O verdadeiro grupo dialético nunca
chega a um consenso final, pois a "transformação contínua" é um
processo permanente: um passo hoje, outro amanhã. Para
transformar permanentemente o modo como pensamos e nos
relacionamos uns com os outros, nossos líderes precisam armar o
cenário para o conflito e a contemporização uma semana após a
outra, ano após ano. O pensamento dialético e o consenso do grupo
precisam se tornar tão normais quanto comer ou respirar.
Eventualmente, as pessoas aprendem a descartar suas antigas
âncoras e fronteiras mentais — todos os fatos e certezas que
criam firmes convicções. Elas se tornam como barcos à deriva,
sempre prontos para mudar de rumo de acordo com as mudanças dos
ventos e das correntes marítimas.
Os grupos pequenos, ou equipes, de
hoje não são como os antigos estudos bíblicos que muitos de nós
frequentaram anos atrás. Naquele tempo, discutíamos a Bíblia e
suas maravilhosas verdades; agora, as pessoas dialogam até que
atinjam uma forma emocional de unidade com base na "empatia" pela
diversidade de visões e valores. O Dr. Robert Klenck descreve o
processo em sua série de três artigos intitulada "O Que Há de
Errado com a Igreja do Século 21?" (disponível em http://www.espada.eti.br/klenck-1.asp):
"O Gerenciamento da Qualidade Total
(TQM) baseia-se na Dialética Hegeliana, inventada por George
Wilhelm Freidrich Hegel, um psicólogo social marxista e
transformacional. Sucintamente, o processo da Dialética Hegeliana
funciona assim: um grupo diverso de pessoas (na igreja, é a
mistura de crentes (tese) com incrédulos (antítese), se reúnem em
um encontro facilitado (com um facilitador / professor / líder de
grupo / agente de transformação treinado), usando dinâmica de
grupo (pressão dos pares), para discutir uma questão social (ou
dialogar a Palavra a Deus), e alcançam um resultado
pré-determinado (consenso, contemporização, ou
síntese)."
"Quando a Palavra de Deus é colocada
como tema de diálogo entre crentes e incrédulos (em vez de ser
ensinada didaticamente)... e o consenso é alcançado — um acordo
com o qual todos se sentem confortáveis — então a mensagem da
Palavra de Deus fica diluída em água, e os participantes são
condicionados a aceitarem (e até a comemorarem) sua
contemporização (a síntese). A nova síntese torna-se o ponto
inicial (tese) para o próximo encontro, e o processo de
transformação (inovação) contínua se repete."
"O medo da alienação do grupo é a
pressão que impede o indivíduo de se posicionar firmemente pela
verdade da Palavra de Deus, e essa pessoa normalmente permanece
calada (autoedição). O temor do homem (a rejeição) torna-se maior
que o temor a Deus. O resultado final é uma "mudança de
paradigma" no modo como a pessoa processa as informações
factuais."
Informações de Pano de Fundo
George Hegel (1770-1831) — Um
ocultista que lançou o fundamento para a lavagem
cerebral comunista. Hoje, sua filosofia da contemporização e o
processo transformacional estão modificando as igrejas, bem como
a política, a educação, as empresas e as cidades.
Karl Marx (1818-1883) — Adotou
a filosofia de Hegel em sua visão de um sistema mundial
comunista/socialista. (Leia o artigo "De Marx a Lênin, Gramsci e
Alinsky", em http://www.espada.eti.br/marx-gramsci.asp.).
Exatamente da mesma forma como Marx,
Lenin e Stalin viam o processo dialético hegeliano como um
instrumento fundamental para gerenciar as massas. Por meio de seu
sistema hierárquico de Sovietes (grupos liderados por
facilitadores treinados que levavam o diálogo do grupo rumo a um
consenso prescrito e em evolução), todos tinham de trocar o
pensamento individual pelo pensamento de grupo e adotar os
valores comunitários. A visão do "bem comum" era simplesmente a
cenoura que justificava o controle total e cruel.
A Organização das Nações Unidas
promove o processo dialético em todo o mundo. Como a mítica fênix
que ressuscita de suas cinzas, a ONU emergiu da feroz devastação
da Segunda Guerra Mundial como um farol de luz para os humanistas
utópicos e seus esperançosos seguidores. Dois anos após o líder
comunista Alger Hiss ter presidido sua fundação, algumas de suas
mais poderosas agências já tinham sido criadas.
A UNESCO (Organização Cultural,
Científica e Educacional das Nações Unidas) — teve como primeiro
presidente Julian Huxley — irmão do escritor Aldous Huxley (autor
de Admirável Mundo Novo) e um socialista fabiano. Ele
colocou o processo dialético no coração do plano de educação
global da UNESCO. Em seu livro UNESCO: Its Purpose and
Philosophy (UNESCO: Seu Propósito e Filosofia), publicado em
1947, ele escreveu:
"A tarefa que está diante da UNESCO é
necessária e oportuna e, apesar de todos os múltiplos detalhes, é
simples. A tarefa é ajudar o aparecimento de uma única cultura
mundial, com sua própria filosofia e pano de fundo de ideias, e
com seu próprio propósito amplo. Isto é oportuno, pois esta é a
primeira vez na história que a plataforma e os mecanismos para
unificação mundial se tornaram disponíveis e também a primeira
vez que o homem tem os meios (na forma de descoberta científica e
suas aplicações) de lançar um alicerce mundial para o bem-estar
físico mínimo de toda a espécie humana. E é necessário, pois no
momento duas filosofias opostas de vida se confrontam a partir do
Ocidente e do Oriente..."
"Você pode categorizar as duas
filosofias como dois supernacionalismos, ou como individualismo
versus coletivismo, ou como o modo de vida americano versus o
modo de vida russo, ou como capitalismo versus comunismo, ou como
cristianismo versus marxismo, ou em seis outras formas... Pode
esse conflito ser evitado, esses opostos serem reconciliados,
essa antítese ser resolvida em uma síntese mais elevada? Acredito
que não somente isto possa acontecer, mas que, por meio da
inexorável dialética da evolução, precisa acontecer..."
.
"Na busca desse objetivo, precisamos
evitar o dogma — seja ele o dogma religioso, ou o dogma
marxista... O Oriente e o Ocidente não concordarão em uma base do
futuro se meramente lançarem um contra o outro as ideias fixas do
passado. Os dogmas são as cristalizações de algum sistema de
pensamento dominante... Para alcançarmos o progresso, precisamos
aprender a descristalizar nossos dogmas." [tradução
nossa].
A OMS (Organização Mundial da
Saúde) — Presidida pelo psiquiatra canadense Brock Chisholm. Ele
resumiu sua filosofia socialista em uma Conferência Sobre Saúde
Mental, em 1946, nos EUA. A mensagem dele foi publicada pela
(agora prestigiosa) revista Psychiatry e por seu amigo
comunista Alger Hiss em sua revista socialista intitulada
International Conciliation (Conciliação Internacional).
Observe os obstáculos à "saúde mental":
"Podemos identificar as razões pelas
quais travamos as guerras? Muitas delas são fáceis de listar —
preconceito, isolacionismo, a capacidade de acreditar
emocionalmente e sem críticas em coisas
irracionais..."
"A única força psicológica capaz de
produzir essas perversões é a moralidade, o conceito de certo e
errado... Por muitas gerações temos curvado nossos pescoços ao
fardo da convicção do pecado. Temos engolido todas as formas de
certezas venenosas oferecidas por nossos pais e pelos professores
das escolas regulares e dominicais..."
"... há tempos tem sido aceito de modo
geral que os pais têm o direito perfeito de impor qualquer ponto
de vista, qualquer mentira ou temor, superstição, preconceito,
ódio ou fé aos seus filhos indefesos. Entretanto, somente
recentemente se tornou um fato comprovado que essas coisas causam
neuroses, desordens comportamentais, incapacidades emocionais e
falhas no desenvolvimento de um estado de maturidade emocional
que permita que alguém se torne um cidadão de uma
democracia..."
"Certamente a educação das crianças em
casa e nas escolas deve ser, no mínimo, uma preocupação pública
tão grande quanto a vacinação para sua própria proteção...
Indivíduos que possuem incapacidades emocionais por seus próprios
temores, culpas e inferioridades, certamente projetarão seus
ódios sobre os outros... Eles são uma ameaça muito real... Custe
o que custar, devemos aprender a viver amigavelmente e em paz
com... todos os povos do mundo..."
"Há algo a ser dito... para
gentilmente colocar de lado os antigos modos equivocados dos
nossos ancestrais, se isso for possível. Se não puder ser feito
gentilmente, deve ser feito hostilmente ou até
violentamente..."
Essas "certezas venenosas" incluem
todas as verdades e valores imutáveis que não podem ser
contemporizados. É por isto que o cristianismo bíblico era — e
continua a ser — incompatível com os padrões mundiais de "saúde
mental". Muitos dos que rejeitam se conformar com as novas
diretrizes sobre tolerância, inclusividade, diálogo em grupo e
adaptabilidade ao plano da ONU para "transformação contínua"
estão enfrentando severas consequências.
Como Karl Marx, os líderes globalistas
de hoje procuram formas de solapar a verdade bíblica. Eles sabem
que o principal obstáculo à solidariedade global é a Palavra de
Deus, que não contemporiza. Eles não podem criar uma "única
cultura mundial" sem primeiro solapar a Verdade absoluta. Afinal,
esta é a razão por que os cristãos eram perseguidos na União
Soviética e nos outros países comunistas!
A ASCD (o braço do currículo da
NEA — Associação Nacional dos Educadores) publicou um livro em
1970 com um capítulo escrito pelo Dr. Raymond Houghton, que prevê
um mundo gerenciado por meio do "diálogo" sutil, porém
manipulador. A advertência dele deve ser um chamado para o
despertar de todos os que amam a verdade e a integridade
factuais.
"... o controle absoluto do
comportamento é iminente... O ponto crítico do controle do
comportamento está sendo colocado furtivamente sobre a humanidade
sem que esta perceba que uma crise está para acontecer. O homem
... nunca conscientemente saberá o que aconteceu."
Em 1955, a UNESCO publicou um
livro intitulado Our Creative Diversity (Nossa Diversidade
Criativa). Ele nos diz:
"O desafio diante da humanidade é
adotar novas formas de pensar, novas formas de agir, novas formas
de se organizar em sociedade, em resumo, novos modos de viver."
[2].
Marc Tucker, o cérebro que está por
trás do sistema Escola Para o Trabalho global atual:
"Nosso objetivo requererá uma mudança
na cultura dominante — as atitudes, valores, normas e fomas
aceitas de fazer as coisas." [3].
Em outras palavras, os antigos modos e
valores cristãos estão superados! O novos modos pós-modernos
subjetivos é que estão na moda. A juventude moderna, já treinada
a seguir os sentimentos e não os fatos (e a cultura de seus
pares, em vez de o conselho dos pais), está marchando alegremente
rumo a uma sociedade coletiva que é amoral e permissiva (pelo
menos por enquanto). Muitos já internalizaram as regras para o
processo dialético:
- Buscar
"terreno comum" no meio da diversidade atual.
-
Mostrar respeito, tolerância e
consideração por todas as crenças e valores (menos para aqueles
que refletem a verdade bíblica).
-
Treinar todos a compartilharem seus
sentimentos, ouvir com simpatia e se identificar com as opiniões
opostas, depois alegremente seguir o consenso do
grupo.
Isto funciona! O processo transforma
os pensadores individuais em pensadores grupais. Como a sensação
de pertencer é agradável, a ameaça de desaprovação do grupo inibe
os membros de expressarem verbalmente suas opiniões
"ofensivas".
O Dicionário Webster define a palavra
dialética como "(Filosofia Hegeliana) um desenvolvimento
lógico e subjetivo no pensamento, a partir de uma TESE, passando
por uma ANTÍTESE e chegando a uma SÍNTESE, ou... uma contínua
unificação dos opostos."
No processo dialético, precisam
existir dois ou mais lados para tudo. Nada é absoluto; tudo está
mudando em uma direção pré-planejada. Como Ismail Serageldin,
ex-vice-presidente do Banco Mundial, disse na Conferência da ONU
de 1996 Sobre Assentamentos Humanos (Habitat II), em Istanbul, na
Turquia: "Devemos apenas garantir que a mudança e a transformação
social estejam ocorrendo na direção correta."
O povo americano permitirá que o
controle do governo e o coletivismo substituam a liberdade e o
individualismo? Pode apostar que sim! Da mesma forma fará o resto
do mundo. Essa transformação social está bem avançada e as massas
simplesmente seguem com a mudança. Planejada mais de cem anos
atrás, a estrutura para gerenciar e monitorar essa revolução em
escala mundial foi estabelecida por volta de 1945.
O amigo de Chisholm, Alger Hiss,
concordava. Em 1948, o infame espião soviético publicou a
mensagem de Chisholm sobre saúde mental em sua revista socialista
International Conciliation. Hiss, que era então presidente
do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, acrescentou seu
próprio Prefácio, que mostrou o envolvimento da Fundação
Rockefeller no movimento de saúde mental.
Anteriormente, outro amigo leal tinha
lançado um nova revista, chamada Psychiatry, que ganharia
imenso prestígio por volta do fim do século. Seu proprietário, o
psiquiatra americano Harry Stack Sullivan, também publicou a
mensagem de Chisholm.
O Dr. Sullivan e o Dr. Chisholm tinham
trabalhado em conjunto com o general-de-brigada britânico John
Rawlings Rees. O Dr. Rees tinha ajudado a fundar o Instituto
Tavistock de Psicologia Médica, onde nasceu o infame Instituto
Tavistock de Relações Humanas...
O Dr. Rees tinha planejado uma ONG
(Organização Não-Governamental) global que faria uma rede com os
líderes políticos e civis de todo o mundo. Sua liderança levou à
criação da Federação Mundial para a Saúde Mental, em 1948. Ela
usufruiria de um "relacionamento consultivo com várias agências
da ONU e... grupos nacionais", porém permaneceria livre da
supervisão por parte do governo.
O Dr. Chisholm, Margaret Mead (a
segunda presidente da federação) e outros cientistas sociais de
dez países escreveram o documento de fundação, "Saúde Mental e
Cidadania Mundial". Observe a atitude deles com relação aos
valores tradicionais:
"As instituições sociais como a
família e a escola impõem suas marcas digitais bem cedo... O
homem e a mulher em quem esses padrões de atitude e comportamento
foram incorporados apresentam resistência imediata às
transformações sociais, econômicas e políticas. Assim, o
preconceito, hostilidade ou nacionalismo excessivos podem se
tornar profundamente incorporados na personalidade em formação...
frequentemente a um grande custo humano."
"... a transformação encontrará grande
resistência, a não ser que uma atitude de aceitação tenha sido
primeiro engendrada."
Hoje, mais de meio século depois, essa
"atitude de aceitação" está construída. As nações de todo o mundo
estão rapidamente se conformando ao padrão definido nos anos
1940s. A rede global de parceiros em "saúde mental" está
trabalhando para evitar qualquer coisa que possa obstruir o
pensamento coletivo "positivo" na aldeia global que está
surgindo.
A imigração em massa (planejada já nos
anos 1940s) e conflitos multiculturais fizeram aumentar a
urgência e a crise intencional ajudou a promover as soluções
pré-planejadas. Hoje, estratégias para a mudança social, tais
como o pensamento de grupo, solução de conflitos, criação de
consenso e contemporização contínua estão se tornando a norma.
Todos eles estão baseados no Processo Dialético utilizado na
antiga União Soviética para conformar as mentes à ideologia
soviética...
O Islã pode não combinar com o modelo
da ONU para uma espiritualidade global, mas sua influência em
expansão o torna uma ferramenta útil nas mãos dos agentes de
transformação.
Lembre-se do processo dialético
hegeliano (Processo do Consenso). A classe discute uma história
ou uma experiência provocativa. Os alunos compartilham suas
opiniões, emoções e ideias ao grupo. Todos precisam buscar um
"terreno comum" e sentir empatia pelas ideias contrárias.
Refutações factuais que possam ofender um membro do grupo não são
permitidas. Em todo o diálogo, um facilitador treinado guia o
grupo de volta para o caminho se ocorrer algum desvio do rumo em
direção ao consenso prescrito ou à conclusão do grupo.
Quando sugestões islâmicas de se
sentir bem se tornam parte dessa mistura, elas ajudam a desviar o
consenso um pouco mais para longe da posição cristã. Quantos
alunos da sétima série do Ensino Fundamental são fortes o
suficiente em sua fé para discordarem de uma conclusão do grupo
que Alá e Deus são o mesmo? Quem se atreve a expressar a
singularidade de Cristo, quando até o príncipe Charles, o
primeiro na linha sucessória ao trono britânico diz:
"Compartilhamos como muçulmanos e cristãos de uma essência
poderosa de crença espiritual — em um Deus"?
Esta tática — usada anos atrás para
doutrinar as crianças soviéticas com a ideologia comunista —
agora pressiona as crianças nascidas em lares cristãos a "abrirem
suas mentes" para as novas combinações religiosas. O Islã se
torna uma pedra a ser pisada na travessia do rio, não um fim. Ele
alarga as opções. Como parte de um programa de sala de aula, ele
sujeita a fé pessoal de uma criança a um processo grupal
psicossocial que pressiona os alunos à contemporização: trocar as
convicções pessoais por um "terreno comum"
pré-planejado.
E aqui está a chave. Vivemos em um
mundo em que — como os educadores, políticos e gerentes nas
empresas gostam de nos fazer lembrar — "a única constante é a
mudança". O objetivo principal é desconectar as crianças de suas
antigas âncoras espirituais para que suas mentes possam seguir as
transformações e as soluções de grupo gerenciadas
atuais.
A "práxis" é a chave para a
transformação — ela era uma parte vital da lavagem cerebral
soviética. Isto significa que os grupos dialéticos precisam
aplicar continuamente novas informações sobre a teoria comunista
e os valores socialistas. Como os educadores da atualidade gostam
de dizer, "o aprendizado" precisa ser prático e experimental: não
existe a necessidade de memorizar fatos desnecessários sobre a
história e a ciência que possam estar em conflito com a nova
visão. A prática contínua torna a nova forma de pensar tão
natural quanto o ato de andar. Fechar os ouvidos aos "inimigos"
que resistem a esse processo se torna tão habitual quanto trancar
a porta da casa.
Excerto do livro UNESCO: Its
Purpose and its Philosophy, de Julian Huxley, primeiro
diretor-geral da UNESCO:
"A tarefa que está diante da UNESCO é
necessária e oportuna e, apesar de todos os múltiplos detalhes, é
simples. A tarefa é ajudar o aparecimento de uma única cultura
mundial, com sua própria filosofia e pano de fundo de ideias, e
com seu próprio propósito amplo. Isto é oportuno, pois esta é a
primeira vez na história que a plataforma e os mecanismos para
unificação mundial se tornaram disponíveis e também a primeira
vez que o homem tem os meios (na forma de descoberta científica e
suas aplicações) de lançar um alicerce mundial para o bem-estar
físico mínimo de toda a espécie humana. E é necessário, pois no
momento duas filosofias opostas de vida se confrontam a partir do
Ocidente e do Oriente..."
"Você pode categorizar as duas
filosofias como dois supernacionalismos, ou como individualismo
versus coletivismo, ou como o modo de vida americano versus o
modo de vida russo, ou como capitalismo versus comunismo, ou como
cristianismo versus marxismo, ou em seis outras formas... Pode
esse conflito ser evitado, esses opostos serem reconciliados,
essa antítese ser resolvida em uma síntese mais elevada? Acredito
que não somente isto possa acontecer, mas que, por meio da
inexorável dialética da evolução, precisa acontecer..." [16;
tradução nossa; ênfase no original].
"Ao perseguir esse objetivo, devemos
evitar os dogmas — seja o dogma teológico ou o dogma marxista...
O Oriente e o Ocidente não concordarão numa base no futuro se
meramente lançarem um contra outro as idéias fixas do passado. É
isso que dogmas são — cristalizações de algum sistema dominante
de pensamento... Para alcançarmos progresso, precisamos aprender
a descristalizar nossos dogmas."
Os grupos ou equipes precisam ser
treinados para desaprovar se qualquer membro deixar de demonstrar
respeito, apreço e tolerância por todas as crenças e posições que
se choquem com a sua própria. Em outras palavras, a intolerância
precisa ser usada para intimidar os dissidentes a aderirem às
regras do jogo. Não existe liberdade para compartilhar fatos ou
verdades "divisivos". Em vez disso, cada pessoa precisa ouvir com
empatia, procurar se identificar com as emoções diversas e se
juntar à busca por "terreno comum".
As questões podem mudar de semana a
semana, mas com cada encontro do grupo, esse processo dialético
se torna cada vez mais habitual e "normal". Se uma pessoa tem uma
crença particular (tese) com relação a uma questão atual, ela
ouve e se identifica com uma noção oposta e conflitante (uma
antítese). Sob a liderança de um facilitador treinado, o diálogo
avança rumo a uma nova síntese, uma combinação dos dois opostos.
Semana após semana, a antiga síntese se torna uma nova tese, que
por sua vez se combina com outras novas visões (antíteses) e uma
nova síntese é encontrada. Este processo se repete
sucessivamente... A mudança se torna a norma e os opostos como as
cores preta e branca se aproximam cada vez mais para atingirem
uma perfeita e mútua cor cinza.
Em sua busca compulsória por terreno
comum, os alunos aprendem que precisam existir dois ou mais lados
em todas as coisas. Todos os membros do grupo precisam apresentar
suas visões pessoais, receber comentários e opiniões do grupo e
buscar um consenso evolutivo. Tese + Antítese = Síntese (que se
torna a nova Tese) + Nova Antítese = Nova Síntese... O objetivo
principal é aprender o raciocínio dialético e o pensamento de
grupo, não o conteúdo. Qualquer resultado que seja produzido por
esse pensamento de grupo poderá ser modificado amanhã.
Como resultado da imigração que
ocorreu para dentro deste país, uma sala de aula no ensino médio,
como também uma equipe de funcionários em uma empresa,
provavelmente incluirá membros que favoreçam o islã, o budismo, o
hinduísmo, a bruxaria e as várias versões de "cristianismo".
Nesse cenário multicultural, cada pessoa será desafiada a abrir
mão de suas certezas e a se dispor a adotar a síntese em mutação
constante do grupo.
A Dialética Hegeliana se tornou uma
pedra fundamental não somente do sistema educacional global, mas
do Gerenciamento da Qualidade Total (TQM) em todos os tipos de
organizações governamentais, corporativas e privadas em todo o
mundo. Enquanto isso, os programas de treinamento, a tecnologia
de avaliação e os sistemas de rastreamento de dados que
complementam e monitoram esse processo psicossocial estão se
tornando cada vez mais sofisticados e intrusivos.
Nossa sociedade pós-moderna mostra os
efeitos dessa ideologia revolucionária. Portanto, não deve ser
surpresa para nós que uma professora da quinta-série em uma
escola do ensino fundamental na região de Seattle tenha usado a
intimidação para torcer a verdade absoluta de um aluno e torná-la
uma opinião pessoal. Ela tinha dito para a classe completar a
frase: 'Se pudesse desejar três coisas, eu
escolheria..."
Um aluno cristão escreveu
"infinitamente mais desejos, encontrar Deus e que todos meus
amigos sejam cristãos". Como os desejos de cada aluno seriam
colocados na parede para uma exposição promovida pela escola e
que seria aberta ao público, eles tinham de ser absolutamente
corretos. Mas, os desejos escritos por Mateus não foram
aprovados. A professora lhe disse que seu último desejo poderia
ofender aqueles que não compartilhavam de suas crenças. Mateus
não queria ofender ninguém, de modo que concordou em acrescentar
"se eles quiserem".
Ele também tinha de completar outra
frase que iniciava assim: "Se eu pudesse me encontrar com uma
pessoa, gostaria de me encontrar com..." Mateus escreveu: "Deus,
pois é o nosso Criador!". A professora lhe disse para acrescentar
"em minha opinião" na frase.
Quando os pais de Mateus visitaram a
escola durante a exposição, observaram as correções que tinham
sido feitas.
"— Por que você acrescentou isto?", sua mãe
perguntou.
"— A professora não queria que eu
ofendesse os sentimentos das outras pessoas."
"— Mas estes
são apenas os seus desejos..."
"— Foi o que pensei."
Mateus parecia confuso. Mais tarde, a
professora explicou para os pais dele que queria "diversidade" em
sua classe e estava cuidando dos outros alunos. Mas por que
Mateus não podia compartilhar suas opiniões?
"— Tento instilar as verdades de Deus
em meu filho", disse o pai de Mateus, "mas parece que a escola
quer removê-las."
Ele está correto. A verdade absoluta e
os fatos contrários se chocam com a mentalidade necessária para
os sistemas de gerenciamento globais. A unidade planejada exige
"um novo modo de pensar, novas estratégias, novos comportamentos
e novas crenças" que viram a Palavra de Deus e os valores
cristãos de cabeça para baixo. A discussão em grupo sob a
liderança de um facilitador é a chave para a transformação e o
plano da UNESCO para "aprendizado por toda a vida" propõe a
participação universal. Em toda a parte, os jovens e os idosos
precisam ser treinados para pensar e trabalhar
coletivamente.
O professor Benjamin Bloom, chamado de
"Pai da Educação Orientada para Resultados" (também chamada de
Educação Pragmática), resumiu bem:
"O propósito da educação e das escolas
é modificar os pensamentos, sentimentos e ações dos alunos... uma
grande parte daquilo que chamamos de 'bom ensino' é a capacidade
do professor de alcançar objetivos afetivos por meio do desafio
das crenças estabelecidas dos alunos e levá-los a discutir as
questões."
Como o último comentário de Mateus
expunha suas "crenças estabelecidas", a professora as desafiou.
Verdades absolutas como "Deus nos criou" não podem ser
modificadas ou sintetizadas para agradar ao grupo. Aqueles que
adotam uma posição firme com base na verdade ou nos fatos
resistem à contemporização e ofendem o grupo.
Este processo de transformação da
mente (a Dialética Hegeliana) exigia que os alunos nos países
comunistas "confessassem" seus pensamentos e sentimentos em seus
respectivos grupos. Professores-facilitadores treinados guiavam
então o diálogo no grupo em direção a um consenso pré-planejado.
A tese original e a antítese — visões opostas, como cristianismo
versus marxismo — seriam fundidos ou sintetizados em "verdades"
mais elevadas e sempre em evolução.
Esse programa revolucionário foi
incorporado oficialmente na educação pública nos EUA em 1995,
quando o presidente Ronald Reagan e o presidente soviético
Gorbachev assinaram o Acordo de Intercâmbio em Educação EUA-URSS.
Esse acordo colocou a tecnologia americana nas mãos dos
estrategistas comunistas e sancionou o uso das estratégias
psicossociais soviéticas, incluindo a mídia de massa. Como Julian
Huxley sugeriu em 1947:
"As técnicas de persuasão, as
informações e a verdadeira propaganda precisam ser
deliberadamente usadas como Lenin imaginou — para superar a
resistência de milhões à mudança desejada."
Hoje, uma versão mais sofisticada
desse processo de lavagem cerebral dirige a transformação
social... ela ajuda a erradicar o individualismo e as atitudes
"intolerantes" que poderiam produzir conflito e divisão. Quando
vinculados a um grupo e treinados nas novas regras relacionais,
poucos se atrevem a ofender a maioria e tomar uma posição
contrária.
"Nós nos movemos para uma nova era",
disse a Dra. Shirley McCune, oradora na Conferência do Governador
Sobre Educação, em 1989. "O que estamos vendo é a total
reestruturação da sociedade.... Não estamos mais ensinando fatos
para as crianças."
As massas precisam aprender a achar
que os valores tradicionais são uma ameaça intolerável à paz e os
cristãos precisam estar dispostos a trocar seus absolutos dados
por Deus pela visão de Huxley de verdades em evolução e
pensamento coletivo."
Mas a Palavra de Deus diz:
"E não sede conformados com este mundo, mas
sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de
Deus.". Portanto, que nosso lema seja "Mais importa obedecer a Deus do que aos
homens." [Romanos 12:2 e Atos 5:29].
Excerto do livro Brave New Schools,
Cp 3: A New Way of Thinking:
Um conjunto de diretrizes para
discussão em grupo foi dado aos alunos na Escola de Segundo Grau
Homestead, em Cupertino, na Califórnia, junto com uma versão
recente da famosa e muito usada "Lição do Abrigo Nuclear".
Considere as seguintes diretrizes na lição:
Discussão em Grupo
A discussão em grupo é uma forma de
pensar juntos. Ela é um método de criar um banco de ideias e
informações, suas e dos outros, e chegar a algumas conclusões
gerais. Um líder geralmente guia o processo do grupo, mas cada
pessoa precisa ter a responsabilidade de contribuir com a sua
parte.
Propósito da
discussão em Grupo
Parece bom, não é mesmo? Entretanto,
"criar um banco de ideias e informações" se refere ao processo da
síntese, o que significa que o grupo precisa chegar a algum tipo
de consenso. Por exemplo, quando um menino vê um amigo roubar um
livro, ele deve ser honesto e dizer a verdade, ou deve ser leal
ao seu amigo e contar uma mentira? Os alunos chegam ao consenso
em conjunto.
Tese: a
crença de uma criança no Grande Espírito + Antítese: a crença de outra criança em
Deus = Síntese: nova crença
conjunta na existência de muitos deuses.
|
Eis aqui como o processo poderia
funcionar: se uma pessoa crê em Deus (Tese 1), outra em Buda
(Tese 2) e outra no Grande Espírito (Tese 3), elas podem
concordar que "existem muitos deuses" ou que "todos os caminhos
levam à mesma realidade final". Essa nova tese, é claro, não
seria considerada absoluta, ou a verdade final. Ela seria
meramente uma etapa mais elevada na evolução que está acontecendo
rumo a uma compreensão e perfeição cada vez maiores.
Para "controlar os 90% restantes", que
agem e pensam de forma individualista, os ex-líderes comunistas
colocaram todos os seus súditos — trabalhadores, gerentes,
prisioneiros e alunos — em "Sovietes" (grupos ou conselhos)
locais, onde eles eram treinados no Processo Dialético do
filósofo George Hegel. Eles tinham de:
- Compartilhar
pensamentos e noções [Agora saudadas como
"autenticidade"].
- Confessar as
atitudes contrárias [Veja Lavagem Cerebral e Reforma da
Educação].
- Escrever
autocríticas para a avaliação do grupo.
- Celebrar os
ideais e os heróis comunistas.
- Comprometer-se
a seguir o consenso do grupo.
- Praticar
aquilo que o grupo (liderado pelo facilitador) decidisse.
[Práxis].
O processo dialético é agora o ponto
central dos sistemas de administração em todo o mundo. Criado
para conformar todas as mentes a uma visão comum e a uma missão
(ou propósito), ele propõe regras que proíbem as verdades
divisivas, mas que exigem a tolerância aos valores corruptos do
mundo.
Esse processo foi descrito em nosso
artigo "Os Grupos Pequenos e o Processo Dialético" (http://www.espada.eti.br/db039.asp), que resume as
estratégias ensinadas no livro Leading Congregational
Change (LCC). "Esse é um livro que você deve ler antes de
mudar qualquer coisa", escreveu Rick Warren em seu caloroso
endosso na quarta capa.
Se você quiser proteger a mente de
seus filhos, veja a seguinte lista de coisas a fazer:
Conheça a verdade bíblica — a única
fonte de genuína sabedoria (Provérbios 2:6).
- Aprenda os
fatos necessários para defender aquilo que eles conhecem e
acreditam.
- Reconheça a
diferença entre lógica e especulação.
- Firme os
planos pessoais na realidade, não na fantasia.
- Confie na
ciência genuína baseada em fatos e na lógica, não na
pseudo-ciência ou na psicologia social.
- Aprenda as
lições encontradas no estudo factual da história.
- Baseie ações
no pensamento objetivo, não nas emoções subjetivas.
Deus diz: "Educa
a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer
não se desviará dele." [Provérbios 22:6].
Autora: Berit Kjos (Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to)
Data da publicação: 1/5/2011
Transferido para a área pública em 5/8/2012
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito:
http://www.espada.eti.br/dialetica.asp
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