Se a vida imita a arte ou não, depende dos olhos de quem está observando e [...] No mundo contemporâneo, estamos subjugados à lei da competição, da acumulação privada, do uso intensivo e abusivo do trabalho. Não há mais trocas no âmbito pessoal. Sendo assim, a intimidade da qual surgem os primórdios dos sonhos, do pensamento, dos afetos e da poesia, foi invadido pelo coletivo anônimo. Nesse sentido, caminhamos para a total perda da subjetividade do indivíduo dentro de uma sociedade que “busca” ser cidadã. Uma sociedade em que a violência caótica se torna a regra. Os novos paradigmas da sociedade dos humanos são: instabilidade, insegurança, pânico, violência, pornografia, minimalismo estético e mental que, juntamente com a velocidade e o ataque feroz de todos os níveis de informação, nos coloca no centro do furacão que se tornou a vida urbana. É impossível não sofrer as influências nefastas do mundo capitalista, em que o ser foi transformado em um número com a função específica de produzir novos números, podendo ser um superávit, desde que explorado corretamente, ou com um déficit, se não conduzido adequadamente. Vivemos sob o peso de um arquétipo típico de nosso tempo – o mito da eficiência (Texto ensaio: Gráficos e Traços, ALVES, 2005).
O mundo está em constante mudança, sempre com uma nova roupagem tecnológica, mas o ser humano é o mesmo, as mesmas necessidades, de amor, carinho, amizade, paz, saúde, etc. O homem não mudou, o que mudou foi a formação do Ser Humano, que está sendo moldado para atender interesses daqueles que tem o poder econômico e o controle da mídia global.
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