NOVA IORQUE, EUA, 20 de setembro
(C-FAM) A ONU e outros responsáveis por políticas públicas notaram que os pais
de Matthew Shepard se tornaram os principais porta-vozes dos direitos dos
homossexuais no mundo inteiro.
Eles apareceram na ONU e
recentemente fizeram também uma turnê em várias capitais da Europa com o
patrocínio do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que fizeram dos
direitos LBGT o foco prioritário da política externa americana.
Matthew Shepard era um jovem que
foi brutamente assassinado em outubro de 1998. Quase que imediatamente a
atenção do mundo inteiro se voltou para a especulação de que os assassinos de
Shepard o torturaram e mataram por ódio de ele ser gay. Seus assassinos o
amarram a uma cerca fora de uma cidadezinha de Laramie, Wyoming, e sua morte
foi comparada à crucificação de Jesus Cristo.
Dias depois de sua morte Shepard se
tornou a face dos direitos homossexuais nos EUA e no mundo. Um editorial do
jornal New York Times da época sugeria que Shepard era o representante de
direitos gays que o movimento homossexual precisava o tempo inteiro. Ele era
jovem, bonito e inocente.
O tempo inteiro havia os pessimistas
com relação ao caso de Shepard. A crítica social Camille Paglia escreveu no
site Salon que Shepard tinha preferência pelo que se chama “prostituição
homossexual” e que ele poderia ter sido morto por isso. Os detetives na época
indicaram que a probabilidade era que a morte dele tinha mais ligação com
drogas do que com a homossexualidade dele. Um segmento do programa ABC 20/20
vários anos mais tarde explorou essa possibilidade.
Contudo, um livro recente escrito
por Steven Jiminez, um premiado jornalista gay, vai muito mais fundo do que os
críticos passados do caso Shepard. Jiminez foi a Laramie muitos anos atrás para
conduzir entrevistas para fazer um roteiro de filme sobre a vida e morte de
Shepard. Quase que imediatamente ele começou a ouvir histórias sobre Shepard
que nunca haviam sido noticiadas e que contradizem categoricamente a noção de
que ele foi morto por ser gay.
O “The Book of Matt” (O Livro de
Matt) revela o que os habitantes da cidade sabiam o tempo todo, que Shepard
estava muito envolvido nos ambientes de drogas de Laramie, pode ter sido um
traficante ocasional de drogas, e até mais importante, ele conhecia seus
assassinos. Mais do que isso, ele e seus assassinos haviam feito sexo juntos.
Um dos conceitos da história
dominante era que Shepard não conhecia seus assassinos, que seus assassinos
entraram no bar Fireside naquela noite às 11h45min e de alguma forma
convenceram um total estranho, Shepard, a sair com eles 15 minutos mais tarde.
De acordo com o livro de Jiminez, Shepard conhecia seus assassinos bem. O livro
também examina com atenção que Shepard foi morto porque tinha um novo estoque
de metanfetamina e os assassinos queriam o estoque. O livro também traz a
informação de que seu principal assassino, Aaron McKinney, estava usando metanfetamina
cinco dias seguidos, um estado propenso à violência maníaca.
O livro recente tem sido noticiado
na imprensa gay e também na imprensa conservadora, mas não parece ter alcançado
a grande mídia, não ainda de qualquer modo. As coisas poderão mudar quando o
livro for finalmente lançado em 1 de outubro. Mas permanece a pergunta: Essa
nova história alterará de algum modo a história dominante que está ajudando tão
bem o movimento gay? Se Matthew Shepard foi morto estritamente por causa de
drogas por um homem que por algum tempo foi seu parceiro sexual, o que isso
acarretará para sua condição de mártir na comunidade gay e no mundo em geral,
inclusive a ONU?
Tradução:
www.juliosevero.com
Fonte:
Friday
Fax
Leitura
recomendada:
Nenhum comentário:
Postar um comentário