Vamos
resgatar a série “Brasileiro é otário?” em alto estilo e som:
instrumentos musicais! O tema é pessoal, pois adoro música desde muito
moleque. Disse música, não funk ou sertanejo universitário. Tive sempre
gosto eclético e abrangente. Curtia rock mesmo, música clássica, jazz. E
toquei bateria. Ou ao menos tentei. Cheguei a dar alguns shows com
minha banda por aí.
Essa aí era de um amigo. A minha era menos poderosa. É que
instrumento musical no Brasil sempre foi objeto de luxo. Ainda é. O
leitor quer formar uma banda por essas bandas tropicais? Dou todo apoio.
Mas prepare o bolso. A coisa vai doer. Já se fosse nos Estados Unidos…
Vejam o preço dessa belezura, um prato Sabian splash 12′, na Amazon:
Parece um sonho, não? Por menos de US$ 60 você sai com esse fantástico prato nos EUA. Já no Brasil:
Isso porque escolhi um prato simples de ataque, pequeno, bem mais
barato. Ainda assim, você consegue comprar três pratos nos Estados
Unidos pelo preço de um no Brasil. Sempre lembrando que os americanos
são, na média, quatro vezes mais ricos que os brasileiros.
Agora vamos para as guitarras. Uma Fender Stratocaster padrão. Na Amazon:
E no Brasil:
A história se repete: uma Fender aqui dá para comprar quase três lá.
Eu poderia continuar para o baixo, os amplificadores, os microfones etc.
Mas o leitor já entendeu o recado: é muito caro ser músico no Brasil.
O jovem pode ser romântico, colocar a camisa do Che e atacar o
capitalismo em suas músicas. Faz parte da juventude. Mas saiba que
atacar o Tio Sam com seus três ou quatro acordes custa muito mais aqui
no Brasil do que lá, na América capitalista. Que irônico, não?
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/economia/brasileiro-e-otario-parte-22/
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