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“Sei que o Teu amor dura para
sempre e que a Tua fidelidade é tão firme como o céu.”
Salmos 89.2
O céu...
Que lindo e misterioso é o céu...
Que fascínio ele exerce sobre nós, meros mortais!
Na imensidão da sua grandeza, o céu sempre tem uma
novidade com que nos presentear. Ele vive uma mudança constante, e nunca se
repete idêntico a outro céu anterior. Nem de dia, quando desenhos únicos são
riscados pelas mãos do Divino Artista para nos inspirar à vida, debaixo daquele
gigantesco painel azul e branco, e nem de noite, quando das estrelas, sempre em
movimento – como todo corpo celeste no cosmo – bailam, brilham e encantam, num
espetáculo fenomenal que se encerra a cada manhã, ao fechar das cortinas dos
raios do sol sobre a noite. E, como cortesia, oferece novamente um céu diferente
a essa nossa plateia enlevada.
Às vezes, sua face se compadece, e chora um sereno
tranquilo, suave, que rega gentilmente a terra e faz brotar vida. Outras vezes,
parece nervoso, justiceiro, imponente, e agitadas nuvens escuras assombram os
seres, esbravejam trovões, cospem raios, abrem suas comportas e inundam tudo
debaixo delas.
Mas é fato que o céu muitas vezes também é romântico,
e que empresta aos corações apaixonados a ternura da sua lua cheia e o saliente
fulgor das estrelas, iluminando o espírito poético e despertando desejos inenarráveis,
almas à dentro.
E há muitos daqueles dias em que o céu parece menino
faceiro, tirando onda com um sol manhoso logo pela manhã, fazendo gracinhas,
soprando ventinhos daqui e dali, assanhando os cabelos e as saias das meninas,
empinando sonhos com a leveza de pipas coloridas soltas por crianças numa praça
verde.
Por um tempo, o céu serve à terra com a chuva, mas
logo retorna o lugar de cada nuvem branca e prossegue no seu favor de nos
fornecer o sol. Por um tempo, o céu se veste de noite e, galante, rouba-nos
suspiros, mas logo se despe do traje de festa e compõe-se de roupa de trabalho,
como um operário cujo ofício é nos dar condições favoráveis para trabalharmos e
levantarmos nosso sustento.
O céu forma muitas formas e se transforma
constantemente, mas permanece firme. Permanece céu. Permanece lindo. Permanece perfeito. Faz-se,
pois, muito conveniente a comparação do salmista: “[...] a Tua fidelidade é tão
firme como o céu” (Salmo 89.2).
Deus tem Suas horas de doce encanto, Seus momentos de
ira, Seus momentos de instrução paciente, de afagos gentis, ou um de silencioso
observar... Mas continua sendo Deus, continua sendo o Senhor, continua
perfeito, continua fiel ao que é e à palavra que diz. Continua firme como o céu.
(Ou melhor: certamente é o céu quem se inspira em Deus.)
O céu, com seus mistérios e encantos, é uma grande
expressão da grandeza, da genialidade, da criatividade e da bondade de Deus. Que
grande sinal azul o Eterno nos deixou por lembrete, para que em nenhum momento e
em nenhum lugar do mundo nos sintamos sozinhos, enfraquecidos, frios, desprovidos
da graça do Pai.
Basta erguermos nossos olhos e contemplarmos. Assim como
o céu nunca deixa de estar sobre nós, assim também Deus jamais nos perde de
vista. Tal como o céu se estende num gigantesco abraço sobre a Terra, seja em
dias quentes ou frios, secos ou chuvosos, o abraço do Senhor, seja em que
circunstância for, nos envolve e acolhe, nos beneficia e sustenta.
É nas alturas onde o céu está. E é de lá que o Senhor
nos vê.
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