Este vídeo (acesse acima) mostra o
então arcebispo de Buenos Aires, agora Papa, D. Jorge Mário Bergoglio,
proferindo um sermão durante missa de final de ano, quando endereçou
duras críticas aos políticos. Referiu-se, nesse evento, ao futuro das
crianças.
O que se sabe é que D. Bergoglio foi crítico dos governos dos Kirchner, conforme assinala matéria postada nesta tarde pelo jornal argentino Clarin.
Em geral, pelo que se
nota, o novo Papa não está ligado à chamada "teologia da libertação",
marcada pela aplicação de conceitos marxistas em discursos, análises
sociais e ações de prelados latino-americanos.
Embora não seja
religioso sempre reconheci e reconheço o impacto do cristianismo e do
judaísmo na formação dos valores que tipificam a a civilização
ocidental. Aliás, de forma recorrente em vários textos aqui no blog já
me referi a este fato. Nunca hesitarei, portanto, em defender cristãos e
judeus da solerte perseguição que vêm sofrendo mundo afora, sobretudo
neste século XXI.
A Igreja Católica é, sem
qualquer dúvida, a organização mais antiga e sólida que o mundo conhece
até os dias de hoje. Não fosse isso a grande mídia em todos os cantos
da Terra não estaria dando esse fantástico destaque, noticiando e
comentando à farta todo o processo de eleição do novo Papa.
Não sou versado em matéria de religião mas não posso, como jornalista, ficar alheio aos acontecimentos do Vaticano.
Os fatos me levam a
intuir que o novo Papa não costuma comer cru. É público e notório que,
quando prelado maior em Buenos Aires, teve um relacionamento tenso com
os governos dos Kirchner. Isso, por si só, indica que o novo Papa não
seria um militante da nefasta "teologia da libertação", já que esta ala
da Igreja costuma abençoar todas as tiranias esquerdistas ou
anti-católicas.
Combinando-se a sua
elevação ao Papado aos recentes acontecimentos políticos
latino-americanos, dentre eles a morte do caudilho Hugo Chávez e o
inelutável enfraquecimento do chavismo, bem como o crescimento da
oposição argentina manifestado nas recentes marchas contra Cristina
Kirchner e o impeachment do ex-bispo comunista Fernando Lugo no
Paraguai; a derrota do esquerdista López Obrador no México e a moderação
de Olanta Humala no Peru, pode-se inferir que a farra bolivariana vem
perdendo seu ímpeto.
Evidentemente que são
conjeturas superficiais que faço no calor desses acontecimentos. O que
sobressai dessa eleição do novo Papa, todavia, pode ser o primeiro sinal
a clarear o horizonte da civilização ocidental, obscurecido pela
dominância do pensamento politicamente que tem elevado à virtude as
maiores iniquidades.
Oxalá não passe de um
sonho o que declinei nesta modesta análise. Entretanto, esse conjunto de
eventos estão interconectados e têm implicação de ordem política. O
tempo dirá.
Fonte: blog do aluizio amorim
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