
cafuné que irá fazer efeito.
O
terceiro tipo é o esquerdista canalha. Alguém que não é ingênuo o
suficiente para acreditar no esquerdismo sem nenhum estudo sobre o
mesmo, e não é idiota o suficiente para acreditar no esquerdismo após
estudar sobre o mesmo, só pode ser canalha para continuar defendendo
algo que só trouxe desgraça para a humanidade. Aqui cabe a cautela de um
bom lutador, sempre buscando o ataque. A estratégia com esse tipo de
esquerdista é o desmascaramento puro, ou seja, atacar o discurso do
canalha com perguntas desconcertantes que o forcem a admitir a maldade e
a canalhice do que ele defende, ou que o façam cair em contradição
imediata.
O
último tipo é o que já mencionei no início do artigo, o esquerdista
psicopata. Enquanto a luta for com psicopatas que ainda não têm acesso
ao poder, é possível desmascará-los e trabalhar ativamente para que não
cheguem a qualquer tipo de posição de liderança, sempre com os olhos bem
abertos para possíveis retaliações, já que os psicopatas são
extremamente vingativos. Assim como eles nos consideram seres
sub-humanos, nós devemos entendê-los como quase não humanos, já que são
capazes de atos cruéis que uma pessoa normal jamais aceitaria. Quase
sempre os psicopatas, embora tenham uma facilidade muito grande de
trabalhar no campo dos sentimentos das pessoas, são portadores de
inteligências no máximo medianas, o que torna fácil vencê-los no campo
das ideias e da intelectualidade. Infelizmente muitos psicopatas ocupam
hoje cargos de poder, que os blindam contra o confronto direto. Contra
esses não há nada a fazer a não ser trabalhar contra sua continuidade no
poder. Em outras palavras, esses monstros não podem ser reeleitos, de
modo algum.
Espero
ter aguçado sua curiosidade sobre o assunto. Meu blog irá divulgar, com
certeza, o lançamento do livro de Lobaczewski no Brasil, oportunidade
em que o leitor poderá adquirir tão importante obra. Enquanto isso não
acontece, vale a pena praticar o embate com os diversos tipos de
esquerdistas que cruzam a nossa frente. Já passou da hora de quebrar
essa hegemonia que eles têm no Brasil. E chega de psicopatas no poder.
Flavio Quintela, escritor, edita o blog Maldade Destilada e está lançando, pela Vide Editorial, seu primeiro livro, Mentiram (e muito) para mim.
via midia sem mascara
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