Internacional - Oriente Médio
Ayoob Kara e os demais drusos demonstram, por sua própria existência, que Israel dificilmente é o país do apartheid que Jimmy Carter e outros esquerdistas acusam ser.
Retornei recentemente de uma inesquecível viagem de duas semanas a Israel com os Jovens Conservadores de Israel. Enquanto estava lá, nós falamos com membros do Knesset (Parlamento) israelense e do Ministério de Relações Exteriores, e percorremos partes do país – como Hebron e Sderot – os quais a maioria dos grupos americanos jamais visita tanto porque são perigosos quanto por serem politicamente incorretos.
Aqui estão sete coisas fascinantes que eu aprendi por lá e que valem a pena compartilhar:
1) Eu tive a oportunidade de visitar os centros de operações da “Salve o Coração de uma Criança”,
um serviço médico de caridade israelense que providencia cirurgias de
coração para crianças não judias em carência de ajuda, sem qualquer
custo. Desde sua instalação em 1995, a organização literalmente salvou a
vida de 3 mil crianças não judias, 50% das quais vieram de Gaza, Cisjordânia e Iraque.
Quando
eu ouvi essas estatísticas eu não acreditei. Eu perguntei a uma
funcionaria se aquela organização incrível contribuía para melhorar a
imagem de Israel nos territórios palestinos, já que a “Salve o Coração
de uma Criança” certamente teria ajudado muitas famílias que desprezavam
o Estado Judeu. Ela respondeu: “Nos esperamos que sim”.
2)
Existem duas agências de refugiados das Nações Unidas no mundo: a
primeira é a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da
Palestina (UNRWA) para 5 milhões de refugiados palestinos (os quais
incluem os descendentes dos 500 mil refugiados palestinos originais
decorrentes da Guerra de Independência de Israel), que emprega 30 mil
funcionários. A UNRWA não reacomodou quaisquer palestinos até hoje.
A
segunda agência de refugiados é o Alto Comissariado das Nações Unidas
para Refugiados (UNHCR), que auxilia qualquer outro refugiado no mundo –
incluindo 100 milhões de pessoas desalojadas durante os últimos 50 anos
– e que emprega 7 mil pessoas. A UNHCR reacomodou dezenas de milhões de
refugiados.
Observando
esses números, alguém poderia pensar que a causa palestina é de algum
modo moralmente superior à de todos os demais refugiados de guerra.
Afinal, por que tantos funcionários trabalhando por um grupo de pessoas
dramaticamente menor? Porém, se os palestinos são únicos é apenas por
sua inferioridade moral, uma vez que eles são o único grupo de
refugiados que regularmente comete atos de terrorismo contra civis
inocentes.
Outra
pergunta óbvia: por que a UNRWA não reacomoda os refugiados palestinos?
A resposta, é claro, é que os Estados Árabes vizinhos preferem que
esses refugiados permaneçam como um espinho no flanco israelense a
ajuda-los a começar uma nova vida. A UNRWA se alegra em omitir-se.
3) Alguns fatos interessantes sobre a direita política em Israel.
Há
muitos na direita israelense que não prezam a relação EUA-Israel, e
pensam que ela traz mais prejuízos do que vantagens (eles não são
grandes fãs do Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel (AIPAC)). E eles
não estão falando apenas da era Obama. Muitos deles, inclusive Moshe
Feiglin (adversário político de Netanyahu e vinculado ao Likud), pensa
que os EUA trançam muitas amarras em troca de seu apoio; eles consideram
que os Estados Unidos rotineiramente forçam Israel a fazer concessões
unilaterais; e pensam que Israel precisa se tornar independente da
América e mais auto-subsistente na arena internacional. De fato, o Sr.
Feiglin nos contou que ele não se importa se Obama ou Romney vencerá a
eleição, uma vez que Israel pode se cuidar sozinho. Muito de nós da
Jovens Conservadores de Israel objetaram a opinião dele, mas sem sucesso.
Outra
dinâmica interessante na política israelense nos foi apresentada por
Gil Hoffman, o Correspondente Chefe da seção de política do Jerusalem
Post. Ele nos contou que vários membros da direita de Israel torcem para
que o Presidente Obama seja reeleito, uma vez que, tendo ele se
mostrado um fracasso no processo de paz, eles acreditam que Israel não
vai ceder qualquer território enquanto ele for presidente. Do
mesmo modo, eles temem que Netanyahu confie no Presidente Romney, o que
poderia acelerar o processo de paz, eventualmente resultando em
concessões israelenses. Conforme o Sr. Hoffman nos disse, “o processo de
paz não ocorre por causa do Presidente dos Estados Unidos”. Por essa
razão, muitos membros da esquerda israelense estão preocupados com a
reeleição de Obama.
4)
Muitos árabes nos territórios “ocupados” trabalham na construção civil
para os assentamentos israelenses. Isso mesmo – muitos árabes têm
empregos porque eles constroem aqueles assentamentos terríveis que o
Presidente Obama furiosamente buscou interromper. De acordo com o Rabbi Ben Packer, quando a construção dos assentamentos desacelera, o nível de empregos árabes reduz na mesma proporção.
5)
Vários israelenses com os quais eu conversei são muito amargurados pela
manutenção da detenção de Jonathan Pollard – o espião israelense que
permanece preso nos EUA há 27 anos. Houve muitos no Governo de Israel
que quiseram que Shimon Peres se recusasse a aceitar a Medalha
Presidencial da Liberdade de Obama, a menos que Pollard fosse libertado.
Obviamente, isso não aconteceu. Moshe Feiglin nos contou que ele não se
sente a vontade celebrando o dia da independência em 4 de julho
enquanto seu “irmão” Jonathan Pollard ainda está preso.
6)
Há um membro do Likud no Knesset israelense , Ayoob Kara, que faria
Bibi Netanyahu parecer Jeremy Ben Ami. O Sr. Kara é extremamente austero
em relação aos assuntos da segurança israelense, e não acredita na
possibilidade de dois estados porque “isso causaria guerra”. Ele crê que
Israel “deve ser forte e permanecer judeu”, e comanda o movimento para
aprovar a lei de lealdade israelense, que tantos na esquerda ralhavam
contra. Ele comunicou sua fidelidade a Israel, dizendo: “Eu daria todos
meus tios e irmãos por Israel”. Ele nos contou que o problema com o
Oriente Médio é os fundamentalismo islâmico, e que tal região do mundo
não está pronta para a democracia – uma crítica para a chamada
“Primavera Árabe”.
Agora,
você deve estar se perguntando por que as posições direitistas do Sr.
Kara são significantes. Bem, porque ele é um árabe não judeu, e um
membro da singular religião dos drusos. Os drusos, cujo número é de
cerca de 100 mil em Israel, servem nas forças armadas israelenses e são,
em geral, muito leais ao Estado Judeu. Ayoob Kara e os demais drusos
demonstram, por sua própria existência, que Israel dificilmente é o país
do apartheid que Jimmy Carter e outros esquerdistas acusam ser.
7)
Finalmente, aqui está mais um fato importante para aqueles que pensam
que Israel é um país racista que oprime suas minorias. De 120 membros do
Knesset israelense (legislatura de Israel), uma relação de 16 são
atualmente não judeus, incluindo Haneen Zoabi, que estava na Flotilha de
Gaza. A despeito de ter participado de um ato de guerra contra seu
país, ela permanece no cargo. Parece, portanto, que na verdade Israel
faz todo o possível para proteger suas minorias, mesmo aquelas que
apoiam seus inimigos.
Da FrontPage Magazine.
Original em: http://frontpagemag.com/2012/
fascinating-things-i-learned-
fonte: midia sem mascara
Tradução: Tiago Venson
Tradução: Tiago Venson
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