sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Apesar da ameaça dos eurocratas, prefeitura de Moscou de novo proíbe parada gay

Matthew Cullinan Hoffman

2012 (LifeSiteNews.com) — A prefeitura de Moscou recusou dar uma licença para a parada do orgulho gay pelo sétimo ano consecutivo, desafiando uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos contra a cidade em 2010 que resultou em dezenas de milhares de dólares em multas.
Prometendo que “recorreria no tribunal na segunda-feira”, o ativista homossexual Nikolai Alexeyev acrescentou que “realizaremos a parada de qualquer jeito”.
Em anos anteriores ativistas gays buscaram desafiar a proibição às suas paradas, mas a polícia rapidamente os prendeu ou dispersou.
O site homossexualista Rússia Gay informa que a prefeitura de Moscou respondeu à petição deste ano declarando que tal parada provocaria “uma reação negativa na sociedade”.
“Na opinião dos cidadãos, atividades associadas ao debate de relações sexuais, abertas em áreas públicas, é uma provocação, causando danos morais às crianças e adolescentes”, declarou a prefeitura, acrescentando que tais paradas “insultam o senso religioso e moral” dos cidadãos e mostram “condições abjetas e desumanizadoras”.
O local proposto para a parada, comentou a prefeitura, está “no centro histórico de Moscou, que é um lugar favorito para crianças e famílias de moscovitas e visitantes. Nesse aspecto, a realização de eventos públicos pode provocar ações ilegais contra os indivíduos que não compartilham suas opiniões”. A prefeitura avisou que se a parada gay for em frente conforme está planejado, os participantes “poderão ser levados a juízo do jeito prescrito”.
Os organizadores da parada prometeram excluir palavras obscenas e nudez, mas não conseguiram convencer as autoridades a permitir o evento. As paradas de orgulho gay no mundo inteiro são muitas vezes cenários de nudez, gestos e sinais obscenos, zombaria aos símbolos religiosos e atos simulados e até mesmo reais de sodomia, à vista de todo o público.
Tanto o atual prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, quanto seu antecessor, Yury Luzhkov, são conhecidos por sua firme oposição às paradas gays desde que os ativistas gays propuseram pela primeira vez tais paradas há sete anos, e Luzhkov de modo particular chamou-as de “satânicas”.
Uma oposição semelhante foi expressa pelos líderes de todos os grandes grupos religiosos da Rússia, inclusive do patriarca ortodoxo russo Alexis II, o rabino-mor da Rússia Berl Lazar e o mufti Talgat Tajuddin, cabeça da Junta Muçulmana Espiritual Central.
Oposição à propaganda homossexual na Rússia é uma posição que a vasta maioria dos cidadãos tem, de acordo com pesquisas de opinião pública.
Uma pesquisa de opinião pública deste ano conduzida pela agência estatal de pesquisa de opinião pública VTsIOM mostrou que 86 por cento dos 1.600 entrevistados na Rússia inteira disseram que apoiam leis proibindo a promoção das relações homossexuais. Uma pesquisa de opinião pública de 2010 revelou que 74 por cento dos russos disseram que os homossexuais são “moralmente depravados ou aleijados” e acreditam que a homossexualidade é “uma perversão mental amoral”.

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