sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sete coisas fascinantes que aprendi em Israel

Ayoob Kara e os demais drusos demonstram, por sua própria existência, que Israel dificilmente é o país do apartheid que Jimmy Carter e outros esquerdistas acusam ser.

Retornei recentemente de uma inesquecível viagem de duas semanas a Israel com os 
Jovens Conservadores de Israel. Enquanto estava lá, nós falamos com membros do Knesset (Parlamento) israelense e do Ministério de Relações Exteriores, e percorremos partes do país – como Hebron e Sderot – os quais a maioria dos grupos americanos jamais visita tanto porque são perigosos quanto por serem politicamente incorretos.
Aqui estão sete coisas fascinantes que eu aprendi por lá e que valem a pena compartilhar:
1) Eu tive a oportunidade de visitar os centros de operações da “Salve o Coração de uma Criança”, um serviço médico de caridade israelense que providencia cirurgias de coração para crianças não judias em carência de ajuda, sem qualquer custo. Desde sua instalação em 1995, a organização literalmente salvou a vida de 3 mil crianças não judias, 50% das quais vieram de Gaza, Cisjordânia e Iraque.
Quando eu ouvi essas estatísticas eu não acreditei. Eu perguntei a uma funcionaria se aquela organização incrível contribuía para melhorar a imagem de Israel nos territórios palestinos, já que a “Salve o Coração de uma Criança” certamente teria ajudado muitas famílias que desprezavam o Estado Judeu. Ela respondeu: “Nos esperamos que sim”.
2) Existem duas agências de refugiados das Nações Unidas no mundo: a primeira é a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) para 5 milhões de refugiados palestinos (os quais incluem os descendentes dos 500 mil refugiados palestinos originais decorrentes da Guerra de Independência de Israel), que emprega 30 mil funcionários. A UNRWA não reacomodou quaisquer palestinos até hoje.
A segunda agência de refugiados é o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR), que auxilia qualquer outro refugiado no mundo – incluindo 100 milhões de pessoas desalojadas durante os últimos 50 anos – e que emprega 7 mil pessoas. A UNHCR reacomodou dezenas de milhões de refugiados.
Observando esses números, alguém poderia pensar que a causa palestina é de algum modo moralmente superior à de todos os demais refugiados de guerra. Afinal, por que tantos funcionários trabalhando por um grupo de pessoas dramaticamente menor? Porém, se os palestinos são únicos é apenas por sua inferioridade moral, uma vez que eles são o único grupo de refugiados que regularmente comete atos de terrorismo contra civis inocentes.
Outra pergunta óbvia: por que a UNRWA não reacomoda os refugiados palestinos? A resposta, é claro, é que os Estados Árabes vizinhos preferem que esses refugiados permaneçam como um espinho no flanco israelense a ajuda-los a começar uma nova vida. A UNRWA se alegra em omitir-se.
3) Alguns fatos interessantes sobre a direita política em Israel.
Há muitos na direita israelense que não prezam a relação EUA-Israel, e pensam que ela traz mais prejuízos do que vantagens (eles não são grandes fãs do Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel (AIPAC)). E eles não estão falando apenas da era Obama. Muitos deles, inclusive Moshe Feiglin (adversário político de Netanyahu e vinculado ao Likud), pensa que os EUA trançam muitas amarras em troca de seu apoio; eles consideram que os Estados Unidos rotineiramente forçam Israel a fazer concessões unilaterais; e pensam que Israel precisa se tornar independente da América e mais auto-subsistente na arena internacional. De fato, o Sr. Feiglin nos contou que ele não se importa se Obama ou Romney vencerá a eleição, uma vez que Israel pode se cuidar sozinho. Muito de nós da Jovens Conservadores de Israel  objetaram a opinião dele, mas sem sucesso.
Outra dinâmica interessante na política israelense nos foi apresentada por Gil Hoffman, o Correspondente Chefe da seção de política do Jerusalem Post. Ele nos contou que vários membros da direita de Israel torcem para que o Presidente Obama seja reeleito, uma vez que, tendo ele se mostrado um fracasso no processo de paz, eles acreditam que Israel não vai ceder qualquer território enquanto ele for presidente.  Do mesmo modo, eles temem que Netanyahu confie no Presidente Romney, o que poderia acelerar o processo de paz, eventualmente resultando em concessões israelenses. Conforme o Sr. Hoffman nos disse, “o processo de paz não ocorre por causa do Presidente dos Estados Unidos”. Por essa razão, muitos membros da esquerda israelense estão preocupados com a reeleição de Obama.
4) Muitos árabes nos territórios “ocupados” trabalham na construção civil para os assentamentos israelenses. Isso mesmo – muitos árabes têm empregos porque eles constroem aqueles assentamentos terríveis que o Presidente Obama furiosamente buscou interromper. De acordo com o Rabbi Ben Packer, quando a construção dos assentamentos desacelera, o nível de empregos árabes reduz na mesma proporção.
5) Vários israelenses com os quais eu conversei são muito amargurados pela manutenção da detenção de Jonathan Pollard – o espião israelense que permanece preso nos EUA há 27 anos. Houve muitos no Governo de Israel que quiseram que Shimon Peres se recusasse a aceitar a Medalha Presidencial da Liberdade de Obama, a menos que Pollard fosse libertado. Obviamente, isso não aconteceu. Moshe Feiglin nos contou que ele não se sente a vontade celebrando o dia da independência em 4 de julho enquanto seu “irmão” Jonathan Pollard ainda está preso.
6) Há um membro do Likud no Knesset israelense , Ayoob Kara, que faria Bibi Netanyahu parecer Jeremy Ben Ami. O Sr. Kara é extremamente austero em relação aos assuntos da segurança israelense, e não acredita na possibilidade de dois estados porque “isso causaria guerra”. Ele crê que Israel “deve ser forte e permanecer judeu”, e comanda o movimento para aprovar a lei de lealdade israelense, que tantos na esquerda ralhavam contra. Ele comunicou sua fidelidade a Israel, dizendo: “Eu daria todos meus tios e irmãos por Israel”. Ele nos contou que o problema com o Oriente Médio é os fundamentalismo islâmico, e que tal região do mundo não está pronta para a democracia – uma crítica para a chamada “Primavera Árabe”.
Agora, você deve estar se perguntando por que as posições direitistas do Sr. Kara são significantes. Bem, porque ele é um árabe não judeu, e um membro da singular religião dos drusos. Os drusos, cujo número é de cerca de 100 mil em Israel, servem nas forças armadas israelenses e são, em geral, muito leais ao Estado Judeu. Ayoob Kara e os demais drusos demonstram, por sua própria existência, que Israel dificilmente é o país do apartheid que Jimmy Carter e outros esquerdistas acusam ser.
7) Finalmente, aqui está mais um fato importante para aqueles que pensam que Israel é um país racista que oprime suas minorias. De 120 membros do Knesset israelense (legislatura de Israel), uma relação de 16 são atualmente não judeus, incluindo Haneen Zoabi, que estava na Flotilha de Gaza. A despeito de ter participado de um ato de guerra contra seu país, ela permanece no cargo. Parece, portanto, que na verdade Israel faz todo o possível para proteger suas minorias, mesmo aquelas que apoiam seus inimigos.

Da FrontPage Magazine.
Original em: http://frontpagemag.com/2012/
sammy-levine/seven-
fascinating-things-i-learned-in-israel/2/
fonte: midia sem mascara
Tradução: Tiago Venson

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