Fonte da imagem: Blog Sem Perdão |
Só para se restringir aos últimos dias...
Cenário um (link)
Um
rapaz, com sonhos, realizações, desejos, enfim, com uma VIDA pela
frente, chega a sua residência, quando é abordado por um criminoso
assaltante e, mesmo sem reagir, ao entregar um aparelho celular ao
bandido, é covardemente alvejado por um tiro na cabeça.
O
criminoso, segundo os eufemismos do direito infanto-juvenil, trata-se de
um ‘adolescente em conflito com a lei’ ou, no popular, um ‘bandido de
menor’.
Ao
criminoso, somente se for considerado ‘muito perigoso’ e ‘não
demonstrar estar ainda ressocializado’ e a famosa ‘pressão do libera
porque não há vagas’ não ser aplicada, entre visitas semanais (inclusive
íntimas), poderá haver sua internação por até...repita-se, até três anos.
Aos
familiares do jovem, em meio a tanta dor, restarão às recordações em
fotografias, visitas ao cemitério, o cenário da cama vazia e o perfume
de suas roupas recolhidas no armário...
Passado esse brevíssimo período, o autor desse assassinato frio e abjeto, obrigatoriamente, repita-se, obrigatoriamente há de ser posto em liberdade...
Cenário dois (link):
Três
criminosos invadem o local de trabalho de uma mulher que exercia
honestamente suas atividades e, após a manterem em cárcere privado
enquanto um dos larápios tentava sacar dinheiro com seu cartão,
descobrem que a pobre trabalhadora só tinha míseros R$ 30,00 (reais) em
sua conta corrente...
Por
isso, sem ‘processo legal’, sem ‘escutar a parte contrária’, sem
‘respeitar os direitos humanos’, sem ligar para a ‘dignidade da pessoa
humana’, sem possibilitar a ‘ampla defesa’, sem ligar para a reprovação à
‘tortura’, sem ligar para ‘proporcionalidade e razoabilidade’, sem
ligar para ‘convenções e tratados internacionais de proteção à mulher’,
sem ligar para o ‘direito à vida’, enfim, sem ligar para nada,
absolutamente nada que eles próprios - os criminosos - exigem quando
estão presos, de forma bárbara e covarde, lançam álcool sobre o corpo
dessa vítima e ateiam fogo.
Tomada
de chamas, essa vida que estava a trabalhar e na luta da vida em
sociedade possuía apenas míseros reais em sua conta, que possui pessoas
que a amam, esvai-se até ser consumida em dor e sofrimento, chegando a
esse trágico fim de existência humana...
Entre os bandidos, um menor de idade que, seguindo a cartilha da impunidade, assume ter ateado o fogo.
Seu destino?
O mesmo possível (sim, possível, pois pode e costumam sair antes...) ao assassino do jovem do primeiro cenário.
Quanto
aos maiores, em meio a banho de sol, visitas familiares e íntimas,
refeição, saídas em dia das mães, pais, natal e o que for, após cumprido
alguns anos de pena, que não deve passar dos quatro ou cinco anos, já
estarão novamente nas ruas, sob a farsa da prisão ‘semi-aberta’ e
‘aberta’ ou mesmo ‘domiciliar’ que, em verdade, é liberdade já que ficam
soltos!
Outro cenário (link):
Avenida Brasil, Rio de Janeiro.
Uma
mulher se encontra, como tantas brasileiras, na árdua tarefa de pegar
transporte público (ônibus), quando um assaltante, com uma arma de fogo,
sob efeito de cocaína (legaliza, né FHC?), após colocar os demais
passageiros no fundo do veículo, soca o cano da arma em sua boca e, sob
ameaça de mata-la e em meio a coronhadas (golpes com a arma em sua
cabeça), de forma desprezível, na frente de todos, realiza o sórdido
estupro.
Essa
mulher, vítima de tamanha violência física e com danos psicológicos que
os ensinamentos apontam que a acompanharam para o resto de sua vida, é
levada para realização de exame de HIV (aids).
O monstro, conforme se apurou após investigações, é um menor de idade...
Por
esse terrível estupro em frente a várias pessoas, com a pressão de uma
arma de fogo enfiado na boca da vítima e após diversos golpes de cabo de
arma em sua cabeça, o ‘adolescente’ irá responder livremente a um
‘processo sócio-educativo’, podendo.. podendo ficar internado por alguns
meses ou, como já dito, no máximo três anos, algo que dificilmente
ocorre nesse país do libera geral.
Poderiam
serem citados outros diversos, centenas, milhares de ‘cenários’,
ocorridos todos os dias, nesse país em que por ano 40.000 (quarenta mil
pessoas) são assassinadas, muitos com o envolvimento de menores de
idade.
Uma
perguntinha básica para os filósofos de universidades, órgãos ditos de
proteção e humanistas de manual: essa escalada de violência praticada
por adolescentes ocorria antes, da forma perversa, deslavada, sem
qualquer receio?
A
maturidade e capacidade que até o mais desligado dos seres já constata
existir em crianças e adolescentes nos dias de hoje e sua inserção em um
mundo já vasto de acesso a informações, é o mesmo de antes?
O número de assaltados, estuprados, violentados, lesionados e mortos por menores de idade é o mesmo que o de antes?
Bom,
se tudo isso não é ‘como antes’, está bem como que o mundo mudou, que
os adolescentes mudaram e, a toda evidencia, que interpretações,
legislação, mentalidade de aplicadores da lei, medidas e postura da
população e órgãos públicos deve também mudar!
Caso
contrário, ficaremos reféns desse sofisma de que ‘tudo é culpa do
Estado’ e, até que esse abstrato ‘culpado’ seja punido e mudado, os
marmanjos ‘de menor’ ficarão livres para acabarem com sua família, com
seus amigos, com seu patrimônio, com sua tranquilidade, enfim, com sua
vida!
Fonte: http://considerandobem.blogspot.com.br/
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